Corais
O PESADELO DE ELIZABETH
CENA “O PESADELO DE ELIZABETH”
A) Cabeçalho.
Monólogo
A Cena se passa no Sótão.
A luz de velas/ Durante a noite.
B) Descrição de cena.
CENA “ELIZABETH”– SÓTÃO/NOITE.
O sótão é frio e hostil. Tem um espelho grande na parede e um banquinho.
Elizabeth caminha em direção ao espelho e começa a falar.
- Minha infância foi marcada por momentos maravilhosos. Meus pais nunca me deixaram faltar nada, ganhava praticamente um vestido por dia, tínhamos vários empregados e meus pais eram muito felizes.
Elizabeth faz giro de 360º e se posiciona de frente para a platéia.
- Só que a desgraça se instalou em nossa família. Meu pai perdeu tudo, deixando a miséria como herança. Eles morrem e eu fui levada para uma choupana.
Sequência de movimentos intercalados com o texto.
- Naquele lugar eu conheci de perto o que era fome. Aquelas crianças miseráveis me tocando e alisando meus cabelos. Comíamos bichos e ratos, a fome era comum.
- Aquelas crianças fedidas, usando trapos! Me aqueciam na hora de dormir e ao mesmo tempo eu sentia nojo.
Visão de Caroline Frankenstein entrando na choupana. Nesse momento existe uma breve transição de personagens, que se estabelece entre Elizabeth criança e Caroline Frankenstein.
- Por aquela porta entra uma linda mulher.
- Que criança linda! Que cabelos sedosos, pele de porcelana.
Pausa da personagem, seguida por um grito de desespero.
- Eu me senti um bicho sendo vendido. Quando cheguei no castelo, fui apresentada para Victor e meu coração entendeu o que é o amor. Aquela mulher me deu uma nova família, ela me ensinou tudo que uma dama precisa saber. O andar, o caminhar com sutileza, a valsa...
A personagem faz uma pausa na respiração.
- Essas cicatrizes, essas feridas não saram! Eu sempre escuto o choro das crianças famintas e o cheiro daquele lugar. Hoje eu sou Elizabeth Frankenstein e aquele passado, eu tento deixar aqui.
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