I. INTRODUÇÃO
O presente Plano de Trabalho visa contribuir com a atuação de Conselhos Estaduais e Municipais de Politicas de Cultura promovendo uma qualificacao dos seus membros e das ações alem de propor a formação de redes integradas que possam fortalecer os vínculos entre comunidade cultural, sociedade, instituições culturais possíveis parceiras nos 28 territórios e seus 417 municípios.
A abrangência e diversidade de público sugerida para o trabalho de articulação terá impacto positivo para a missão principal dos CPC uma vez que é possível contarmos com agentes mobilizadores da cultura local, (o que chamamos de pessoa focal), gestores da cultura, instituições da Cultura, Movimentos Culturais, Setores da organização cultural, apoiadores da interface com a cultura. Isso cria expectativas de: “uma cultura de participação” traduzida na socialização de novas experiências; Atitudes de colaboração; incentivo a projetos coletivos em função do desenvolvimento local e a sustentabilidade cultural; Por fim a “cultura da provocação” o que fortalece o controle social.
Apresentamos no referido plano os principais fatores que sinalizam a articulação entre o Conselho e gestores municipais, agentes culturais, a possibilidade de envolvimento de equipamentos e setores locais; além de integrar diferentes campos (cultura, saúde, educação, meio ambiente, desenvolvimento social, etc.) o que tem sido observado como fatores incidentes nos pequenos municípios até na forma estruturante de gerir o setor da cultura. (Exemplo: Existe secretaria de meio ambiente cultura e turismo)
- Pontos de destaque:
· Adesão dos Municípios ao Sistema Nacional e Estadual e a importancia desse ciclo.
· Porque e impressindivel a organizacao dos setoriais.
· um olhar para o Desenvolvimento da Cultura nos territórios
· Democratização e Acessibilidade Cultural
· Formação de Redes de Colaboração.
Uso das tecnologias e redes sociais de forma qualificada.
II. OBJETIVOS
Implementar ações estratégicas e tecnológicas sociais para contribuir com a integração e fortalecimento dos agentes culturais envolvidos com a política cultural nos municipios, e da participação social na garantia de Direitos Culturais.
III. Objetivos Específicos:
Qualificar a Gestão do Conselho
Planejamento Estratégico;
Gestão Cultural compartilhada;
Planejamento das ações no Geral;
Melhoria e Organização da estrutura interna
Fortalecimento Institucional
a) Desenvolver um processo contínuo de formação;
b) Comunicação (Visibilidade para a missão, imagem, site institucional, ampliação das ferramentas de cntatos com o público)
c) Fluxo Interno das atividades
Consolidação de uma Rede Integrada de agentes de cultura, gestores e conselhos municipais;
a) Mobilização dos Diferentes agentes Locais;
b) Compartilhamento de Experiências;
c) Interlocução entre os setores da cultura nos municípios.
Construção do conhecimento referente a Políticas Públicas (SNC/ Metas/Mecanismos, etc)
a) Promover a formação para Conselheiros Municipais de Politicas Culturais;
b) Construção do conhecimento sobre a relevância da politica de cultura;
c) Agregar como agentes mobilizadores o ativo acumulado local (pessoas que passaram pela formação gratuita no assunto e que precisam dar a sua contrapartida social);
d) Compartilhamento de experiências.
Como?
Identificando os atores, as práticas, produtos e instituições na área de cultura, incentivando a produção compartilhada de conteúdos, promovendo a interlocução dos agentes culturais, as experiências e demandas, mobilizando os agentes em potenciais das ações de arte e cultura.
IV - METODOLOGIA
Considerando a complexidade das relações no âmbito da proposta de uma gestão democrática e compartilhada da cultura a execução das atividades que compõe o presente plano de trabalho, sugere uma construção participativa e colaborativa, buscando fortalecer valores culturais, o respeito a forma de pensar de cada um, mas uma convergência ao objetivo coletivo para o qual deveremos estar conectados sempre.
