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Memorial 26/03/2014 - Cadu Mesias

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Memorial 26/03/2014 - Cadu Mesias

Mais um grande encontro com Leno e depois Chica. Capoeira depois teatro. Um pouco de exercício, para gerar um pouco de cansaço. Depois: concentração, imersão e extração de sentimentos.

Trabalhamos com Chica 4 sentidos, 4 sentimentos, sempre repetindo a mesma frase, gravada anteriormente, e ligado ao, ainda não definido, personagem. Isso é fantástico, pois precisamos ter várias formas expressar uma mesma frase, assim não ficamos preso dentro de uma ideia prévia, criada ao ler o texto antes do encontro. A melhor forma de descrever essa ideia é o que Márcio falou em um dos encontros anteriores: “errar para acertar”. Nós, atores em formação, temos, cada um com seu cada qual, certas dificuldades para expressar algo, pois temos uma ideia pronta em nossa cabeça de como encená-lo, mas que, na verdade, nem sempre está boa. Então, para sairmos da nossa ideia devemos, dirigidos por um diretor, arriscar algo que, para nós, às vezes não está bom… eis que após arriscar algo novo, o diretor diz que achou o que queria, e nós, atônitos, não entendendo como aquela “coisa” que odiamos ficou bom, e que, de fato, está melhor. Não sei se ficou claro, mas é o “errando para acertar!”. Enfim, esse exercício trabalho muito essa questão, vários sentimentos para uma mesma frase.

Ficou claro também como todos devem ter conhecimento profundo na obra que está sendo estudada. Contamos com a ideia de que cada um sabe seu papel, sua parte, que horas entra, que horas saí, de onde vêm, para onde vai, o tempo, o ritmo. Tudo que trabalhamos nos encontros anteriores fica cada vez mais claro e mais forte. Existem ações que precisam vir de reações, existem falas que começam depois de uma entrada, existem reações que dão a deixa para outra fala, é um bate bola em muita sintonia, que, nesse caso, para quem falha, pode acarretar em um problema para o outro colega que não tinha errado, por isso existe também o trabalho do improviso, para salvar uma cena caso algo saia do caminho.

A responsabilidade bate na porta de forma severa, e o senso de compromisso e dedicação falam muito alto. O tempo é curto e por isso exige mais dedicação. Mas é isso mesmo, quem fica parado é poste: vamo que vamo!!!

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