Pular navegação

Início

Ajuda
Sobre o Projeto

 

Texto Inspirador

 

Todo o acumulado de experiências e de conhecimento adquirido nas ultimas décadas, advindas do envolvimento com as lutas e movimentos pela garantia de direitos e pela inclusão social e cultural das pessoas nos mais diversos processos políticos, levou-nos aos estudos e observações do comportamento humano em relação às conquistas dos espaços de intervenção. Observando principalmente a relação de poder que se estabelecem entre as pessoas, poucas vezes involuntariamente, mas que causam um forte impacto nas relações grupais.

Também chamando a atenção de outras questões que se nos apresentam no cenário da “sociedade civil desorganizada” especificamente nas “comunidades” de uma ineficiência nas ações das “lideranças” devido à falta de estratégias conjuntas, fruto da ausência do conhecimento de suas potencialidades.

Nessa constatação uma mudança de comportamento frente às questões sociais, em destaque sob o ponto de vista das necessidades humanas, coloca o cidadão no desafio de acompanhar mais de perto os acontecimentos e como uma condição básica a sua atualização no tempo e espaço, buscando cada vez mais o conhecimento de si, do outro e das relações grupais em função de permitir habilidades nessas relações, capazes principalmente de pensar a solução de problemas e gerenciar a vida na “comum unidade”.

Não se pode, no entanto, nos distanciarmos de “conceitos” e da tradução destes em “práticas” ainda que imbuída das contradições e, nesse desatar “os nós” conseguirmos perceber os equívocos na tradução destes conceitos e consequentemente os seus impactos e adotar novas posturas frente às realidades. 

São observações ainda num processo de experimentos. No entanto, trazendo essas considerações para o âmbito da organização dos espaços de participação popular aqui podendo destacar um deles:  os conselhos representativos.

Criada essa relação, estamos experimentando uma “tecnologia social” a partir da citada tradução de conceitos, resultante de abordagens que nos trouxeram grandes pensadores dos tempos contemporâneos:

 

  1. Paulo Freire, excepcionalmente quando reflete sobre o reconhecimento da força política do conjunto da sociedade; a busca da tomada de consciência crítica que leva ao protagonismo das forças populares;
  2. Pichon Riviére, que aponta a operatividade grupal, como resultado da reelaboração da história de vida dos cidadãos, para trabalhar as condutas individuais e grupais;
  3. Carlos Matus, que foi um expoente do planejamento estratégico situacional,  poder trabalhar uma construção de conhecimentos básicos em trono do planejamento com base sólida, fincado na verdade, no desejo que se apresenta na capacidade de propor o que se quer no  lugar dos problemas e qual o poder de realização que temos buscando conhecer os mecanismos disponíveis.
  4. Pontão Polis/SP, a experiência e abordagem sobre o assunto atualizando os conceitos de gestão compartilhada e participativa e focando no papel dos conselhos no processo de evolução das políticas públicas.
  5. Pontão Iteia.Net que introduz o uso de novas  tecnologias e cria a Rede das Produtoras Culturais Colaborativas e que solidifica os processos de escuta e colaboração dando maior protagonismo a organização da sociedade civil em torno da sustentabilidade cultural.
  6. Emanuele Oliveira Pesquisadora autora do Programa “Criando Sua Essência” resignificando os  conceito de comunicação para além de “transmissor e receptor”  e fazer despertar para outras ferramentas a disposição de uma comunicação eficiente na administração de conflitos e na perspectiva de diálogos necessários a saúde dos planos coletivos.

Algumas observações durante essa caminhada

Os técnicos, que construíram seus “modelos” sem a vivência na base comunitária, apresentam seus conteúdos ilustrados, muito bem elaborados e jogam para as comunidades de forma fria, sem nenhuma relação com as mesmas, sem a tradução necessária para uma compreensão que lhes permitam se reconhecerem no processo. 

 

  • Não é feito um trabalho anterior de sensibilização, de reconhecimento, de acolher o que esse público traz, de mais e de menos do conhecimento da sua própria cultura e de si mesmo.

