Resenha - Coral, uma etno(ceno)grafia
Três mulheres formam uma banda. Três atores, também cantores, formam três cenas. Ao toque do primeiro sinal para liberar o teatro ao público, que neste caso é o Cabaré dos Novos, a banda já dá boas vindas ao som de músicas perfeitamente escolhidas. São as preliminares da peça. O bar do Cabaré está aberto, sirva-se de uma bebida.
As cenas que virão são resultados de etnografias. Pesquisas de campo feito por antropólogos. Estes, que estudam esse ser, curiosamente, humano. Analistas das mentalidades alheias e dessa multiplicidade de “mundos”. Três histórias, de pessoas “comuns", são retratadas. Nada foi inventado, no máximo adaptado. Três cenas, abordando a estética da sexualidade, que para antropologia está longe de ser um tabú (e com toda razão), e também da homossexualidade, trazem a tona questões pertinente a todos nós. Andando pelo cabaré e dialogando com o público, os atores, que deslizam lindamente perante a platéia (e esta se contorce e se revira para não perder nenhum detalhe), expõem fatos que aconteceram na vida dessas pessoas "comuns". Pessoas que, assim como a muitos, deixam sonhos e vocações de lado, pois todos nós precisamos sobreviver e se alimentar.
Muitas mensagens, muitas emoções, muitos sentimentos, muita realidade, muitas verdades, muito dia a dia, muita música, ahhh e que músicas… músicas irreverentes e que marcam. Esse é: Coral - Uma etno(ceno)grafia. Muito bom!!!
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