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Criando o Tao da Livre

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Criando o Tao da Livre

Algumas leituras do Tao, para seguir reflitindo sobre nossos dois ultimos encontros e para convidar voces para revisitar esse livro inspirador... Espero que curtam este percurso !

O Tao (caminho) confia e desconfia das palavras... 

O caminho que pode ser expresso não é o Caminho constante
O nome que pode ser enunciado não é o Nome constante

(Cap. 1)

ou

Palavras confiáveis não são belas
Palavras belas não são confiáveis
Quem sabe não é abrangente
Quem é abrangente não sabe
Quem é bom não discute
Quem discute não é bom

[Pode-se interpretar aqui discutir como polemizar. Ver post anterior sobre difereça entre polemizar e debater segundo Foucault.]

(Cap. 81)

O Tao não radicaliza nem polariza as antiteses, os contrários...

A existência e a inexistência geram-se uma pela outra
O difícil e o fácil completam-se um ao outro
O longo e o curto estabelecem-se um pelo outro
O alto e o baixo inclinam-se um pelo outro
O som e a tonalidade são juntos um com o outro
O antes e o depois seguem-se um ao outro

(Cap. 2)

No Tao a flexibilidade é um valor

Por isso, os rígidos e duros são companheiros da morte
Os tenros e brandos são companheiros da vida
Sendo assim
As armas duras não vencem
As árvores duras são comuns

(Cap. 76)

ou

Sob o Céu
Nada é mais suave e brando que a água
No entanto, para atacar o que é rígido e duro
Nada pode se adiantar a ela
Nada pode substituí-la
Assim
A suavidade vence a força
O brando vence o duro

(Cap. 78)

O Tao não é um caminho curto, supõe ir além do ego... 

Quem respira apressado não dura
Quem alarga os passos não caminha
Quem vê por si não se ilumina
Quem aprova por si não resplandece
Quem se auto-enriquece não cria a obra
Quem se exalta não cresce

(Cap. 24)

ou

Aquele que resguarda este Caminho não tem desejo de se enaltecer
E justamente por não se enaltecer, mesmo envelhecido, pode voltar a criar

(Cap. 85)

Também o Tao nos insina que o grande é frágil e delicado como o pequeno e que o pequeno nos permite mudar o grande

Governar um grande reino é como cozinhar um pequeno peixe

(Cap. 60)

Temos pois que cozinhar nosso pequeno peixe, isso já é uma tarefa gigante... e isso também requer de nos contemplar a diversidade, o imprevisto, o impensado: 

O Caminho é o Vazio
E seu uso jamais o esgota
É imensuravelmente profundo e amplo, como a raiz dos dez mil seres


Cegando o corte
Desatando o nó
Harmonizando-se à luz
Igualando-se à poeira

 

Límpido como a existência eterna
Não sei de quem sou filho
Venho de antes do Rei Celeste

(Cap. 4)

[o caminho não é divino, ele é anterior a toda divinidade... como as raizes dos dez mil seres...]

Comentários

#1

Esqueci uns fragmentos que queria sublinhar... o Tão é também uma filosofia da ordem... mas, essa ordem não é a ordem dos patriotas... é uma ordem ancestral que se mixtura com as lei ou forças que rigem a natureza... essa ordem não é propriedade de ninguém... e ela precisa ser interpretado com bondade... na verdade nenhuma palavra traduz plenamente o que ela é... nesse sentido não é nem regra, nem constituição... mas, ainda assim é ordem... estes são os fragmentos onde aparece a palavra:

Não admirando o que é desejável, mantém-se o coração alheio à desordem

[Entendasse desejável como desejável segundo o ego ou segundo a sociedade e suas convenções, também no sentido de desejos possessivos, de dominio, de apropriação etc.]

(Cap. 3)

Governe com a bondade de quem tem ordem

(Cap. 8)

Quem conhece o Princípio Ancestral
Encontrará a ordem do Caminho

(Cap. 14)

Quando há desordem e confusão no reino
Surge o patriota

[o patriota é algo que para o Tao há que evitar...]

(Cap. 18)

Realiza-se a partir da existência
Organiza-se a partir de antes da desordem

[A ordem não é algo que se imponha de fora, se ganha no processo...]

(Cap. 64)

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