 

  • Não é feito um trabalho anterior de sensibilização e empatia com os grupos, de acolher o que traz o próprio grupo de suas relações e conflitos ou possibilitando formação dos conceitos de coletividade, de colaboração e de compartilhamento.

 

  • Não lhe são permitido expor suas ideias e vê-las contempladas porque  muitos processos de participação são estrategicamente preparados de forma a manter a população apenas na condição de legitimar  programas e projetos  construídos numa visão particular de uma pessoa ou de um grupo político.  

 

A partir dessas premissas, já ousando abordar a atuação dos conselhos populares (na sua grande maioria) por sua vez “ainda guardam características corporativas; estão relacionados às áreas sem de fato representá-las; sem vínculos com as dinâmicas da sociedade”.

 

  • Registram e destacam os grupos que representam sem o olhar amplo;
  • Buscam as relações políticas e apoios aos seus projetos e eventos;
  • Não contextualizam as questões da cidade.”

                (Fonte: Pontão Polis)

Dessa forma, a organização dos conselhos populares precisam retomar a sua integração com as realidades e trabalhar o impedimento estratégico sutil do protagonismos das pessoas e das comunidades.

O que propomos na nossa intervenção:

1º. Conhecer quem são as pessoas que se colocam na disposição (às vezes de sacrifício) de participar dos processos políticos da gestão compartilhada no âmbito da execução das políticas públicas de cultura;

2º. Identificar no grupo a expectativa do processo de formação onde: na maioria das vezes as pessoas se colocam apenas na posição de quem vai “receber” nunca na disposição de confiança do contribuir, do DAR porque dificilmente lhe é dada a oportunidade de expor a sua sabedoria. (Há uma implícita relação de poder dos que sabem mais, sob os que são considerados ignorantes);

3º. Passamos daí em diante a um processo coletivo de construção do conhecimento grupal;

4º. Trabalhamos com três palavras inspiradoras que a partir desse momento passa a ser a base de toda reflexão e operatividade do grupo.

5º. Construímos uma dinâmica de trocas constantes, no exercício do “saber ouvir”  e aprendendo alguns aspectos do verdadeiro “diálogo” onde:

 

  1. Cada um primeiro individualmente identifica à sua maneira,  a realidade de seu município, ou seja, quais são os problemas e necessidades no seu ponto de vista e busca descrever isso na prática. (Elaboração da escrita) e/ou (Captação da sua oralidade através de áudio);
  2. Cada um primeiro individualmente exercita listar qual o seu desejo para com o município, ou seja, o que gostaria de ver no lugar dos problemas. (o mesmo processo de elaboração da escrita ou do áudio)
  3. Por fim respondem “o que tenho feito para que esses desejos sejam realizados”.
  4. Provocamos o encaixe das ideias num único trabalho do grupo e na oportunidade se exercita e analisa-se o beneficio da ação colaborativa e o compartilhamento das ideias tendo como condição a  base do diálogo.

Somente a partir de uma discussão ampla do grupo em torno das três palavras inspiradoras e tornando o grupo capaz de identificá-las e traduzi-las nos vários aspectos da vida cotidiana e da participação popular é que começamos a introduzir os temas em torno do que é e para que, foram construídas as políticas publicas de cultura. 

Para situá-los no tema, se ajusta ao exercício praticado anteriormente numa dinâmica de grupo, o conceito que trazem de cultura e do seu próprio eu, quem sou nesse processo evolutivo?

Também utilizamos dos recursos de audiovisual com depoimentos de pessoas conhecidas no universo da cultural que contribuíram nos processos de formulação com conceitos mais humanizado e amplo da cultura.

Passa-se a discutir a cultura como direito humano, como e de onde vem essa constatação. Nesse momento muitos são pegos de surpresa porque desconheciam essa concepção de cultura no seu cotidiano.

