memoryal 29.07 - 05.08
MEMORYAL 31.07 - MEMORYAL MEMORYAL 05.08 2014
Memoryal Memoryal 05.08.14 Gilberto Reys
Dado o retorno dos passos para Shakespeare! Primeiro, avançar com os ganhos e perdas de JANGO: não permitir atrasos e ausências; trabalhar melhor o corpo; criar estratégias de alcance de público mais eficaz; organização do projeto.
As 9 começou o Yôga, 15 atores, Anita e Márcio entrou desejou bom dia nos observou e sentou. Feito o Yôga maravilhoso, que vem me ajudado em tudo na minha vida, no palco e fora dele. As 10 o Gandalf retornou a sala para falar sobre a nova ERA da Livre. Perguntou a todos os ganhos e o que se precisava depois do processo da tragedya glauberiana. Muitas respostas e confirmações do que se pensava o grande grupo. As situações bizarras de fofoca, a falta de compromisso, a falta de empenho dentro de cena, o exagero performático de alguns, a falta de unidade do coro.
Mas que JANGO surpreendeu com a reação positiva do público. Tem que ver como vai ser quinta-feira sem lista amiga.
Pelos negativos pontos infelizmente perdemos Cadu Mesias que não quer mais esse tipo de situação para a vida dele. Vejo Cadu como um dos melhores participantes da LIVRE, pontual, presente, posicionado, homem de opinião, inteligente, veste-se de branco, criativo, parceiro. Uma pena sua saída. Tristemente as pessoas boas do grupo são sempre atacadas e os atacantes que são nocivos à paz e saúde do grupo não saem. Sinto que a história de Cadu ainda não acabou na LIVRE.
Teremos a saída também de Jadsa e Mari Souza por motivos pessoais delas. Grandes perdas para o grupo, talentosíssimas. Vai fazer muita falta.
A nova era vai dar seguimento com 9 horas porta fechada, quem chegou, chegou. 3 faltas tá fora.
Pela tarde eu e Tiago Querino arrumamos o armário novo da LIVRE, tiramos os instrumentos da Mario Gusmão e João Augusto. Além de limpar o palco para a apresentação de Batatinha. Duas horas de job.
Depois fui colar cartazes na Avenida Sete, mais conhecida como Corredor da Vitória. Colei 15 cartazes. Mais duas horas de job e no final do dia não fiquei cansado.
A noite voltei para ajudar na produção do show em homenagem aos 90 anos de Batatinha. Jadsa e Gabriel pediram para dar uma força para fazer parte do evento como alguém que está no bar. Dei assistência para os artistas se arrumarem Juliana Ribeiro, uma fofa e Margareth Meneses simpática demais. Foi bacana, fiz junto com Cris. A ideia era sambar e se movimentar pelo palco. Mas Cris não o quis, e eu tive que ter paciência com o tempo e opinião do outro. Eu não acho que aquele tipo de show é para se ficar sentadinho e ouvindo, o Teatro Vila Velha é espaço para muita coisa mais.
Memoryal 03.08.14 Gilberto Reys
Domingo JANGUISTA, segunda vez que faço o advogado das ligas camponesas, o texto saiu mais fluente, mais encorpado, mais articulado, mais pra frente e com musicalidade mais forte. Muitos me elogiaram, mas ainda não estou contente, falta alguma coisa. A energia do grupo baixou, senti uma queda de atenção por parte de muitos. A galera precisa malhar a energia pra não baixar na ultima apresentação do fim de semana. E a falta de atenção na hora de carregar novamente JANGO e Carmem é a disgraça pra todo mundo!!
Memoryal 02.08.14 JANGO Gilberto Reys
Sábado mais um dia de JANGO, hoje é a base de ingresso e lista amiga. Vamos ver se a comunicação tá funcionando mesmo. No final um grande número de público, lotado! A energia da galera tá se mantendo. Mas estão dormindo na hora de carregar JANGO e Carmem. Vamos se ligar galera.
