Pular navegação

Baralho de métodos inspirado no jogo Magic The Gathering

Baralho de métodos inspirado no jogo Magic The Gathering

Estendendo a idéia do Gonzatto sobre uma ferramenta para ajudar a planejar um projeto, proponho que usemos um baralho de cartas tal como essas referências que postei na Galeria de Imagens. 

As cartas facilitarão a discussão em grupo sobre o planejamento do projeto, permitindo considerar a sequência de métodos, os recursos necessários, os objetivos almejados de uma forma bem colaborativa. Pensando em como estruturar o uso das cartas, importamos a mecânica do Magic The Gathering, aquele jogo de batalhas entre criaturas insólitas baseado em cartas.

Existiriam, a princípio, estes tipos de cartas (sugestões são bem vindas):

Carta de método

As cartas principais contendo o nome do método, o input e output esperados, o insight inesperado e, no verso, uma descrição do método baseada nos textos da Base de Conhecimento dos Corais. Um link para a página correspondente do método vai no final para aprofundamento.

Cartas de tempo

É uma carta de recursos que pode representar uma hora, um dia ou um mês, de acordo com o projeto. Para executar um método, é preciso colocar uma determinada quantidade de cartas de tempo logo abaixo.

Cartas de dinheiro

Mais uma carta de recursos, representando o custo financeiro para a execução de métodos. O valor de cada carta pode ser definido ou indefinido ou esta carta pode não ser usada, dependendo do projeto.

Cartas de pessoas

Cartas com desenhos genéricos de pessoas que podem ser usados para representar membros da equipe envolvidos no projeto, informantes, stakeholders ou usuários participantes de pesquisas.

Sequência de uso

As cartas de métodos são organizadas na vertical, conectando-se pelos outputs-inputs. Podem existir carreiras de cartas concorrentes, indicando diferentes ramificações do projeto. Importante que as cartas de tempo sejam enfileiradas uma em cima da outra de modo a representar pelo comprimento o tempo necessário para cada método.

Pré-visualizarAnexoTamanho
sequencia_cards_tempo.graffle2.63 KB

Comentários

#1

Existe uma abordagem parecida para metodos de estimativa Scrum, inclusive com cartas para download. Detalhe para a classica prensa negra!

http://kartones.net/files/folders/projectmanagement/entry51184.aspx

Ainda tenho os decks de torneio aqui em casa, e mais de 2k de cartas em BH, o famoso lixo q vez ou outra buscava coisas de la pra colocar nos decks. vou separa-los pra levar na prox aula. Baralhos brancos (alem dos milhoes de mana cards)  podem ser doados para a causa. 

Quando falamos das sequencias de metodos a abordagem é similar aos turnos do jogo, mas com gatilhos que impossibilitam passarmos para um proximo turno se nao atingirmos o numero suficiente de mana (tempo x dinheiro) por exemplo?

Sobre cartas de pessoas, poderiamos usar a feature de "formar um bando" para fazer o design de uma equipe por exemplo?

Como tratariamos variaveis externas que podem impactar em tempo e dinheiro? Como uma "magica de interrupcao/instantanea"?

#2

Hoje encontrei com o Alexandre Denes na hora do almoço e ele sugeriu mais uma carta:

Carta de Risco

Riscos associados à execução do método ou recursos alocados. A carta é útil para demonstrar insegurança na aplicação de um método devido à possibilidade de recursos serem cortados ou o conhecimento sobre o método ser insuficiente.

O Anderson Gomes sugeriu cartas modificadoras dos métodos. Por enquanto, já pensei numa:

Técnica de Guerrilha

Reduz o rigor do método, diminuindo os recursos necessários, porém, reduz a qualidade dos resultados.

Pensando sobre os inputs e outputs de métodos, penso que seria melhor deixá-los fora da carta de métodos, pois podem variar. Seria então, o caso de criar mais uma carta para os resultados dos métodos:

Carta de Deliverable

Resultado de métodos. Podem ser relatórios, wireframes, diagramas, etc.

