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Sobre a ideia de liberdade / livre o que é isso ... Livre para dizer sim ou não, para votar A ou B, para comprar C ou D, para trabalhar aqui ou lá, livre para acreditar ou não acreditar, para dizer ou calhar, para estar ou sumir, porém a liberdade não é só isso... Queremos ser livres de criar coletivamente formas de organização e de convívio, queremos ser livres de discutir sobre o tipo de sociedade na qual queremos viver, queremos escolher de outras formas, criar outras formas de exercitar nossa liberdade. A liberdade que se vende é uma liberdade que segue a imagem do consumidor no supermercado, um consumidor de alimentos, de carros, de políticos, de programas de TV, de bens culturais, até de religiões... Porém a liberdade do cidadão não tem a mesma lógica que a liberdade do consumidor. A liberdade do cidadão não é um bem que já possuímos e não deveria depender de seu dinheiro, ela tem que ser conquistada e criada, ela tem que ser inventada cotidianamente, ela precisa de ações coletivas e comunitárias para se afirmar, essa liberdade se faz e se ganha com outros. Ela pede compromisso e engajamento. Ela não aceita ter só que responder sim ou não: ela quer propor perguntas e questões, ela não aceita que nosso futuro dependa de um exercício de questionário de escolha multiple (mutiple choices) no qual não podemos discutir ideais e objetivos novos, ela não aceita ter sempre que delegar as escolhas mais importantes... A liberdade que precisamos é uma liberdade que requer trabalho, um trabalho e uma vigilância de todos, é uma liberdade frágil que sempre está em construção e que não pode ser pensada com a mesma lógica instrumental do mercado.  nitram
Sobre o projeto À primeira vista, não seria a idéia de uma Universidade aberta ao público em geral, das mais diversas áreas, sem processo seletivo, sem aulas e destituída de setores e departamentos um plano caótico, inviável e subversivo? Como assim abrir mão de critérios de avaliação de pessoas que desejam se tornar profissionais de teatro? E que história é essa de que qualquer um pode participar, sem sequer mesmo fazer inscrição?  É. São muitas as questões, ainda, talvez, sem respostas. Mas, as atividades já começaram e, desde 21 de fevereiro de 2013, um grupo bem heterogêneo, de diversas idades, vem se reunindo no Teatro Vila Velha para vivenciar, refletir e discutir sobre o fazer cênico. E o que poderia parecer óbvio para muita gente sobre o processo de estruturação e funcionamento de um teatro se torna um universo de descobertas fascinantes. Nesses primeiros encontros, os participantes vêm explorando conhecimentos básicos de iluminação, sonorização, cenografia, produção, noções de processos em rede e comunicação, economia, ciências sociais,  política, com a perspectiva da construção de um saber pleno sobre a função de todos os atores e componentes estéticos envolvidos nesse sistema. A legitimação e o reconhecimento desse trabalho irão decorrer de maneira processual, por meio de apresentações públicas, durante os três anos de duração do programa, que terá certificação válida para o DRT. JeanPedro
CARTA 1 CARTA 1 Walton e Margaret (duas duplas) se despedem com um longo abraço. Walton parte rumo a sua aventura e em seguida eles voltam a encontrar-se através das cartas escritas por ele. Estão juntos, ombro a ombro, Margaret voltada para o publico e Walton de costas. Margaret: Estou muito aliviada em saber que nenhum desastre acompanhou o inicio da sua jornada e que chegou em segurança a São Petersburgo. Devo dizer-lhe, porém, que sigo apreensiva diante dos seus propósitos, e que temo pela sua vida, ao prosseguir rumo ao desconhecido com tanto fervor. Não interprete mal as minhas palavras, sei da importância dessa aventura, e da grandiosidade dos seus objetivos de descobrir os mistérios do pólo norte, no entanto rogo-lhe que seja cauteloso. Os dois giram juntos, Walton agora está