Memoryal 01.08.14
Fim dos dias de estreia. Primeira vez que deixo de ser coro para ilustrar um personagem no palco principal do Teatro Vila Velha. Francisco Julião, um advogado retado, amigo do povo e lutador. Tentei ao máximo seguir a instrução de MM de não se emocionar. Trunquei o texto um pouco, mas pretendo melhorar. A energia de hoje foi melhor que de ontem. E as marcas estavam mais coerentes. Hoje foi melhor que ontem ao carregar JANGO e Carmem.
Memoryal 31.07.14 Gilberto Reys
Este memoryal fala sobre a ESTREIA de JANGO foi inestimável para mim. As lagrimas rolaram por uma emoção de saber de quanto político e necessário para o nosso povo, a nossa cidade, o nosso estado, o nosso país, o nosso mundo tudo aquilo. A LIVRE entrou de forma incrível para a história dos 50 anos do VILA. Tecnicamente a estreia foi ótima, poucos erros perceptíveis ao público. Acho que erramos porque sabíamos que errávamos, mas erramos bonito!!! Muito me emocionou Sonia Robatto falando sobre o Vila e sua história, semente e raiz do TEATRO VILA VELHA. Fiquei surpreso pela presença do secretário de Cultura no público e outras personas famosas do teatro e da cultura. O secretário falou sobre a coragem de se fazer teatro em nosso estado. Precisamos mesmo, e precisamos que o vossa excelência seja corajoso com a gente mais ainda. Sentado na galeria do palco principal aplaudi todas aquelas figuras e a tensão foi se acumulando para explodir em cena. O discurso de Marcio Meirelles, como um GANDALF veio a todos com agradecimentos e palavras fortes imprescindíveis para todos sobre política e manutenção do TEATRO VILA VELHA.
Entre todas as maravilhas que absorvo no momento em comemoração aos 50 anos de Vila, me deparo com perguntas e respostas incríveis. Em homenagem aos 50 anos estreamos JANGO, única peça de teatro escrita por Glauber Rocha. Realizo o papel de Francisco Julião alternadamente com Vado Souza, grande ator, e a leitura e interpretação deste espetáculo faz muito pensar política e o hoje com suas ameaças de golpe e democratização crescente.
Não vivemos uma situação de ditadura declarada pelo estado como em 1964. Mas vivemos na sombra fantasma deste passado que não nos abandona com a polícia violenta repressora nos manifestos e comunidades DIARIAMENTE; no cerceamento e vigia da opinião em todas as esferas da comunicação; o estado escolhe para nós o que quer patrocinar na cultura pelos editais lotéricos e seletivos “católicopró-estadistadobemsocial”; as escolas públicas e privadas ensinam somente em prol de uma prova geral nacional sem senso crítico e poder de pensar divergentemente. Esses movimentos ditatoriais conduzem a boiada social em laços invisíveis com mais força até do que 64, pois os nossos mortos e torturados estão nas cozinhas deste país, são tão invisíveis quanto os seus guiadores. Talvez esteja dizendo isso pela distância temporal, não dá para medir isso.
“Quando o povo atinge a lucidez dos ágapes imortalizados por Euclides da Cunha” fala de Julião que se empresta o sentido quando lembramos das revoltas e manifestações do povo em junho/julho de 2013 para falar do recente, claro. Nesse momento as forças revoltosas da população, o ápice da desconstrução social, o avanço tecnológico operacional de vida é evidente e necessário. A boiada estoura, a lua cresce, os guias se perdem nas estrelas e jogam pombos sem azas matando e machucando a todos. Na rua o movimento é horizontal, os complexos sociais se “ausentam” e todos são colocados do mesmo lado: estadopolícia / povo. Um mito nunca foi tão prejudicial à ordem nestes momentos de repressão.