#3

É muito comum em jogos de tabuleiro e até mesmo o magic, que ao chegar em certa quantidade de peças ou cartas a sua representação visual seja substituida por uma única peça que agrupe uma determinada quantia.

Por exemplo, Para as cartas de tempo, quando atingisse determinado "x" número de cartas de tempo elas seriam substituidas por uma única carta com um símbolo e uma cor que represente esse agrupamento. Talvez agilize na hora de contabilizar o tempo, tornar mais ágil e dinâmico.

O que acham?

#4

Gabriel, você está sugerindo que tenhams cartas com diferentes quantidades de tempo?

  • 1 tempo
  • 10 tempos
  • 100 tempos

#5

Exato,

A mesma regra pode funcionar para outros elementos que possam agrupar uma quantidade muito grande de cartas.

#6

A utilização dos cards pelos membros da equipe seriam feitos em turnos? Ou todos podem interagir ao mesmo tempo?

#7

Penso que a equipe pode discutir ao mesmo tempo. Se impusermos uma sequência de turnos pode travar a discussão.

Turnos só seriam necessários se quiséssemos balancear a participação de cada membro da equipe, mas não vejo a necessidade de mediarmos essa negociação. Melhor deixar que a própria equipe decida quem fala mais.

#8

Creio que o baralho possa se percebido como um game, ter um "game appeal", mas não precisa necessariamente ter regras de turnos e etc, como é comum em jogos de baralho.

#9

Turnos sao importantespois eles podem delinear o fluxo dos processos. Mecanismos para intevencao podem ser criados, assim como o magic faz.

Temos mágicas instantaneas que podem ser feitas a qualquer momento do jogo (no nosso caso o business).  E temos magicas de interrupcao para interromper outras acoes, desencadeando novos processos (jogador faz um ataque mas antes de o oponente receber o dano ele redireciona o mesmo a seu oponente).

Cartas de intervencao poderiam facilitar essa discussao e intervencoes se o fluxo esta em outro momento. As interrupcoes podem mudar o curso ou mesmo retroalimentar o sistema, de modo que um turno/fluxo seja reiniciado, facilitando a interacao entre os membros.

#12

Desculpe Allyson, mas não compreendi sua proposta. Pode dar exemplos?

Lembrar que não temos oponentes nem jogadores. Temos um grupo de pessoas cujo número é imprevisível.

#10

Pensando aqui, turnos podem ser úteis se tiverem com objetivo, por exemplo, garantir que toda a equipe faça contribuições ao processo.

#11

Podemos pensar em uma quantidade de rodadas, por exemplo, 3 turnos para todo mundo, um por vez expor suas ideias.

Depois desses 3 turnos, poderia começar uma rodada em que todos possam interagir para aumentar a dinamica.

#13

Tem um jogo de cartas interessante proposto pelo Kevin Hoffman da List Apart para kick off meetings em que se dá um deck de cartas completo para cada participante, cada um coloca as cartas na ordem que achar melhor, marca com uma caneta as 3 cartas menos importantes. E depois passa o seu jogo para a pessoa que está do lado. O outro rearruma e passa para o do lado. 3 vezes. Depois, todos abrem seu jogo verticalmente e decide-se em conjunto a melhor disposição.

O jogo deles não tem este obejtivo, de criar um modelo de visualização do projeto, é para fechar os objetivos do projeto, mas a dinâmica pode funcionar.

#15

Muito interessante Claudia! O problema é que não imagino que cada membro da equipe tenha um baralho completo. Penso que uma equipe teria um único baralho. Antes de começar a disposição das cartas, o baralho poderia passar de mão em mão e cada participante tiraria 3 cartas que acha essencial para o projeto, colocando no centro da mesa. A disposição das cartas começaria pelas cartas que estão nesse bolo.