de frente para o público e Margaret de costas. R. Walton: Sabe que meu gosto pelas aventuras marítimas me acompanha desde a infância. Li com ardor o relato das várias viagens feitas com a intenção de chegar ao Pacífico Norte através dos mares que circundam o pólo. Minha educação foi negligenciada mas mesmo assim eu era um leitor apaixonado. Margaret: ... sempre enfurnado na biblioteca do tio Thomas... R. Walton: Até que soube da exigência de meu pai em seu leito de morte, proibindo meu tio de permitir que eu dedicasse minha vida às viagens marítimas, enchendo meu coração de pesar. Tornei-me então poeta, imaginei também que poderia obter um nicho no templo consagrado aos nomes de Homero e Shakespeare. Você está a par de meu insucesso e da minha enorme desilusão. Naquele momento, porém, herdei a fortuna de meu primo, e meus pensamentos voltaram-se para as minhas antigas inclinações. R. Walton: Seis anos se passaram, até que eu decidisse levar a cabo a presente empresa. Os dois atores que fazem R. Walton ficam de frente um para o outro, como num espelho, e iniciam uma luta. R. Walton: Comecei por disciplinar meu corpo, habituando-o à privação. R. Walton: Acompanhei os pescadores de baleias em várias expedições ao Mar do Norte. R. Walton: Enfrentei voluntariamente o frio. R. Walton: A fome. R. Walton: A sede. R. Walton: E a privação do sono. R. Walton: Não era raro trabalhar com mais afinco do que os marujos durante o dia. R. Walton: E devotar minhas noites ao estudo da matemática, da teoria da medicina e daqueles ramos da ciência... Margaret abraça Walton por trás interrompendo-o e acalmando-o. Margaret:  Você poderia ter o luxo e o conforto, mas decidiu aventurar-se nesta nobre missão. Sei que logo deixará São Petersburgo a caminho de 'Arcangels', onde enfrentará o frio intenso, mas peço a Deus que encontre logo um bom navio e bons homens para trabalhar contigo. Tenho esperanças que tudo acabará bem. Os dois voltam a despedir-se. R. Walton: Adeus, minha querida e admirável Margaret. vinicius bustani
Manisfesto Universidade Livre de Teatro Vila Velha EXPERIMENTO 2.2 Manisfesto Universidade Livre de Teatro Vila Velha vinicius bustani
Expressões idiomáticas sobre ausência em língua portuguesa EXPERIMENTO 1.4: POÉTICAS DA AUSENCIA nitram
A infância já não está LIVRE A infância já não está "Defuma com as ervas da Jurema..." Quando entrei pra escola, entrei para o centro de umbanda. Aprendi a ler e a encher cachimbos. Peguei piolho, colocaram Neocid e um lenço branco na minha cabeça. Aprendi a dança e cantar... " Oxaláaaa meu paaaaii, tem pena de nós tem dó a volta do mundo é grande teus poderes são maioooó..." Aprendi que o homem não presta. Cuartito azul, dulce Morada de mi vida, fiel testigo de mi tierna juventud, llego la hora de la triste despedida, ya lo vez, todo en el mundo es inquietud... Ya no soy más aquel muchacho oscuro, todo un señor desde esta tarde soy, sin embargo, cuartito, te lo juro, nunca estuve tan triste como hoy.   Gente Humilde Vinicius de Moraes Compositor: Vinícius / Chico Buarque / Garoto     Tem certos dias Em que eu penso em minha gente E sinto assim Todo o meu peito se apertar Porque parece que acontece De repente Como um desejo de eu viver sem me notar Igual a tudo, quando eu passo Num subúrbio Eu muito bem, vindo de trem De algum lugar Aí me dá uma inveja Dessa gente Que vai em frente Sem nem ter com quem contar São casas simples Com cadeiras na calçada E na fachada, escrito em cima Que é um lar Pela varanda, flores tristes E baldias Como a alegria que não tem Onde encostar E aí me dá uma tristeza No meu peito Feito um despeito de eu não ter Como lutar E eu não creio Peço a Deus por minha gente É gente humilde Que vontade de chorar Link: http://www.vagalume.com.br/vinicius-de-moraes/gente-humilde.html#ixzz2a71hMvwQ   Foguete Mariene de Castro Autor: Roque Ferreira , J. Velloso Álbum: Tabaroinha Foguete Mariene de Castro Tantas vezes eu soltei