RESENHA CRÍTICA PEÇA DISSIDENTE - 28/03/2014
28.03.2014 – RESENHA CRÍTICA DISSIDENTE.
Inicia-se com trilha sonora, música ao vivo, que esteve presente durante todo espetáculo, por sinal de excelente qualidade e as músicas em perfeita harmonia com a história.
A peça é uma exteriorização da realidade de muitas famílias: inexistência de conexão entre filho e seus pais, como se fossem desconhecidos, a figura da mãe sempre tentando agradar o filho, sem sucesso e principalmente a falta de diálogo. Os diálogos de coisas triviais, como cobrança para trabalhar, e acontecimentos cotidianos existem, mas sempre se foge de tocar em assuntos sérios, de enfrentá-los. É visível a infância perturbada do filho com seu pai, e suas lembranças de maus tratos acompanhada de ódio pela figura paterna.
Assim, com uma base familiar desestruturada e um emprego mecânico, sem perspectiva de vida, acontece o que se prevê, o envolvimento do garoto com drogas, crimes e supostos amigos estranhos. Os caminhos traçados pelo filho, acabam não só com a vida do mesmo, mas estraçalha a vida da mãe, que viveu tentando enquadrar o filho, como se sua própria felicidade dependesse de que o filho encontrasse emprego e tivesse uma perspectiva de futuro.
Mãe : “Agora que você está indo bem, eu tenho o direito de sonhar, não é?”
Saí do espetáculo com diversas reflexões sobre a base familiar e a responsabilidade de quem usa drogas perante todos aqueles que estão perto, já que a escolha de usar é personalíssima, mas seus efeitos não.
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