A metodologia usada será participativa, sustentada na construção do conhecimento, no compartilhamento de experiência e do fortalecimento das capacidades de atuação nos respectivos municípios. Uso de ferramentas que possam dinamizar e valorizar a memória de toda e qualquer atividade e que possibilite sistematizar resultados e medição das intervenções.
Serão realizadas etapas (conforme a indicação das Ações Estratégicas 1,2,3,4,e 5) iniciando por oficinas para atender o processo de sensibilização e mobilização; Reavivando missões e objetivos do programa, bem como o “papel de cada um”
Encontros periódicos e rodadas de conversas para discussão dos temas relativos às políticas de cultura e cenários atuais; (permitir o nivelamento de conhecimento dos conselheiros e demais agentes locais e as trocas de experiências e compartilhamento de conteúdos;
Desenvolver as atividades de forma colaborativa em conjunto com agentes culturais das comunidades locais utilizando-se de abordagens, diálogos, problematização, sistematização; incentivando a participação dos mesmos em todo o processo de mobilização para os encontros e demais ações pactuadas.
Utilizar os conteúdos trabalhando de forma reflexiva a realidade global e local;
Promover a participação das representações locais do conselho nas edições dos eventos;
Aprofundar, articular e estabelecer vínculos também se utilizando de ferramentas que trabalhe a interação grupal.
Ideia Organizadora 1 - Construção de Conhecimento, Mapeamento e Investigação.
Ações de mapeamento dos principais agentes, fazedores de cultura, colaboradores, setores da cultura; outras formas organizativas; de monitoramento das atividades e compromissos; de avaliação das experiências implementadas e de estudos e pesquisas que fortaleçam a missão, reflexões e experimentação metodológica da relação com os campos da interface da cultura.
Ideia Organizadora 2 – Educação
Ações educativas voltadas para a qualificação das atividades dos conselhos e seus membros; de produção e compartilhamento de materiais que tenham objetivos educativos, informativos e formativos e que estejam no campo do desenvolvimento da cidadania cultural e toda a relação da cultura com o desenvolvimento.
Ideia Organizadora 3 – Mobilização, articulação e advocacy
Prevê a participação e/ou apoio dos coonselhos em eventos e espaços diversos, e a sua mobilização em torno de pautas propostas, acompanhamento e encaminhamento das demandas ligadas a política cultural e sua interface bem como ações correspondentes a defesa dos direitos culturais.
Ideia Organizadora 4 – Informação e comunicação
Tem objetivo de favorecer o compartilhamento e produção de conteúdos entre os mais variados atores e participantes da rede com focos aqui determinados cumprindo o objetivo da interlocução, mobilização e articulação com os pares. Fará parte os recursos de tecnologia da informação a exemplo de plataformas da web que traga inovação e dinâmica.
Ideia Organizadora 5 – Registro e memória
Tem o objetivo de incentivar e apoiar registros, de formas variadas (audiovisual, arquivo documental, etc.), da implantação e implementação da Rede, os antecedentes de sua formação, do processo de construção de uma ação política organizada de interlocução entre os setores da cultura, no campo das políticas públicas, bem como das experiências exitosas ou não, fatos que materializam e justificam a existência da rede como um recurso de grande importância para cumprir a missão e objetivo dos conselhos (CMPC). São produtos deste eixo vídeos, arquivos, inventários, etc.
V - ATIVIDADES PROPOSTAS
Ideia Organizadora 1 - Construção de Conhecimento, Mapeamento e Investigação.
