Oficina Construindo com garrafas PET
1. Construindo com garrafas PET
− Unidade 1 Utilitários
− Unidade 2 O que é PET?
− Unidade 3 Geração de Renda com PET's
− Unidade 4 Edificações com PET
2. Descrição
A oficina apresenta as principais técnicas de reaproveitamento de garrafas PET em
exemplos práticos de construção de novos materiais e utensílios.
3. Princípios
A oficina de reutilização de PET repensa o consumo e descarte desses materiais.
Busca a sensibilização e reflexão para o problema do lixo e visa ao aumento da rede de
multiplicadores de informação.
4. Públicoalvo
Usuários do Casa Brasil que tenham interesse em desenvolvimento de produtos a
partir de garrafas PET.
5. Carga horária
A oficina terá duração média de 22 horas.
A freqüência recomendada será de 4 horas semanais divididas em 2 dias na
semana.
6. Objetivos educacionais
O participante, ao final da oficina, deve:
°
°
conhecer as técnicas de reaproveitamento de garrafas PET;
conhecer experimentos rentáveis que usem garrafas PET;
1 Oficina Construindo com
garrafas PET
°
°
°
°
°
°
°
°
despertar uma consciência a respeito da necessidade do uso de tecnologias e
práticas sustentáveis;
identificarse com a causa do reaproveitamento e perceber a importância da
participação de ação local dessas práticas;
identificar e aproveitar os recursos locais;
fazer parte da construção de comunidade de usuários que sirvam como ponto de
encontro e troca de experiências entre os praticantes ao longo do tempo e além da
oficina;
ser capaz de construir projetos de utensílios que usem PET;
desenvolver seu potencial criativo para o reuso de materiais;
estar consciente sobre a atual situação da poluição conseqüente do desperdício
dos recursos;
repensar sua autoestima, por meio da criatividade.
7. Habilidades e competências
°
°
°
Generalizações do uso de recursos (resíduos);
Pesquisa de informações na Internet;
Catalogação da informação através da criação de um blog.
8. Materiais necessários
Detalhado em cada Unidade.
9. Avaliação
A avaliação dos participantes se dará da seguinte forma:
Ao final de cada encontro, o participante apresentará o produto da aula
10. Atividades
Unidade 1 – Utilitários
2 Oficina Construindo com
garrafas PET
Encontro 1 – Bolsa e mochila e Maçã PortaTrecos
Encontro 2 – Gargantilha com PET e Castiçal
Encontro 3 – Brinquedos com PET e Porta canetas
Encontro 4 – Jardim com PET
Unidade 2 – O que é PET?
Encontro Único – Conhecendo
Unidade 3 – Geração de renda com PET
Encontro 1 – Produção de Vassoura com PET
Encontro 2 – Móveis com PET
Encontro 3 – Quando vale o produto reciclado
Unidade 4 – Edificações com PET's
Encontro 1 – Projeto com reúso de PETs
3 Oficina Construindo com
garrafas PET
Encontro 2 – Apresentação do trabalho
Unidade 1 Utilitários
−
−
Sugerimos ao oficineiro que as atividades desta unidade sejam realizadas
individualmente ou, no máximo, em duplas pelos participantes das oficinas.
Os artefatos a serem desenvolvidos são relativamente simples e os participantes
são convidados a colocar sua criatividade em ação.
Encontro 1: Bolsa , mochila e maçã portatrecos
Fonte: http://www.adamantina.sp.gov.br/recicle/index.php?name=arte&file=index3
–
O oficineiro propõe aos participantes a criação de uma bolsa ou uma de mochila
utilizando garrafa PET
– Cada participante escolhe o produto de sua preferência
– O oficineiro auxilia com esta apostila, sanando as dúvidas da técnica
–
–
Após a conclusão da bolsa, o grupo inicia então a confecção do portatrecos de
maçã.
Se houver tempo, os participantes podem fazer intervenções artísticas nos
produtos, como desenhos, por exemplo, soltando a criatividade.
Bolsa / Mochila
Material
1. 1 garrafa de PET lisa
2. estilete ou tesoura
3. fita de seda ou tecido para fecho e alça (podese utilizar alça de silicone)
4 Oficina Construindo com
garrafas PET
1. Corte o bocal da garrafa
2. Corte um dos lados até a metade
3. Faça um furo de cada lado, logo
abaixo do corte para inserir a alça.
Se for feita mochilinha, devese fazer
dois furos na parte de trás também.