foguete Imaginando que você já vinha Ficava cá no meu canto calada Ouvindo a barulheira Que a saudade tinha É como diz João Cabral de Mello Neto Um galo sozinho não tece uma manhã Senti na pele a mão do teu afeto Quando escutei o canto de acauã A brisa veio feito cana mole Doce, me roubou um beijo Flor de querer bem Tanta lembrança este carinho trouxe Um beijo vale pelo que contém Tantas vezes eu soltei foguete Imaginando que você já vinha Ficava cá no meu canto calada Ouvindo a barulheira Que a saudade tinha Tirei a renda da naftalina Forrei cama, cobri mesa E fiz uma cortina Varri a casa com vassoura fina Armei a rede na varanda Enfeitada com bonina Você chegou no amiudar do dia Eu nunca mais senti tanta alegria Se eu soubesse soltava foguete Acendia uma fogueira E enchia o céu de balão Nosso amor é tão bonito, tão sincero Feito festa de São João Cidade do Pé Junto Zeca Pagodinho Meu coração era uma rosa em botão Hojé é saudade Felicidade ao me ver nem tem assunto (bis) É que a saudade que eu sinto de você Meu grande amor Vai me levar pra cidade do pé junto Longe de ti A minh'alma veste luto Eu me pergunto como pude me entregar Eu que sorria, hoje vivo a chorar No meu pomar O amor que eu plantei não deu fruto É que a saudade... Mirian Sampaio
Textos do Experimento IV: Poéticas da Ausência LIVRE   ESBOÇO TRAÇADO POR MARTIN DOMECQ DA ORGANIZAÇÃO DO EXPERIMENTO IV (1) Travessias (2) Forma (talvez com alguns textos-idade curtos) (3) Dança-terra da ausência (4) Forma transição (talvez com alguns textos-idade curtos) (5) Monólogos / cenas canções / canções e tangos [isso é a parte que temos que reunir primeiro] (6) Paulo Leminski (7) Homenagens (8) Dança-fogo (9) Forma final   TEXTOS CONSTRUIDOS COM OS NÚMEROS DE PALAVRAS   APOENA SERRAT TEXTO DA IDADE: "Todos os dias da minha vida, esperei por você. Esperei... Esperei... Esperei! E agora, eu me pergunto...Quando você vai chegar? Quando vai chegar? Vai chegar? Chega! Vou em sua busca!   BÁRBARA VIEIRA TEXTO DA IDADE: "Ando, aumento o passo, mais depressa, corro, fujo de tudo, das lembranças, do futuro, de mim, de nós, fujo saueute, agora sou nada. Nada."   CESAR RASEC TEXTO DA IDADE: "Maldito Deus, que me tirou vocês, me fez sentir dor, frio, maldito Deus. Que tirou tudo de uma só vez, sem dó nem piedade. Eu confiei em você. Eu te pedi tanto, implorei... Maldito Deus. Agora a casa vazia."   CLAUDIO VARELA TEXTO DA IDADE: "Quando eu nasci, eu não estava lá. Eu me perguntava porque havia nascido. Eu nasci pra suprir uma falta. A falta de um filho. Como se um filho pudesse salvar um casamento. Mas não salvou. E hoje somos três solitários..."   DU VADO JR. TEXTO DA IDADE: "Eu acho um absurdo aqui, na minha cidade natal, Salvador, crianças pelas ruas abandonadas, governantes magnatas gastam dinheiro que poderia ser usado em educação nos próprios projetos. Ô mundinho de merda!"    EDUARDO COITINHO TEXTO DA IDADE: "Ainda dói e parece que nunca vai parar de doer. Foi ontem. Um buraco. E ainda dói. Um buraco. Não. Buraco."   GUSTAVO BEZERRA TEXTO DA IDADE: E assim é a vida: você nasce, cresce e vive. Nessa vivência conhece pessoas. Pessoas que vem, que vão. Algumas ficam, outras não.   MARCIA RIBEIRO Texto da Idade: Innsônia Às vezes tenho insônia. Acordo no escuro.  Não é medo. Ouço o som do silêncio. Penso que sinto falta de alguma coisa que ficou no passado. Então percebo que me angustia o que não existirá no futuro.   MIRIAN SAMPAIO Texto da idade: A infância já não está "Defuma com as ervas da Jurema..." Quando entrei pra escola, entrei para o centro de umbanda. Aprendi a ler e a encher cachimbos. Peguei piolho, colocaram Neocid e um lenço branco na minha cabeça. Aprendi a dança e cantar... " Oxaláaaa meu paaaaii, tem pena de nós tem dó a volta do mundo é grande teus poderes são maioooó..." Aprendi que o homem não presta.   