Logo na sequência apresentamos as três dimensões da cultura – através de vídeos e logo após o debate no grupo aprofundando o entendimento dessas dimensões na prática local.

Apresenta-se então as propostas dos sistemas:  Nacional, estadual e municipal. É intercalada a apresentação com audiovisual selecionado de forma cuidadosa, trazendo depoimentos importantes do percurso dessa transformação conceitual e pratica a partir do Governo Lula e Dilma, com falas e expressões do saber popular porque é nesse processo que eles se identificam e está ai facilitada a forma de transmitir a política cultural.

Após essa dinâmica, já considerando-os prontos para entrar na reflexão do que é a participação popular e como se dá a composição dos conselhos, suas competências, suas capacidades de diálogos, qual o perfil mínimo necessário a ser construído  para seus componentes e para o coletivo.  

Nesse ambiente é reforçada a melhoria da qualidade grupal para a qualificação dos diálogos e da intervenção na realidade que se quer construir.

Os nossos objetivos específicos, são a construção coletiva do conhecimento, colocar todos em PÉ de igualdade no conhecimento das políticas culturais; ressignificar a missão e competência individual, na perspectiva cidadã e grupal na perspectiva das ações colaborativas; instigar o olhar para as cartas de princípios e o planejamento das ações,  por fim serem capazes de apresentar resultados efetivos de intervenções  nos municípios e por tabela nos territórios.

Concluindo e resumindo todo o processo a formação se dá:

No primeiro momento,  um trabalho de reflexão usando a técnica/prática da construção do conhecimento grupal,  onde os participantes fazem entre si uma avaliação crítica em torno dos conceitos apreendidos sobre os temas, que os envolve na execução do seu papel como Conselheiro de Política Cultural.

 

  • Como proposta

 

  • Aferir os conhecimentos gerais dos participantes sobre as Políticas Públicas de Cultura;

 

  • Aferir o conhecimento dos participantes sobre a composição dos conselhos municipais;

 

  • Avaliar a qualidade da participação;

 

  • Avaliar qualidade do produto do processo participativo;

 

  • Avaliar a dinâmica deliberativa dos conselhos;

 

  • Impacto na operacionalidade da democracia.

No segundo momento,  um trabalho de  sensibilização que os conduza  a uma  Melhoria do  pensamento crítico da atual conjuntura  e do cenário político,  ajustando as propostas  possíveis para a construção coletiva de um plano de ação que traduza na efetividade do coletivo "Conselho Municipal de Política Cultural"  respondendo a grande demanda e o desafio de aperfeiçoamento das políticas públicas e do aperfeiçoamento do papel das ações governamentais junto à população no âmbito geral e de maneira local.

Terceiro momento -  A aferição de resultados - onde os membros concluindo as etapas sejam capazes de compreender e administrar a implementação dos conceitos que poderão gerar um diferencial positivo nas ações; 

Avaliar e promover intervenções necessárias além de ser capazes de promover a devolutiva ao seu território que por sua vez deverá estar cada vez mais incentivado a participação efetiva nas políticas públicas.

1. Trabalhar conceitos;  

2. Instigar um processo de pesquisação e elaboração; 

3. Construção participativa do plano de trabalho; (Que pode incluir como 

    Prática, num outro momento específico,  a construção do Plano Municipal de

    Cultura.

4. Encontros de Avaliação.

Além de toda a dinâmica não falta a reflexão de vários outros temas no percurso desse trabalho interativo: Ética, o respeito ao outro; a fraternidade,  os valores humanos;  etc.

 

Cris Alves

Produtora Cultural

Esp. Gestão, Planejamento, Políticas Culturais.

Acessibilidade Cultural

 

 

Imagem Principal
Este projeto ainda não tem uma imagem principal definida.
Precisa de ajuda?

O Painel fornece uma visão geral do projeto. O painel Novidades mostra tudo que foi adicionado no projeto nos últimos dias. Você pode customizar este painel, adicionar e remover blocos se for o administrador do projeto. Veja um tutorial sobre esta ferramenta.