(No caso da alça de silicone, o ideal
é colocálas com rebites)
4. Faça quatro furos (dois em cima e
dois embaixo) para a colocação do
fecho. (Os dois furos de baixo podem
ser substituídos por um botão
grande)
5 Oficina Construindo com
garrafas PET
5. Dobre a aba que sobrou para fazer
a tampa de bolsa e fechea com a
fita de seda ou utilize um botão
6. Pregue a alça da bolsa tiracolo.
Pregue as alças da mochilinha
Fonte: http://www.adamantina.sp.gov.br/recicle/index.php?name=arte&file=index3
Maçã portatrecos
–
–
–
O oficineiro convida os participantes a desenvolverem um portatreco e, por meio
da reutilização da PET, montar um objeto prático e útil.
Além disso, colaborase com o meio ambiente ao reutilizar a PET.
É interessante usar também essas maçãs para decorar uma árvore de Natal, que
tem baixo custo, fica bonita e é fácil de fazer. Se os participantes quiserem pintar
as maçãs com cores diversas, a árvore vai ficar linda. A árvore sem ser pintada
também apresenta um resultado muito interessante, pois com a PET incolor ela fica
bela.
6 Oficina Construindo com
garrafas PET
–
Depois das maçãs prontas, será necessário fazer um furo na maçã para passar o
arame e amarrála, para depois pendurálas na árvore de natal; o resultado final é
surpreendente!
Fonte: http://www.adamantina.sp.gov.br/recicle/index.php?name=arte&file=index3
Material:
1. 2 ou mais PET’s brancas (ou outra cor) diferentes
2. Tinta plástica nas cores: vermelha (tom escuro e claro), verde (tom escuro e claro)
outras cores também são bemvindas!
3. Tesoura
4. Estilete
5. Massa epoxi
6. Molde para folha
7. Pincel
7 Oficina Construindo com
garrafas PET
Fonte: http://www.adamantina.sp.gov.br/recicle/index.php?name=arte&file=index3
Modo de fazer:
●
Corte o fundo de duas garrafas PET's, de maneira que uma fique mais alta que a
outra.
● A garrafa de fundo menor será a base da maçã e a de fundo maior, a tampa.
● Pinteas com a tinta vermelha.
●
●
Com as partes da garrafa que sobrar, faça as folhas; para isso, use o molde para
folha (que pode ser uma folha de uma planta de verdade) e em seguida pinte de
verde, como na figura.
Coloque as folhas presas no fundo que será a tampa da maçã, e pronto, basta
encaixar as duas metades e o portatrecos está pronto.
Encontro 2: Gargantilha de PET e Castiçal
Gargantilha de PET
Material
● 1 garrafa PET transparente branca
● 1 cordão qualquer
● argolinhas
● 1 canetinha
● 1 tinta plástica vermelha
● 1 preguinho
● 1 martelinho
8 Oficina Construindo com
garrafas PET
Fonte: http://www.adamantina.sp.gov.br/recicle/index.php?name=arte&file=index3
Molde de coração (que pode ser desenhado no papel e recortado) – sugestão: os
participantes definem o formato dos pingentes.
Fonte: http://www.adamantina.sp.gov.br/recicle/index.php?name=arte&file=index3
9 Oficina Construindo com
garrafas PET
10 Oficina Construindo com
garrafas PET
Como fazer
− retire a parte do gargalo e do fundo e abra a PET como uma folha de papel.
− coloque o molde do coração por cima e recorte.
− com os corações prontos, fureos usando o prego e o martelo.
− agora pinte os corações com a tinta plástica vermelha ou como desejar.
− coloque as argolinhas nos furos feitos pelo prego e prendaas na fita.
−
coloque vários corações ao longo do cordão e pronto, agora é so colocar no
pescoço!
Sugestõs de variações: podese substituir o cordão por uma tira de pano e fazer um cinto
ou pulseira.
Castiçal
O castiçal é uma peça ideal para uma
decoração. Além disso, é útil como suporte para
vela. Ao utilizar o castiçal como portavela, não se
esqueça de colocar água no recipiente, pois o pet
derrete quando colocado sob o calor do fogo.
Aproveite a idéia e enfeite sua ceia de Natal com
esta peça. Aprenda como fazer este castiçal
decorativo.
Material:
● 1 PET branca
● 1 lixa gramatura 320
● 1 tesoura
11 Oficina Construindo com
garrafas PET
● 1 estilete
● 1 tinta dourada dimensional
● 1 canetinha colorida
Fonte: http://www.adamantina.sp.gov.br/recicle/index.php?name=arte&file=index3
Modo de fazer:
− Primeiro separe a PET branca e recorte o fundo.