PATT DE CARVALHO Texto da idade: Eu sempre pensei que eu não sentia a sua falta, eu continuava com meu sorriso largo a minha alegria falsa...e foi então que eu descobri que a falta que existia em mim, era a ausência que eu tinha de você.   SONIA LEITE TEXTO DA IDADE: "Janela" Hoje eu não brinquei Subir na janela Sentei. Olhei A chuva  caiu, caiu, Muita chuva Muita chuva! A terra molhou, Eu vi O barro rolou, rolou Eu vi, eu vir Não queria ver Mas eu vi, não queira ver, mas eu vi! Queria ver a montanha azul Do outro lado da montanha Mas eu vi Gritos,  gritos                                                                                                                                                      o barro desceu Gigante, gigante! A chuva caindo A chuva parou Gotejou Lagrimas,  lagrimas                                                                                                           Eu vi Enxadas, PA, pedaços   de pau. Unhas, muitas.... E veio seu, Raimundo, D. Maria, seu José, seu Balbino,seu Antonio, Seu Chico,,,,,, E lagrimas, muitas lagrimas, eu vi . Silencio. Morte!   TIAGO QUERINO TEXTO DA IDADE: A gente gostava sempre de pular o quintal dos outros. Manga era a nossa fruta preferida. Porque ela é graúda e docinha. Um dia o bicho pegou. MÚSICAS ESCOLHIDAS POR CADA INTEGRANTE   APOENA SERRAT MÚSICA: ROSA DE HIROSHIMA, DE NEY MATOGROSSO Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas, oh, não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A anti-rosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada   CESAR RASEC MUSICA: TANGO PRA TEREZA, DE NEY MATOGROSSO Hoje alguém pos a rodar Um disco de Gardel no partamento junto ao meu Que tristeza me deu Era todo um passado lindo A mocidade vindo na parede me dizer para eu sofrer Trago a vida agora calma Um tango dentro d'alma A velha história de um amor que no tempo ficou . . . Garçon ponha a cerveja sobre a mesa Bandoneon toque de novo que Tereza Esta noite vai ser minha e vai dançar Para eu sonhar . . . . A luz do cabaré já se apagou, em mim O tango na vitrola, também chegou ao fim Parece me dizer Que a noite envelheceu Que é hora de lembrar E de chorar . . . . .   CLAUDIO VARELA MUSICA: PEDAÇO DE MIM, DE CHICO BUARQUE "Oh, pedaço de mim Oh, metade afastada de mim Leva o teu olhar Que a saudade é o pior tormento É pior do que o esquecimento É pior do que se entrevar Oh, pedaço de mim Oh, metade exilada de mim Leva os teus sinais Que a saudade dói como um barco Que aos poucos descreve um arco E evita atracar no cais Oh, pedaço de mim Oh, metade arrancada de mim Leva o vulto teu Que a saudade é o revés de um parto A saudade é arrumar o quarto Do filho que já morreu Oh, pedaço de mim Oh, metade amputada de mim Leva o que há de ti Que a saudade dói latejada É assim como uma fisgada No membro que já perdi Oh, pedaço de mim Oh, metade adorada de mim Lava os olhos meus Que a saudade é o pior castigo E eu não quero levar comigo A mortalha do amor Adeus" MARCIA RIBEIRO MÚSICA 1: POEMA Letra: Cazuza Música: Frejat Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo Eu acordei com medo e procurei no escuro  Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo  Porque o passado me traz uma lembrança Do tempo que eu era criança  E o medo era motivo de choro  Desculpa pra um abraço ou um consolo Hoje eu acordei com medo mas não chorei  Nem reclamei abrigo Do escuro eu via um infinito sem presente Passado ou futuro  Senti um abraço forte, já não era medo Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim  De repente a gente vê que perdeu Ou está perdendo alguma coisa  Morna e ingênua  Que vai ficando no caminho Que é escuro e frio mas também bonito  Porque é iluminado Pela beleza do que aconteceu Há minutos atrás   MÚSICA 2: GENTILEZA, DE MARISA MONTE apagaram tudo  pintaram tudo de cinza  a palavra no muro   ficou coberta de tinta  apagaram tudo  pintaram tudo de cinza  só ficou no muro   tristeza e tinta fresca  nós que passamos apressados  pelas ruas da cidade  merecemos ler as letras  e as palavras de