21. 11. 13

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A livre hoje respirou junto, as pulsações foram chegando e se conectando uma a uma. O tempo nos permitiu respirar fundo. Dar-se espaço, refletir.

Hoje o silencio falou.

E foi crescendo se tecendo com o tempo, alterando as respirações e olhares da roda. Muito se passou nas mentes dos livrianos, não que eu saiba de alguma parte desse muito, mas foi assim, isso aconteceu nas bocas sussurrantes também.  

O silencio continuou firme com sorriso de canto de boca.

Aos poucos os olhares livrianos foram parecendo cada vez mais preocupados, ansiosos, em alguns corpos os pés balançavam. Alguns tentaram com pés vacilantes dar o primeiro passo para quebrar a afonia e no mesmo impulso que tentaram gerar movimento retornaram ao ponto inicial. Um temor coletivo existiu por um instante. E depois passou com uma frase que ordenava: Em pé marinheiros! Ao labor!

Talvez esse estado anterior tenha sido o melhor aquecimento possível. De pé e na próxima frase já estávamos em prontidão. Em alerta! Tensão. Cena instalada. E inicialmente interiorizada. Olhar para si olhando para Vitor Frankstein. Olhar para o momento da livre olhando o livro.

Densidade. Densidade rasa. Caminho a superfície para alcançar o outro, para buscar os pontos de convergência.

A quietude foi cena, o movimento interno foi cena, a experiência da escuta da respiração do outro foi cena, a experiência da escuta do ritmo e da voz foi cena. Mandingar os meus sons interiores e sons da coletividade foi ação.

Ao fim do labor, aquietar ainda mais.

Tem mais, seguimos...

Julie Zacheu

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Relato 21 11 13