Encontro 29 - Experimento 1 - 04/04
Quinta-feira cheguei mais tarde do que havia me proposto. Tomei um remédio para gripe no dia anterior e fiquei baqueada. Tentei avisar, mas sem sucesso. Quando cheguei, ainda meio atordoada, vi que as cenas estavam acontecendo. Mas ainda não tinha visto o "produto final".
Fiquei encarregada de ler uma parte do capítulo 5 de Frankenstein. E passado isto, houve uma roda. Discutimos sobre o que havíamos achado. Eu não pude falar muito, não tinha conseguido ver ainda. Passada a roda, os atores voltaram às cenas.
Uma coisa que me incomodou neste dia foi que, ao tentar ver uma cena, fui chamada para falar de uma outra cena. Uma pessoa achou estranho e resolveu me chamar para dizer. Não achei legal. O momento da roda é o momento mais sagrado. Que devemos dizer o que pensamos e serve para discutirmos o direcionamento. Ao discordar de algo, deve-se dizer. Não falar depois disto. Não falarei muito sobre as consequências que isto pode ter para um grupo. Mas não são coisas positivas.
O tempo foi passando e comecei a ficar mais disposta. Depois do intervalo voltei com novo gás. Começamos a tocar o instrumento de percussão. A girar, pular, nos olhar. Interagir. Aquecimento vocal. Etc. Foi chegando o momento de abrir para a platéia e Bertho Filho começou o trabalho corporal conosco. Gosto muito deste trabalho dele. Foi intenso! Cai. Tinha um buraco e meu pé entrou. Leandro conseguiu fechá-lo. Nisto a platéia já estava entrando... Ao final, fomos para os nossos lugares.
Uma pessoa não tinha ido para a preparação, assim como não foi para o experimento. Marcio definiu que caso essa pessoa não fosse, eu leria sua parte. E assim foi feito.
Esta, foi então, a primeira vez que vi o resultado do processo. Vi a primeira vez, assim como a platéia via o experimento. Gostei muito do resultado e estava muito confiante no trabalho dos colegas. Foi resultado de muita entrega, muito suor. Muita fé! Muito comprometimento.
Mais feliz ainda fiquei, quando vi os depoimentos das pessoas que estavam na platéia e se manifestaram para falar daquela primeira mostra do que está por vir na LIVRE. E como dissemos lá neste dia... Estava cheio de cavalos na porta. Viva! Merda.
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