AÇÃO ESTRATÉGICA 1
1. Formação ou identificação da equipe;
2. Estrutura de apoio ao gerenciamento do projeto (ferramentas);
3. Mapeamento dos potenciais parceiros e oportunidades;
4. Visitas técnicas aos municípios;
5. Mapeamento e investigação de ações da política cultural dos municípios;
6. Monitoramento do funcionamento da rede e das ações de seus membros;
7. Criação da rede e ferramentas para seu monitoramento;
8. Avaliação das atividades realizadas.
Ideia Organizadora 2 - Educação
AÇÃO ESTRATÉGICA 2
1. Organizar Documentação Básica e de referencias;
2. Criar espaços de reflexão, formação e trocas (encontros/oficinas/rodada de conversa);
3. Participação em Eventos;
4. Produção colaborativa de conteúdos e acervos físicos e virtuais;
5. Avaliação das atividades implementadas.
Ideia Organizadora 3 - Mobilização, articulação e advocacy
AÇÃO ESTRATÉGICA 3
1. Participação e acompanhamento de Fóruns Locais/Estaduais/Nacionais
2. Realização de encontros e rodas de conversas específicas da defesa de direitos culturais;
3. Interlocução entre redes sociais, setoriais, temáticas, órgãos de gestão,
(promovendo a colaboração entre as mesmas em prol das causas da Cultura como por exemplo com a Rede de gestores da cultura, a rede de conselhos municipais, estaduais e nacionais, as redes de educação, redes de programas governamentais que tenha a cultura como viés, a rede cultura viva, a Rede dos Museus e de espaços de memórias, as Redes de Bibliotecas, entre outras, dinamizando e articulando o sistema estadual e municipais de cultura)
4. Avaliação das atividades implementadas.
Ideia Organizadora 4 - Informação e comunicação
AÇÃO ESTRATÉGICA 4
1. Realização de oficinas para utilização das ferramentas de comunicação;
2. Compartilhamento/gerenciamento de conteúdos e experiências/informativos e publicações.
3. Pratica da interlocução em redes sociais
4. Avaliação das atividades implementadas.
Ideia Organizadora 5 – Registro e memória
AÇÃO ESTRATÉGICA 5 – Registro e Memória
1. Pesquisa;
2. Levantar os parceiros ou potenciais parceiros existentes no Estado e nos municípios, etc
3. Construir propostas de atuação no território em um cronograma preliminar
4. Identificar os recursos necessários para a realização das atividades propostas
5. Propor estratégias de comunicação com os territórios para trabalho colaborativo
6. Apoio ao registro e memória das ações;
7. Implantação da rede social correspondente;
8. Finalização de um banco de dados
VI – INSTITUIÇOES PARCEIRAS
· Em fase de definição.
VII – RECURSOS
Orcamento a ser construido para cada realidade local
VIII - Vigência
2023 a 2026
IX CONSIDERAÇÕES GERAIS
· Considerou-se a possibilidade de reconstrução dos conselhos municipais;
· a) Priorizamos os territórios e municípios mais distantes;
· b) Plano de execução das atividades organizado por roteiros;
· c) Conciliar as agendas de “participações e convites recebidos” com o
“plano de articulação e mobilização”
· d) Contar com agentes de cultura - Pessoas Pontos Focais;
· e) Uso de ferramentas de gestão e plataformas virtuais;
f) Acompanhamento Contínuo via mapas e diários de contatos com
os muncipios;
g) Uso de plataformas com engenharia para repositorios de conteúdos
h) Encontros virtuais
X – RESPONSÁVEIS PELO PLANO DE TRABALHO
em definicao
Contatos:
71 33650819
71 9 99529753 (tb whatsApp)
________
1. Utiliza-se o termo advocacy para descrever as ações de pressão realizadas por organizações da sociedade civil que representam determinada causa. Desse modo, é fundamental que a organização tenha legitimidade perante o grupo que pretende representar.
ANEXO - 1
ESCOPO
Programa de Formação
Introdução
O Plano de Formação se propõe a atender algumas demandas identificadas no quadro de conselhos Estaduais bem como no âmbito dos Conselhos Municipais.
Além disso, busca contribuir com a Política de Cultura quando estabelece nas suas metas a implementação de espaços de formação. (Exemplo de metas 18; 36; etc.)