O poder de compra começou a engatinhar com o amadurecimento do plano real, cresceu com Lula e Dilma engordou o bichinho capitalista. As classes baixas podem comprar como nunca antes. Dado histórico semelhante ao momento em que Getúlio Vargas introduz o salário mínimo e João Goulart (JANGO) aumenta-o causando grande insatisfação das elites. Os rolezinho da ostentação, o acesso do povo a educação paga incomodam historicamente às
elites. Uma ameaça ao poderio estabelecido e ao fim dos mecanismos de manipulação como o genocídio racista social comunitário periférico e central, heterossexualização, machismalização, blocos abadas camarotes, ônibus refrigerado caro, editalizações culturais, teatro elite Campo Grande Pituba. Espaços antes somente ocupados por uma elite histórica teme o avanço sobre seu espaço. O alcance desses espaços por marginais não pode também vestir novas armas mecânicas e conservar outras de manutenção do poder. Não vou acreditar que o acesso será a revolução. Mas que a permeabilidade destes espaços com democratização é um caminho, caminhos para algos.
A DEMOCRATIZAÇÃO SERIA UM RETORNO A SITUAÇÃO DE 1964 Glauber diz isso pelo advogado Francisco Julião com tanta sanidade e discernimento critico ao momento do golpe e nos anos 70 que o nosso (ou pelo menos o meu e de poucos) deley de 50 anos é absurdo para o entendimento disso. A democratização está acontecendo e vai acontecer mais até o momento do GOLPE 64 VERSÃO SÉCULO 21. Seria uma espécie de oficialização do que estamos vivendo. Oficializar não é interessante para os que tem a necessidade elitista e ganham com a ditadura. Mas quando é urgente e a boiada estoura tornou-se necessário em 1964, porque não se tornaria em 2014 e adiante??
A boiada primeiro tem que deixar de ser boiada, pensar. Lembro disso quando Márcio chega no camarim e diz que ator e artista não é boiada. Racionalizar e criticar o seu momento político e vida. Olhar para o panorama social com distancia e crítica. Voltar a politização, voltar a discutir política e parar de tomar cachaças, porque A CACHAÇA TA MATANDO O BRASILEIRO HÁ 4 SÉCULOS E MEIO e mais, segundo Julião. A consciência inebriada dificulta tudo e o prazer instantâneo fragiliza. A arte precisa voltar a ser pop para discutir política. Aí o movimento artístico tem que atentar a reimprovisação desse povo que não pensa, e provocá-lo a critica. O TEATRO VILHA VELHA COM MEIO SÉCULO DE VIDA ENCABEÇA A ARTE POLÍTICA CRITICA!!! EVOÉ VILAA!!! MAIS 50 POR FAVOR!!!
Memoryal 30.07.14 Gilberto Reys
Ultimo memoryal sobre o processo preparatóryo de JANGO. Finalmente vamos estrear amanhã. Seria difícil dizer o número de pessoas que confluem na sinergya deste momento, deste dia. 50 anos do Vila, quantas almas já não passaram por este teatro? Quantas estreias?Quantos atores, quantos encenadores? Quantos técnicos? Milhares construíram este teatro. Obrigado por vocês, se não fossem vocês nós não estaríamos aqui nesse TEATRO Vila Velha.
A concentração agora é fundamental, saber pontualmente o próximo passo e o desenvolvimento ser vivido.
Vou dormir desejando toda a boa vibração do mundo para amanhã!!! Espero vocês lá!!
Haaa, e eu faço Franciso Julião na sexta-feira e domingo até final de agosto.
SALVE TEATRO VILA VELHA!!! SALVE JANGO!!! SALVE GLAUBER!!! SALVE TEATRO DOS NOVOS!!!
Memoryal 29.07.14 Gilberto Reys
Um dia porrada de ensaio com luz e suas afinações. A noite um ensaio sem parar, achei bom, hoje meu texto sai mais fluente e mais forte com as emoções de um político inflamado. Acho que é por aí, mas tenho que trabalhar muito com Bertho ainda. A maior preocupação é com a articulação do texto. A dicção precisa ter um aperfeiçoamento.
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