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Primeiros estudos para o Concha

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Primeiros estudos para o Concha

Estes foram os primeiros estudos buscando possibilidades para a interface do Concha. Utilizamos prototipação em papel para testar como poderia ser a interface do Concha, tendo em mente as primeiras ideias do que ele seria.

Primeiro pensamos em algumas das principais funções que o Concha poderia ter:

Um dos problemas que encontramos em leitores de tela mais utilizados é que a tarefa de trocar de programas, mesmo para fazer coisas simples, acaba sendo uma tarefa trabalhosa. Pensamos que, se os aplicativos do computador (os softwares) tivessem representações físicas que permitissem a interação pelo tato, então ficaria muito mais fácil de realizar estas tarefas.

Escolhemos estudar como seria acessar um aplicativo de música por meio da simulação destas interfaces tangíveis.  Neste caso, construimos um cubo de papel para ser o aplicativo de reprodução de música.

Com uma pessoa de olhos fechados e simulava o uso do Concha e a outra respondia como se fosse o computador, uma técnica similar a fantasia direcionada.

Na imagem acima vemos que cada um dos lados do cubo tem uma função. Assim, é preciso aprender poucas coisas para se utilizar o tocar de música: no meio liga (reproduz a música) ou pára. do lado direito e esquerdo mudam-se as músicas e em cima as opções são acessadas (para mudar o formato da sequência de músicas que seriam reproduzidas por exemplo).

O melhor, é que a pessoa pode estar digitando um texto ou conversando com alguém pelo computador, e apenas com o toque neste cubo consegue mudar de música.

Pensamos também em alguns tipos dessas sequências de música (mas não evoluímos muito a ideia):

Outras imagens em anexo!

Estudo realizado por Rodrigo Gonzatto e Karla Cruz no primeiro semestre de 2010.

Comentários

#1

Acho muito interessante a idéia.

Já tinha visto na prática um softawre que auxiliava deficientes visuais a "ler" o conteúdo. Confesso que achei bem disfuncional, mas é o que se tem até o momento.

Deixo brevemente minha visão sobre o assunto...

Penso que seria muito útil desenvolver não só um aplicativo, mas sim um método de desenvolvimento de sites e softwares de maneira que eles pudessem ser utilizados por cegos, tanto pelo leitor Concha como qualquere outro leitor qu evenha surgir.

Quando surgiu o conceito de site tableless, os desenvolvedores acabaram mudando sua forma de desenvolver, principalmente passando a respeitar mais o padrão W3C. Alguns achavam modismo, outros desnecessário, mas o fato é que isso fortaleceu o uso do CSS e a padronização de sites e os navegadores seguiram na mesma direção (o IE ainda chega lá).

Atualmente quase não dá pra imaginar um webdesigner fazendo as coisas do modo antigo.

Assim como essa idéia pegou, penso que o Projeto Concha poderia ter algo voltado à padronização no desenvolvimento de sites/softwares.

Simplesmente ler uma tela, pode ser altamente confuso (como já vi na prática). Por isso penso que toda programação deveria ser pensada (usando esse o "método concha") de maneira que o software/site possua uma navegação audível lógica, muito parecido com os portais de voz..

Não sei se ficou claro.

Pode parecer que "peguei o bonde andando e já to querendo sentar na janelinha", mas não é. Apensa gostaria de colaborar com a minha visão sobre o assunto.

Um abraço a todos.

#2

Seu comentário é muito relevante, Marcos, é uma boa discussão. Também acho que a acessibilidade poderia estar cada vez mais incluída como uma boa prática que não exige um esforço "extra" dos designers e desenvolvedores, e o padrão W3C contribui para isso.

Porém, se pensarmos para além da web, ainda faltam padrões que permitam uma melhor comunicação entre softwares e leitores de tela, já que, mesmo que o site esteja formatado para atender padrões de acessibilidade, o navegador pode não estar (assim como todos os outros programas: editores de texto, reprodutores de música, comunicadores, etc).