Em relação aos conselhos municipais baianos e com base na proposta de aproximar cada vez mais a ação do CEC dos municípios foi inicialmente aplicado um questionário para a atualização de dados que também permitiram avaliar as formas de organização dos mesmos e quais são as principais demandas, uma vez que existe no formulário espaço aberto para outras informações que os conselhos municipais avaliem como pertinentes.
As informações recebidas estão sendo atualizadas e sistematizadas para daí se discutir com os mesmos a possibilidade de atender as respectivas demandas partindo de ações e intervenções diretas na interlocução com as secretrias e orgaos da politica de cultura.
Objetivo Principal
Promover a qualificação dos agentes culturais e em particular os membros dos Conselho Municipais de Politicas Culturais no Estado da Bahia inicialmente.
Como? A partir da atuação efetiva dos seus membros focados nas missões e ao principal objeto do seu exercício político que trata de acompanhar, avaliar a execução da política cultural no estado.
Objetivos Específicos
- Construção do conhecimento coletivo;
- Colocar todos os conselheiros em pé de igualdade de conhecimento das políticas de cultura;
- Ressignificar a missão e competência, a carta de princípios e o planejamento das ações;
- Possibilitar a apresentação de resultados efetivos de intervenções nos territórios e municípios.
Metodologia
a) Realização de oficinas/mini cursos, seminários, roda de conversas e exposições.
Metodologia contempla três momentos específicos:
Primeiro momento um trabalho de reflexão usando a prática da construção do conhecimento onde os participantes fazem entre si uma avaliação crítica em torno dos conceitos que trazem sobre temas que os envolve na execução do seu papel como conselheiro de cultura.
Resultantes:
Aferir os conhecimentos gerais dos participantes sobre as Políticas Públicas de Cultura;
Aferir o conhecimento dos participantes sobre a composição dos conselhos municipais;
Avaliar a qualidade da participação;
Avaliar qualidade do produto do processo participativo;
Avaliar a dinâmica deliberativa dos conselhos;
Impacto na operacionalidade da democracia.
Retrospectiva do processo de adesão do município ao SNC/SEC/Municípios Culturais.
Exemplos de Temas
- Cultura Como Direito Humano;
- Dimensões da Cultura;
- Direitos Sociais, políticos, civis e difusos;
- Democracia participativa e controle social;
- Políticas Públicas de Cultura;
- Gestão Publica da Cultura;
- Gestão de Conselhos Participativos (Inclui temas da gestão, planejamento estrategico /institucionalidade/fluxos/jurídico)
- Comunicação integrada;
- Tecnologias Sociais e redes colaborativas;
- Inclusão Social e Acessibilidade Cultural.
Segundo Momento um trabalho de sensibilização que os conduza a uma Melhoria do pensamento crítico da atual conjuntura e do cenário político ajustando as propostas possíveis para a construção coletiva de um plano de ação que traduza na efetividade do coletivo "Conselho de Politicas Culturais " respondendo a grande demanda e o desafio de aperfeiçoamento das políticas publicas e do aperfeiçoamento do papel das ações governamentais junto à população de maneira geral.
Terceiro momento - A aferição de resultados - onde os membros concluindo as etapas sejam capazes de compreender e administrar a implementação dos conceitos que poderão gerar um diferencial positivo nas ações;
Avaliar e promover intervenções necessárias além de ser capazes de promover a devolutiva ao seu território que por sua vez deverá estar cada vez mais incentivado a participação efetiva nas políticas públicas.
1. Trabalhar conceitos;
2. Instigar um processo de pesquisação e elaboração;
3. Construção participativa do plano de trabalho;
4. Encontros de Avaliação.
Possíveis Produtos:
Caderno de Experiências Exitosas Reflexões sobre tema, trajetória, funcionamento e desafios, materiais produzido das experiências.
Estudos análise de algumas experiências.
Responsável Tecnica
Cristina Maria Alves de Jesus
CMAJ REV. 10/10/2022