#17

Veja Fred, a ideia seria ficar um único baralho, para a equipe, mas cada um começaria com um deck completo para expor a sua proposição, este vai vai passando para o do lado para que sua proposta seja criticada. Depois se chega a um único resultado no final.

Fiz muitas vezes com clientes, para chegar aos objetivos de projetos, logo no início, funcionou bem, as pessoas se divertiram. Claro que a ideia de se fazer o posicionamento das cartas de cada um também é legal.

#14

Sobre agrupamento de cartas, a gente podia separar os tipos de agrupamento, pois ai poderiamos com os cards de pessoas delinear times por exemplo.

Sobre intervencoes:

  • Carta de método: estas cartas inevitavelmente vao interferir em todas as outras do jogo. Com isso nao seria necessario discutirmos quais sao as caracteristicas(forças) de cada carta? No magic por exemplo, criaturas tem ataque/defesa. Acho necessario um mashup com o super trunfo, porque todas as cartas tem variaveis que podem ser alteradas de acordo com metodo, tempo e dinheiro. Exemplo de card mashup para pessoas:

    Astronobaldo da Silva
    Iniciativa: 20
    Colaboracao: 6
    Attrition: 18
    Motivacao: 13
    Skillsets para as atividades (podemos quebrar aqui ainda mais, separando skill a skill): 18
    Zona de conforto: 13
    Nivel de seguranca: 19

    Uma carta por exemplo de bonus(carta tipo dinheiro) faria intervencoes na motivacao do individuo por exemplo. Uma carta de Risco nao mensurado - crise de outsourcing por exemplo - poderia diminuir o nivel de seguranca no emprego e na zona de conforto, ao mesmo tempo que aumentaria o attrition de todos os individuos.
     
  • Cartas de tempo: Tempo é dinheiro. Acho necessario pensar em um fator de entanglement para que tempo e dinheiro andem juntos.
     
  • Cartas de dinheiro: Mais uma vez duas categorias, Aportes programados e nao-programados
     
  • Cartas de pessoas: Agrupamento define times. Os turnos podem ser importantes para delinear a movimentacao dos individuos dentro da corporacao. Podem surgir variacoes de coringa(a famosa carta dourada, de Lenda), pessoas que podem transitar por entre os times (skillset de consultoria por exemplo).
     
  • Carta de Risco: Os riscos precisam de duas categorias: Riscos mensurados e Riscos nao mensurados

     
  • Carta de deliverable: Nao acho que deva existir, o deliverable é o resultado da interacao entre as outras cartas, a causa fim do jogo.

#19

É difícil definir as forças de uma carta, pois a aplicação de cada método tem uma série de fatores: recursos, know-how, requisitos. Um mesmo método pode ser aplicado com rigor científico ou sem rigor algum. Por isso, é melhor isolar as forças das cartas de métodos em outras cartas, como a proposta de cartas modificadoras que tinha comentado. A Técnica de Guerrilha é uma que reduz o rigor do método para obter efeitos mais rapidamente.

Acho interessante a relação entre tempo e dinheiro. Em geral quando você tem pouco tempo disponível para o projeto, você pode compensar com dinheiro. Isso me fez lembrar das cartas de terceirização. Poderíamos ter uma carta para Freelancer que, ao ser adicionada, acrescenta uma carta de Risco.

Qual seria a vantagem de ter cartas diferentes para Riscos Mensurados e Não Mensurados

O fim do jogo não é o deliverable. O fim do jogo é o resultado do projeto, que pode ser mensurado ou não. Isso dá a idéia de ter cartas de Metas ou Métricas: aumento do tráfego, fidelidade, etc. Temos que pensar se é possível antecipar isso. Creio que são variados demais para planejar as cartas.