− O recorte pode ser ondulado como na figura.
− Aplique a tinta colorida nas bordas e contorne com a canetinha.
−
−
−
Depois, recorte a parte de cima da PET, cerca de 10 centímetros abaixo da tampa.
Lixe as rebarbas e repita o processo feito com a parte do fundo da PET.
Agora recorte o miolo da parte do fundo da garrafa, do tamanho da boca e encaixe
os dois, formando o corpo do castiçal.
Remende a junção com cola e enfeite.
12 Oficina Construindo com
garrafas PET
Encontro 3: Brinquedos com PET e Portacanetas
Fonte: http://www.adamantina.sp.gov.br/recicle/index.php?name=arte&file=index3
Bilboquê
Bilboquê
é
um
brinquedo que
consiste de um
objeto preso
por um cordão
que se tenta
encaixar em
um orifício.
Neste caso, é
uma bolinha de
papel alumínio
que tentamos
acertar dentro
da PET.
O que você precisa:
● 1 garrafa plástica com tampa
● tesoura
● papelalumínio
● barbante
Como fazer o bilboquê:
− Corte a parte superior da garrafa, cerca de 20 cm abaixo do bocal.
− Faça uma furo no meio da tampa, o suficiente para passar um barbante.
13 Oficina Construindo com
garrafas PET
− Amarre a ponta do barbante por dentro da tampa.
− Na outra extremidade do barbante, amarre uma bola de papel alumínio amassado.
− Rosqueie a tampa no bocal da garrafa.
−
Agora é hora de testar o brinquedo... tente acertar a bolinha dentro da PET, como
uma cesta de basquete!! E boa diversão!!
Jogo de argolas
−
−
−
−
Corte uma PET ao meio e reserve a parte de cima.
Corte argolas da parte de baixo da garrafa e passe fita
crepe para que fiquem mais firmes.
Podese substituir a fita crepe por papel colorido e fita
adesiva transparente.
Agora é só acertar as argolas no gargalo!!!
Portacanetas
Material
● 1 PET branca
● 1 PET verde
● tesoura ou estilete
● 1 régua
Fonte: http://www.adamantina.sp.gov.br/recicle/index.php?name=arte&file=index3
Modo de fazer:
− Corte a PET branca pela metade e reserve a parte de baixo.
− Corte a PET verde em três partes iguais.
14 Oficina Construindo com
garrafas PET
− Faça recorte em espiral com a parte do centro.
− Use esta espiral como enfeite sobre a parte branca.
− Depois encaixe a parte do fundo da PET verde sobre a PET branca e pronto!
− Se preferir, coloque detalhes de pintura ao longo das PET's.
Encontro 4 – Jardim com PET
Vaso de plantas
Materiais
● 1 garrafa PET
● terra
● areia
● pedras (brita)
● mudas e sementes de plantas
● estilete
● água
● tinta dimensional
● tesoura
−
−
Cortar uma garrafa ao meio.
Utilizando um estilete, fazer furos no fundo da PET para escoar o excesso de
água do vaso.
− O vaso pode ser decorado com tinta dimensional.
− Colocar três dedos de pedra (brita) no fundo da garrafa.
− Misturar 1⁄4 de areia na terra.
− Encher de terra até três dedos da borda.
− Semear e sementes ou colocar mudas.
15 Oficina Construindo com
garrafas PET
−
Colocar uma camada de folhas em cima da terra para proteger o solo.
Nas metrópoles, é fácil verificar que a vida urbana tem diminuído a quantidade de
verde. A conseqüência desse descuido com o meio ambiente pode ocasionar grandes
desequilíbrios ecológicos, que colocam em risco também a nossa qualidade de vida.
Pense em uma forma de contribuir com o meioambiente. Uma boa idéia é a reciclagem e
um outro bom começo é você plantar alguma espécie de planta no seu quintal ou mesmo
num vasinho em sua varanda. Dessa forma, você estará atuando, de maneira consciente,
a favor da natureza.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki
Jardineira vertical e horizontal de PET
Para acessar uma jardineira horizontal diferente:
http://maisvoce.globo.com/artesanato.jsp?id=5691
Materiais:
●
3 garrafas PET, no mínimo
16 Oficina Construindo com
garrafas PET
● terra
● areia
● pedras (brita)
● mudas e sementes de plantas
● estilete
● água
● tinta dimensional
● tesoura
● arame
●
●
serracopos (peça para acoplar na furadeira; pode ser encontrada em lojas de
ferramentas)
furadeira
−
−
−
−
−
Cortar a lateral da garrafa, na altura do adesivo, abrindo uma janela na parede
da PET; esta abertura tem que ser suficiente para passar a mão de uma
pessoa; esta opção é para confecção da jardineira vertical.
