Recentemente criada, essa ação foi fruto do amadurecimento da política aplicada pela Secretaria de Cidadania Cultural. Ela afina-se à demanda por mecanismos de fomento que promovam sustentabilidade financeira além da já consolidada política de editais.
A Economia Viva visa fomentar e possibilitar a articulação de elos dos variados Sistemas Produtivos no âmbito da Cultura, em suas mais diversas linguagens artísticas. O caráter social aplicado à economia é uma clara opção pela economia colaborativa e sustentável, que não trata a Cultura como mero produto para e do capitalismo.
A Cultura, nessa ação, é assimilada como vetor de geração de renda e representa um passo fundamental na busca por autonomia de grupos, pessoas e dos próprios espaços de efervescência cultural.
Dados preliminares dão conta da existência de uma série de grupos artísticos da cultura digital e da cultura tradicional que têm encontrado novos modelos de negócios e de geração de renda. Muitos destes estão espalhados em Pontos de Cultura país afora, mas não contam com apoio ou têm instrumental para desenvolver seu potencial econômico.
Por sua vez, mister se torna assinalar que os Pontos de Cultura são equipamentos culturais por excelência e podem tornar-se também, empreendimentos culturais economicamente viáveis e autônomos, caso sejam dados incentivos apropriados para isso.
Para este fim, algumas ações estão sendo pensadas para que a cultura seja percebida como uma atividade econômica e o Pontos de Cultura possam comercializar seus serviços e/ou produtos com acompanhamento técnico necessário para a promoção da sonhada “sustentabilidade financeira”.
Para execução destes objetivos, lançamos um edital de premiação de experiências bem sucedidas de geração de renda em atividades culturais, cujo foco não serão as grandes empresas e nem as indústrias culturais, daí o forte componente inovacional contido nessa Política. O público-alvo são os empreendimentos culturais do terceiro setor que desenvolvam soluções criativas de produção ou escoamento em rede nos diversos segmentos culturais, não sendo restritos, portanto, aos Pontos de Cultura.
Contemplará práticas e modelos de negócios baseados nas premissas da Economia Solidária, uma vez que esta promove autonomia através da articulação em rede, da colaboração, do crescimento sustentável e do comércio justo.