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MinC e MTE fazem parceria para estimular economia solidária

MinC e MTE fazem parceria para estimular economia solidária

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MinC e MTE fazem parceria para estimular economia solidária

Trazer os Pontos de Cultura para a economia solidária. Esse foi um dos principais temas abordados durante reunião, desta terça-feira (25), entre a secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (MinC), Ivana Bentes, e o secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Paul Singer.

 
Oliver Kornblihtt Paul Singer e Ivana Bentes debateram parcerias na área da economia solidáriaPaul Singer e Ivana Bentes debateram parcerias na área da economia solidária
Para aprofundar ações conjuntas nesse âmbito, foi decidida, durante o encontro, a criação de um grupo de trabalho com representantes dos dois ministérios. A expectativa é que seja estabelecido também um termo de cooperação de trabalho. 

"A gente entende, muito inspirado na economia solidária, que é possível estruturar uma economia, uma forma de fomento entre os Pontos de Cultura que não seja só com recursos, que passe, por exemplo, por moedas complementares, banco de cultura e pela troca solidária", afirmou a secretária Ivana Bentes. 

A plataforma de autodeclaração dos Pontos e Pontões de Culturas, prevista para ser lançada no início de outubro, seria um ponto de partida para fazer um mapeamento não apenas dos Pontos de Cultura existentes, mas também dos serviços que oferecem e da infraestrutura que dispõem, entre outros. A plataforma funcionaria como base para a articulação e também como banco cultural. 

"Queremos criar uma plataforma de troca baseada na economia solidária e pensar isso de forma estruturante, porque essa troca já existe em muitos casos, mas não está institucionalizada. Queremos criar oportunidades para todos os grupos que não necessariamente recebem recursos do MinC", enfatizou Ivana.

Entre os objetivos, destacou a secretária, estão aumentar as oportunidades para os Pontos de Cultura, promover a ocupação de espaços públicos, oferecer infraestrutura e buscar outras políticas públicas no âmbito do governo federal que possam se estender a esses grupos.

A parceria foi bem-recebida pelo secretário Paul Singer, que elogiou a Política Nacional de Cultura Viva. "O programa com os Pontos de Cultura é muito semelhante à economia solidária", disse. "Sejam bem-vindos", completou Singer. 

Uma das ações possíveis em conjunto está relacionada à organização da Teia (encontro dos Pontos de Cultura) em abril de 2016. O tema será economia viva e a expectativa é que seja realizada dentro da economia solidária. "Queremos que empresas que trabalham na Teia sejam da área cultural e que os Pontos de Cultura possam, por exemplo, prestar serviço para o evento", afirmou Ivana. 

Empregos

Durante o encontro, Paul Singer também abordou a questão do desemprego e dos empregos informais e salientou que um dos públicos importantes para tratar em ações conjuntas é a juventude. "Eles têm paixão por cultura. A juventude é um terreno em comum em que podemos nos apoiar mutuamente", ressaltou. 

Sobre esse aspecto, Ivana Bentes comentou que o público da cultura é, em grande parte, autônomo e jovem, que raramente é empregado com carteira assinada. "Hoje isso não é exceção, mas regra, e não há políticas públicas para eles. É preciso pensar em associações que garantam seguridade social", avaliou.

Grupo de Trabalho

O grupo de trabalho criado envolverá representantes dos dois ministérios e tratará de temas como Teias, Praça CEU, Banco da Cultura, finanças solidárias, incubadoras de economia criativa e sistema de informação da economia solidária, entre outros.
 
 
Fonte: MinC

Comentários

#1

Eu entendo que a sociedade civil organizada tem dado show em todos os aspectos porque antes de um organismo do estado propor determinadas ações a sociedade já é doutora no assunto. Nossos desejos e propostas carimbadas principalmente em todas as conferências sendo destrinchadas mas ninguém tem a humildade la em cima de dizer isso foi da sociedade civil...tentam reinventar a roda.    CRIS  ALVES Telefone: (71)  8703 7745  (OI)    (71)  99529753 (VIVO)      

#2

Muito intrigante essa movimentação. Jatobá tem razão quando faz a crítica a essa dita auto-declaração. Parece que está na hora de nos auto-declararmos Produtoras Colaborativas Livres.

Proponho que na nossa próxima reunão ordinária façamos um debate para escurecer melhor essa jadoga.

Abs,

Gama

#3

Ola Gama e demais parceiros,

Acho sim importante nosso debate sobre o assunto, até porque a economia solidária possui conceitos norteadores e fundamentais como a autogestão e a horizontalidade, e devemos praticar sempre entre nós bem como analisar coletivamente se esses preceitos estão acontecendo para além dos discursos e declarações públicas.

Em relação a autodeclaração mencionada no comentário do gama, não sou na verdade contra a iniciativa, alias a plataforma ESCAMBO (www.escambo.org) que utilizamos em algumas metodologias da nossa tecnologia social, já trata todos os usuários como pontos de cultura, sendo um passo neste sentido que defendemos desde 2011 quando desenvolvemos essa plataforma.

O que me preocupa neste assunto e sobre a questão política, que caso os movimentos e redes da cultura popular não realizem um movimento de base para inclusão dos coletivos e representações de base neste processo, poderemos ter uma grande inclusão de grupos urbanos, com mais acesso a informação e as tecnologias e isso resultar em uma proxima comissão nacional dos pontos de cultura distorcida da realidade da cultura popular brasileira. Problemas assim aconteceram em outros movimentos como a União Nacional dos Estudantes que está na mão do mesmo grupo político desde q eu frequentei o ensino médio.

Será q as comunidades ribeirinhas e quilombolas  vão estar no mesmo pé de igualdade dos movimentos urbanos de cultura na proxima TEIA com a autodeclaração já em vigor? Precisamos estar atentos e fortes...

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