Para confecção da jardineira horizontal, devese fazer uma janela (grande, oval)
na lateral da garrafa. Imagine que a garrafa ficará deitada e a planta com a terra
ficarão dentro dela nessa posição, portanto o buraco não pode ser muito
grande, para não ter perda de terra com chuva, e também não pode ser muito
pequeno, para que a planta tenha espaço para se desenvolver.
Virando a garrafa de pontacabeça, podese observar o formato de uma flor no
fundo.
O próximo passo, será retirar a parte central desta flor, o que poderíamos
chamar de miolo da flor (a mesma circunferência de um anel). Faça esse
buraco em todas as garrafas PET que pretenda unir (é por esse buraco que se
fará o encaixe de outra garrafa PET).
A idéia é fazer um “minhocão” de garrafas PET's unidas, que poderão ficar na
17 Oficina Construindo com
garrafas PET
vertical ou horizontal. Se na vertical, poderá ser pendurada no beiral da casa,
com o auxílio de um gancho, ou podese usar ainda um suporte de planta para
pendurar a jardineira. Se for na horizontal, poderá ser amarrada em corrimão,
ser presa nos vãos de telhas (lembrese que não poderá colocar muitas
jardineiras horizontais em cima da telha para não fazer muito peso, pois com a
chuva o peso pode aumentar bastante.
−
−
−
−
−
−
−
−
Com relação à localização das jardineiras, é usar a imaginação para colocálas
em diversos locais, tanto em casas quanto em apartamentos cada indivíduo
adapta à sua condição.
Ainda olhando para flor, imagine que as saliências do fundo são as pétalas;
deverá ser feito um furo, do tamanho de meio centímetro, aproximadamente, em
cada saliência, ou seja, em cada pétala da flor (é por este orifício que a água da
rega vazará). No caso da jardineira ser horizontal, é melhor fazer esses furos na
lateral da garrafa, o que corresponde à região que estará em contato com uma
superfície, o oposto da janela da planta.
Utilizando a furadeira com o serracopos, fazer o buraco no miolo da flor; o
serracopos permite fazer furos do tamanho do bocal da garrafa.
Repetir o procedimento com a outra garrafa.
Encaixar o bocal de uma garrafa (já com os buracos feitos) no fundo (miolo) da
outra; isso é feito colocandose o bocal de uma garrafa no orifício feito pelo
serracopos no fundo da outra garrafa; colocar a tampa no bocal através da
janela feita na parede da garrafa.
O vaso pode ser decorado com tinta dimensional.
Após a finalização do minhocão, fazer o plantio. É interessante que o oficineiro
faça uma das jardineiras com o grupo para deixar no Casa Brasil e para
experenciar esta atividade. Os participantes terão que levar suas jardineiras
vazias para completálas com terra e planta em casa, Já que, devido ao peso,
fica inviável carregála pronta, o que pode ocasionar também um estresse
desnecessário para a planta.
Colocar três dedos de pedra (brita) no fundo da garrafa.
18 Oficina Construindo com
garrafas PET
− Misturar 1⁄4 de areia na terra.
− Encher de terra até três dedos da borda.
− Semear as sementes ou colocar mudas.
− Colocar uma camada de folhas em cima da terra para proteger o solo.
Unidade 2: O que é PET?
Encontro Único: Conhecendo
– A atividade de hoje é baseada em busca de conhecimento teórico a respeito da PET.
– O oficineiro auxilia os participantes a pesquisarem a respeito do produto PET.
–
–
–
O que é, como é produzido, como acontece a reciclagem industrial do PET, quais as
oportunidades com cooperativas de reciclagem, entre outras informações.
Após as leituras, é interessante fechar uma roda de discussão e trocar as informações,
analisando o que de importante sedimentou, e depois registrar em um blog que pode
ser criado para reunir essas informações.
A criação de um blog poderia auxiliar em uma troca de produções artísticas, pois após
o encerramento da oficina, o grupo poderá buscar novas criações com PET e
disponibilizar suas descobertas pelo blog.