#16

sobre deliverables ainda. 

se o jogo oferecer a possibilidade de multiplos deliverables, ao inves de cartas, podemos criar fases(sprints - 10 turnos/1 sprint por exemplo) para delinear cada deliverable a ser feito

#18

Sobre a interacao das cartas:

Nao existem inimigos, mas um bem comum (o deliverable). Pense no baralho exatamente como o Magic - um duelo entre dois magos. 

A interacao é de todo o time, mas ainda sim precisa existir uma figura-maior, pois algumas decisoes/situacoes nao podem ser tomadas/enfrentadas por "pessoas comuns" (criaturas nao podem evocar encantamentos - só magos podem fazer isso / definir o que um agrupamento de times recebe para atingir o deliverable tambem nao.)

Nesse caso o mago é o responsavel pelo design da solucao(ou ainda o PM). Para montar o projeto, ele precisa de insumos(nossas cartas) e fazer com que a interacao entre estes insumos(atividades) gere o deliverable(causa fim do jogo).

se um PM tem na sua mesa por exemplo agrupamento de pessoas(time) e de repente um terremoto no japao(risco nao mensurado - agindo como uma magita de interrupcao - cortando o fluxo dos turnos - retroalimentando o sistema e fazendo o fluxo ser reiniciado) impacta o projeto, essa carta interfere em todas as outras, alterando suas caracteristicas (nesse caso uma parte do time estava no japao e com isso as atividades que eles estavam fazendo precisam ser balanceadas entre os outros times, alterando motivacao, attrition e tempo - e por consequencia dinheiro).

Nao sei se fui claro, mas vou tentar montar exemplos mais reais ao longo do final de semana.

#20

Será que esse tipo de negociação não podemos deixar livre para os participantes definirem quando forem usar o baralho? O papel de cada um vai depender do contexto organizacional, da distribuição de poder da própria organização. Se a gente impor um modelo pode não ser aceito.

#21

A dinâmica que Claudia falou pode funcionar bem,

Turnos para cada um expor sua ideia e um turno final para tudo mundo opinar. Os turnos não impede a discussão entre as pessoas.

#22

Se as regras do jogo são simples, fica fácil a participação de profissionais de outras empresas, com escopos laterais à gestão do projeto. Assim em alguns casos o cliente poderia participar, ou outra empresa de desenvolvimento, e ele/as deveriam poder aprender rápido. A gente tem que pensar que a complexidade do jogo pode encarecer o projeto, se ele vira um projeto dentro do projeto acaba não sendo produtivo.

#23

Acho que na verdade não devem ser Regras, e sim recomendações, devem ser flexiveis para se adpatarem a "n" situações. Concordo quanto a simplicidade.

#24

Sim sim, recomendações e flexibilidade. De repente o baralho tem cartas que podem ou não entrar de acordo com a situação. Uso para fazer as kick offs estes cartões que são vendidos para imprimir cartões de visitas, uso a matriz de impressão da Pimaco. Coloco o conteúdo no quadro de cada cartão e saem todos certinhos. Talvez se possa pensar em matrizes com este formato, que fica fácil de customizar.

#27

Concordo com vocês. Serão sugestões de uso e não regras. Quanto ao formato customizável, o PVC parece bacana porque dá pra escrever em cima com caneta de quadro branco e apagar depois. Pensamos em ter um deck de cartas brancas pra isso.

#25

pensei em criar uma carta de pesquisa, que seriam cartas de efeito, aumentariam o tempo do projeto mas dariam bônus ao projeto final.

Ex: Pesquisa com o usuário
Esta carta auxilia o processo de definição das necessidades reais do usuário com o produto. Adicione duas cartas de tempo.

Poderia ser colocado junto com as cartas modificadoras.

Abraços,
Edyd

#26

Então Edyd, as cartas de métodos tem justamente essa função, só que elas especificam qual será a metodologia da pesquisa.
Precisa de ajuda?

Blog

O blog permite que os membros de um projeto se comuniquem, discutindo e publicando novidades. É um ótimo lugar para compartilhar processos, desafios e explorar ideias.