Memorial 26.08.2014
Cada novo encontro com a gente é novo. A tarde no Vila Velha prometia, e ao final surpreendia... Entrei na sala com pessoas novas e algumas conhecidas, parecia um encontro comum, mas sabíamos lá que não era. Um encontro com nossas emoções e sentimentos mais íntimos e por tanto tempo esquecidos, de repente revelados pelo outro, que descobriamos ser nós mesmos. E então nos conhecemos. Lembro que fomos orientados a ‘fazer’ e não somente a ‘mostrar’. As coisas vão acontecendo, tudo tão novo e ao mesmo tempo tão familiar. Descobrimos alguém que podemos reencontrar novamente: nos preparamos, nos vestimos, nos lembramos onde morava e lá estava. E depois nos despedimos, há outros a encontrar, a conhecer por aí... Novos. Livres. Bárbaros. Baianos. Vivos, bem vivos.
A construção do personagem nasceu de uma centelha provocada pela respiração... Sei lá como começou... Escutei alguém que dava até medo, chorava mas queria ser forte. E assim foi crescendo, com aquela energia que de menino virou rapaz e mais tarde homem feito com memórias... Desejos, medos, pensamentos, quereres... Podia falar se quisesse. A história completa de alguém que poderia ser meu irmão, eu tinha na cabeça. Esse alguém passou a me acompanhar naquela sala e a participar das atividades propostas. Interagia com o pessoal, reagia, impulsionava outros... Enfim, estava vivo, mais uma vez.
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