gentileza  por isso eu pergunto  a vocês no mundo  se é mais inteligente  o livro ou a sabedoria  o mundo é uma escola  a vida é o circo  amor palavra que liberta  já dizia o profeta   MIRIAN SAMPAIO MÚSICA 1: Gente Humilde - Vinicius de Moraes  Tem certos dias Em que eu penso em minha gente E sinto assim Todo o meu peito se apertar Porque parece que acontece De repente Como um desejo de eu viver sem me notar Igual a tudo, quando eu passo Num subúrbio Eu muito bem, vindo de trem De algum lugar Aí me dá uma inveja Dessa gente Que vai em frente Sem nem ter com quem contar São casas simples Com cadeiras na calçada E na fachada, escrito em cima Que é um lar Pela varanda, flores tristes E baldias Como a alegria que não tem Onde encostar E aí me dá uma tristeza No meu peito Feito um despeito de eu não ter Como lutar E eu não creio Peço a Deus por minha gente É gente humilde Que vontade de chorar MÚSICA 2: Foguete - Mariene de Castro Tantas vezes eu soltei foguete Imaginando que você já vinha Ficava cá no meu canto calada Ouvindo a barulheira Que a saudade tinha É como diz João Cabral de Mello Neto Um galo sozinho não tece uma manhã Senti na pele a mão do teu afeto Quando escutei o canto de acauã A brisa veio feito cana mole Doce, me roubou um beijo Flor de querer bem Tanta lembrança este carinho trouxe Um beijo vale pelo que contém Tantas vezes eu soltei foguete Imaginando que você já vinha Ficava cá no meu canto calada Ouvindo a barulheira Que a saudade tinha Tirei a renda da naftalina Forrei cama, cobri mesa E fiz uma cortina Varri a casa com vassoura fina Armei a rede na varanda Enfeitada com bonina Você chegou no amiudar do dia Eu nunca mais senti tanta alegria Se eu soubesse soltava foguete Acendia uma fogueira E enchia o céu de balão Nosso amor é tão bonito, tão sincero Feito festa de São João MÚSICA 3: Cidade do Pé Junto - Zeca Pagodinho Meu coração era uma rosa em botão Hojé é saudade Felicidade ao me ver nem tem assunto (bis) É que a saudade que eu sinto de você Meu grande amor Vai me levar pra cidade do pé junto Longe de ti A minh'alma veste luto Eu me pergunto como pude me entregar Eu que sorria, hoje vivo a chorar No meu pomar O amor que eu plantei não deu fruto É que a saudade...   PATT DE CARVALHO MUSICA: SAMPA de CAETANO VELOSO Alguma coisa acontece no meu coração Que só quando cruza a Ipiranga e Av. São João É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi Da dura poesia concreta de tuas esquinas Da deselegância discreta de tuas meninas Ainda não havia para mim Rita Lee A tua mais completa tradução Alguma coisa acontece no meu coração Que só quando cruza a Ipiranga e avenida São João Quando eu te encarei frente a frente e não vi o meu rosto Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto É que Narciso acha feio o que não é espelho E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho Nada do que não era antes quando não somos mutantes E foste um difícil começo Afasto o que não conheço E quem vem de outro sonho feliz de cidade Aprende depressa a chamar-te de realidade Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas Da força da grana que ergue e destrói coisas belas Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba Mas possível novo quilombo de Zumbi E os Novos Baianos passeiam na tua garoa E novos baianos te podem curtir numa boa   SONIA LEITE MUSICA: CANTO TRISTE, DE EDU LOBO Porque sempre foste a primavera em minha vida Volta pra mim, Desponta novamente no meu canto, Eu te amo tanto...mais, te quero tanto mais Há quanto tempo faz, partiste. Como a primavera que também te viu partir Sem um adeus sequer E nada existe mais em minha vida Como um carinho teu...como um silêncio teu Lembro um sorriso teu...tão triste Ah, Lua sem compaixão, sempre a vagar no céu Onde se esconde a minha bem-amada? Onde a minha namorada... Vai e diz a ela as minhas penas e que eu peço Peço apenas Que ela lembre as nossas horas de poesia, Das noites de paixão, E