Nas minhas tentativas de usar leitores de tela (realizamos alguns bodystormings simulando restrição visual, como o citado no post acima) achei frustrante realizar tarefas simples, como copiar um texto no navegador e colar em um documento que eu estava editando. Ou simplesmente mudar de música enquanto eu navego na internet.

Por isso uma das preocupação que originaram o projeto Concha foi a da transição entre programas e aplicações. Como isto poderia ser feito por meios não-visuais (geralmente por mouse, clique, entre outros)?

#3

Sobre o assunto, lembrei de uma conversa que tive em uma lista de discussão. Publiquei um novo post sobre isso: leitores de tela que incluem, mas que também acabam excluindo.

#4

Coloquei mais algumas explicações no texto acima, acho que ficou melhor de entender o que fizemos neste experimento.

#5

Gonzatto, desculpe, talvez eu não tenham me expressado bem.

Usei a questão do CSS só para fazer um paralelo com a idéia de se ter um ítem a mais (arquivo de voz ou uma lista text to speech, por exemplo) vinculado aos arquivos de um site.

Pensei no ambiente web (sites e sistemas baseado em navegadores) porque muitas aplicações estão migrando para esse meio (a tal da web 2.0, cloud computing e demais terminhos bonitos). Não gosto muito de modismos, mas boa parte disso é realidade, visto que em breve teremos bons sistemas operacionais online ( o google caminha rápido nesse sentido).

Também temos bons editres de texto, planilhas, organizadores, editores de imagem e muitas outras coisas online que quase já substituem os softwares tradicionalmente instalados.

No meu entendimento, isso da entender que as coisas poderão realmente migrar para a janela de um navegador.

É nesse sentido que eu defendo a idéia de que poderia ser um bom "ponto de partida" para o projeto.  Eu fiz a comparação com o CSS porque esse foi um caso muito clássico que só vingou porque alguns levantaram a bandeira. O CSS tava ai há muito tempo mas os webdesignes não o viam como grande facilitador (apesar da regra já existir).

Depois que a coisa pegou, os navegadores passaram a mudar, os softwares de desenvolvimento também passaram a facilitar a coisa.

Veja o exemplo do Dreamweaver. Até a versáo 4 ao colocar um fonte em vermelho ele escrevia <font color="#FF0000"> texto </font>. Da versão 5 em diante muita coisa mudou. Na versão 6 (CS) isso já foi abolido totalmente. Outras coisa tamb[em seguiram no mesmo sentido (HTML4, document type mais rígido) e por ai foi.

Hoje o desenvolvimento de um site é absurdamente diferente do que se fazia há 5 ou 7 anos. E as ferramentas foram no mesmo sentido.

Pensando nisso eu acho que esse projeto poderia ir além do desenvolvimento de um leitor, mas deveria criar um padrão de acessibilidade.

Uma idéia bem simples seria vincular um arquivo, como se vinculam estilos, com uma lista de palavras para serem faladas (via text to speech, por exemplo) ao passar o mouse sobre alguma coisa. Dessa forma os sites estariam preparados para um futuro dispositivo de navegação (sem mouse/teclado).

Seria uma forma de disseminar a cultura da acessibilidade.

Vou postar a seguir uma idéia para o dispositivo de navegação.

#6

Acho que entendi melhor agora! Do padrão de acessibilidade, acho demais. Afinal, se são desenvolvidos sistemas que podem ser acessados em diferentes navegadores, dispositivos (móveis, aplicativos, etc), no centro disso tem que estar a acessibilidade.

Manda a idéia pra gente ver :)

#7

To aguardando a boa vontade do link da HP pra chegar o software do scanner. Assim que o scanner novo rodar aqui posto os desenhos.

Mas tá lento hein.... A HP podia soltar a corda um pouco mais...

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