diz-lhe da saudade em que me viste Que estou sozinho... Que só existe meu canto triste... Na solidão   TIAGO QUERINO MUSICA: DEBAIXO DOS CARACÓIS DOS SEUS CABELOS, DE ROBERTO CARLOS Um dia a areia branca Seus pés irão tocar E vai molhar seus cabelos A água azul do mar Janelas e portas vão se abrir Pra ver você chegar E ao se sentir em casa Sorrindo vai chorar Debaixo dos caracóis dos seus cabelos Uma história pra contar de um mundo tão distante Debaixo dos caracóis dos seus cabelos Um soluço e a vontade de ficar mais um instante As luzes e o colorido Que você vê agora Nas ruas por onde anda Na casa onde mora Você olha tudo e nada Lhe faz ficar contente Você só deseja agora Voltar pra sua gente Debaixo dos caracóis dos seus cabelos Uma história pra contar de um mundo tão distante Debaixo dos caracóis dos seus cabelos Um soluço e a vontade de ficar mais um instante Você anda pela tarde E o seu olhar tristonho Deixa sangrar no peito Uma saudade, um sonho Um dia vou ver você Chegando num sorriso Pisando a areia branca Que é seu paraíso Debaixo dos caracóis dos seus cabelos Uma história pra contar de um mundo tão distante Debaixo dos caracóis dos seus cabelos Um soluço e a vontade de ficar mais um instante TANGOS EDUARDO COITINHO TANGO: Naraujo En Flor "Era más blanda que el agua que el agua blanda Era más fresca que el río, naranjo en flor Y en esa calle de estío, calle perdida, dejó un pedazo de vida y se marchó. Primero hay que saber sufrir, después amar, después partir y al fin andar sin pensamiento. Perfume de naranjo en flor, promesas vanas de un amor que se escaparon en el viento. Después, qué importa del después Toda mi vida es el ayer que me detiene en el pasado Eterna y vieja juventud que me ha dejado acobardado como un pájaro sin luz. Que le habrán hecho mis manos? Que le habrán hecho, para dejarme en el pecho tanto dolor? Dolor de vieja arboleda, canción de esquina, con un pedazo de vida, naranjo en flor."   GUSTAVO BEZERRA TANGO: Volver " Yo adivino el parpadeo de las luces que a lo lejos, van marcando mi retorno. Son las mismas que alumbraron, con sus pálidos reflejos, hondas horas de dolor. Y aunque no quise el regreso, siempre se vuelve al primer amor. La quieta calle donde el eco dijo: "Tuya es su vida, tuyo es su querer", bajo el burlón mirar de las estrellas que con indiferencia hoy me ven volver. Volver, con la frente marchita, las nieves del tiempo platearon mi sien. Sentir, que es un soplo la vida, que veinte años no es nada, que febril la mirada errante en las sombras te busca y te nombra. Vivir, con el alma aferrada a un dulce recuerdo, que lloro otra vez. Tengo miedo del encuentro con el pasado que vuelve a enfrentarse con mi vida. Tengo miedo de las noches que, pobladas de recuerdos, encadenan mi soñar. Pero el viajero que huye, tarde o temprano detiene su andar. Y aunque el olvido que todo destruye, haya matado mi vieja ilusión, guarda escondida una esperanza humilde, que es toda la fortuna de mi corazón. Yo adivino el parpadeo de las luces que a lo lejos, van marcando mi retorno. Son las mismas que alumbraron, con sus pálidos reflejos, hondas horas de dolor. Y aunque no quise el regreso, siempre se vuelve al primer amor. La quieta calle donde el eco dijo: "Tuya es su vida, tuyo es su querer", bajo el burlón mirar de las estrellas que con indiferencia hoy me ven volver. Volver, con la frente marchita, las nieves del tiempo platearon mi sien. Sentir, que es un soplo la vida, que veinte años no es nada, que febril la mirada errante en las sombras te busca y te nombra. Vivir, con el alma aferrada a un dulce recuerdo, que lloro otra vez. Tengo miedo del encuentro con el pasado que vuelve a enfrentarse con mi vida. Tengo miedo de las noches que, pobladas de recuerdos, encadenan mi soñar. Pero el viajero que huye, tarde o temprano detiene su andar. Y aunque el olvido que todo destruye, haya matado mi vieja ilusión, guarda escondida una esperanza humilde, que es toda la fortuna de mi corazón."   MIRIAN SAMPAIO Tango: Cuartito Azul "Cuartito azul, dulce Morada de mi vida, fiel testigo de mi tierna juventud, llego la hora de la triste despedida, ya lo vez, todo en el mundo es inquietud... Ya no soy más aquel muchacho oscuro, todo un señor desde esta tarde soy, sin embargo, cuartito, te lo juro, nunca estuve tan triste como hoy."     TEXTOS DOS POEMAS DE PAULO LEMINSKI   APOENA SERRAT POESIA: Hai Eis que nasce completo e, ao morrer, morre germe, o desejo, analfabeto, de saber como reger-me, ah, saber como me ajeito para que eu seja quem fui, eis o que nasce perfeito e, ao crescer, diminui.   BÁRBARA VIEIRA POESIA: FALTA O TÍTULO "Foi tudo muito súbito, tudo muito susto, tudo assim como a resposta. Fica quando chega a pergunta, esse isso meio assunto que é quando a gente está longe e continua junto."    CESAR RASEC POESIA: OLINDA WISCHRAL pessoas deviam poder evaporar quando quisessem não deixar por aí lembranças pedaços carcaças gotas de sangue caveiras esqueletos e esses apertos no coração que não me deixam dormir   CLAUDIO VARELA POESIA: Profissão de Febre "quando chove, eu chovo, faz sol, eu faço, de noite, anoiteço, tem deus, eu rezo, não tem, esqueço, chove de novo, de novo, chovo, assobio no vento, daqui me vejo, lá vou eu, gesto no movimento. Fiz um trato com meu corpo. Nunca fique doente. Quando você quiser morrer, eu deixo."   CHRIS VIEIRA POESIA: Fantasma da ópera "Nada tenho. Nada me pode ser tirado, eu sou o ex estranho, o jato se foi sem fazer nenhum ruído."   DU VADO JR. POESIA: FALTA O TÍTULO "No instante do entanto diga minha poesia e esqueça-me se for capaz siga e depois me diga quem ganhou aquela briga entre o quanto e o tanto faz". PATT DE CARVALHO POESIA: OLINDA WISCHRAL pessoas deviam poder evaporar quando quisessem não deixar por aí lembranças pedaços carcaças gotas de sangue caveiras esqueletos e esses apertos no coração que não me deixam dormir TIAGO QUERINO POESIA: HEXAGRAMA 65 Nenhuma dor pelo dano. Todo dano é bendito Do ano mais malígno, Nasce o dia mais bonito. 1 dia, 1 mês, 1 ano. TEXTOS DAS CENAS PROPOSTAS CENA 01: MEMÓRIAS PROPOSTA DE: TIAGO, SONIA, IANA E MÁRCIA Três memórias maternas distintas de um mesmo homem. CENA 02: PARTIR PROPOSTA DE: MÔNICA, CHRIS E PATT Separação entre três mulheres que sofrem profundamente com o partir. CENA 03: PERCEPÇÃO DA MUDANÇA PROPOSTA DE: CLAUDIO, ANDREIA FABIA E GIZA Cotidiano quebrado por mudanças. CENA 04: ALÔ PROPOSTA DE: FRANKLIN ALBUQUERQUE Indivíduo preso que tenta cominicar-se por telefone com alguém. CENA 05: FALA COMIGO PROPOSTA DE: GUSTAVO E ANDREIA FABIA Duas pessoas em mundos individualizados das distrações mundanas tentam comunicação por telefone. CENA 06: PEDAÇO DE MIM PROPOSTA DE: CLAUDIO A solidão de um indivíduo e suas lembranças. CENA 07: O JANTAR PROPOSTA DE: GIZA, IANA E CEZAR Indivíduos de uma família não se relacionam em plena refeição, apenas através da morte de uma mosca. CENA 08: ÚLTIMO DESEJO PROPOSTA DE: CHRIS, DU VADO, BÁRBARA. Um homem, sua sombra e sua ánima na solidão. CENA 09: UM LUGAR QUE EXISTIA PROPOSTA DE: APOENA, MONICA E EDUARDO. Três pessoas em busca de um lugar que deixou de existir.   CENA 10: O BOI PROPOSTA DE: SONIA LEITE Olha o boi chorando!  Boi sente, Boi chora Ai dor!... Boi chora a morte de outro boi A terra ainda vermelha Molhada Sangrada Ai dor!... A dor é tanta , que chifre grande enficou fundo Na terra Naquele lugar Boi sangrou Chorou Saudade o boi morto Boi  endoideceu Já não houve boiada que segue La diante Ladeira que vai He, he, heeee, boi!.... Vaqueiro chama He. He boi  Boi chora! Ai!!.....dor! Boi chorou! Chorou! Apoena Serrat
TERMO DE INGRESSO NA UNIVERSIDADE DE TEATRO VILA VELHA Jatobá
Clipe Samba Bomba LIVRE Gilberto Reys
Roteiro colaborativo contra o golpe LIVRE Gilberto Reys
Construção de texto em colaboração Autores LIVREs LIVRE Gilberto Reys
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