Sites sugeridos para atividade de hoje:
Dados de PET
http://luizmeira.com/pet.htm
Cooperativas
http://www.ecomarapendi.org.br/recsolid.htm
19 Oficina Construindo com
garrafas PET
Inclusão
http://www.gabeira.com.br/cidadesustentavel/atitudes/mostra.atit.asp?id=89
social
Reciclagem de PET's
http://www.reciclaveis.com.br/negocios/Pet/LinhaPET.htm
http://www.abipet.org.br/reciclagem.php
http://www.uniagua.org.br/website/default.asp?tp=3&pag=reciclagem.htm#es...
Casas
de
http://www.confea.org.br/revista/materias/edicao_14/materia_06/materia.asp
Plástico
Publicações
http://www.cempre.org.br/manuais.php
Texto de Apoio
PET – Fonte: pt.wikipedia.org
Poli (Tereftalato de Etileno) é um poliéster, polímero termoplástico ou plástico,
desenvolvido por dois químicos britânicos Whinfield e Dickson em 1941. Formado pela
reação entre o ácido tereftálico e o etileno glicol, tornase um poliéster. Utilizase
principalmente na forma de fibras para tecelagem e de embalagens para bebidas.
Possui propriedades termoplásticas, isto é, pode ser reprocessado diversas vezes
pelo mesmo ou por outro processo de transformação. Quando aquecidos a temperaturas
adequadas, esses plásticos amolecem, fundem e podem ser novamente moldados.
As garrafas produzidas com este polímero só começaram a ser fabricadas na
década de 70, após cuidadosa revisão dos aspectos de segurança e meio ambiente.
No começo dos anos 80, os Estados Unidos e o Canadá iniciaram a coleta dessas
garrafas, reciclandoas inicialmente para fazer enchimento de almofadas. Com a melhoria
da qualidade do PET reciclado, surgiram aplicações importantes, como tecidos , lâminas e
20 Oficina Construindo com
garrafas PET
garrafas para produtos não alimentícios.
Mais tarde na década de 90, o governo americano autorizou o uso destes material
reciclado em embalagens de alimentos.
Contaminantes
Os principais contaminantes do PET reciclado de garrafas de refrigerantes são os
adesivos (polietireno e a cola usada em sua base) usados como rótulo e ("base cup") A
famosa base de alguns refrigerantes (Polipropileno). A maioria dos processos de lavagens
não impede que traços destes produtos indesejáveis permaneçam no floco de PET.
A cola age como catalisador de degradação hidrolítica quando o material é
submetido à alta temperatura no processo de extrusão, além de escurecer e endurecer o
reciclado. O mesmo pode ocorrer com o cloreto de polivinila (PVC), que compõe outros
tipos de garrafas e não pode misturarse com a sucata de PET, pois o PVC reage com o
PET, transformandoo em outra substância.
O alumínio existente em algumas tampas só é tolerado com teor de até 50 partes
por milhão no reciclado.
Seleção
A seleção e préprocessamento da sucata é muito importante para a garantia de
qualidade do reciclado. A seleção pode ser feita pelo símbolo que identifica o material ou
pela cor (cristal, âmbar, ou verde). A separação pode seguir processos manuais ou
mecânicos, como sensores ópticos.
No préprocessamento, após a prensagem, é preciso retirar os contaminantes,
separandoos por diferença de densidade em fluxo de água ou ar. Além do rótulo
(polietileno de alta densidade), devem ser retirados da sucata os resíduos de refrigerantes
e demais detritos, por meio de processos de lavagem.
21 Oficina Construindo com
garrafas PET
Os diferentes tipos de garrafas também podem ser um problema na reciclagem. As
garrafas que são usadas para envase de bebidas carbonatadas, precisam de um Índice
de Viscosidade maior que o de uma garrafa de água, por exemplo. Dependendo da
aplicação da resina reciclada, a mistura dos dois tipos de garrafas pode dar um efeito
complicador no futuro processamento.
Tambores de Coleta Seletiva –
Fonte:http://commons.wikimedia.org/wiki/Image:Reciclagem.jpg
Vantagens da Reciclagem
●
Redução do volume de lixo nos aterros sanitários e melhoria nos processos de
decomposição de matérias orgânicas nos mesmos. O PET acaba por prejudicar a
decomposição pois impermeabiliza certas camadas de lixo, não deixando
circularem gases e líquidos.
● Economia de petróleo pois o plástico é seu derivado.
● Economia de energia na produção de novo plástico.
22 Oficina Construindo com
garrafas PET
● Geração de renda e empregos.
● Redução dos preços para produtos que têm como base materiais reciclados.
●
●
●
●
No caso do PET de 2 litros, a relação entre o peso da garrafa (cerca de 54g) e o
conteúdo é uma das mais favoráveis entre os descartáveis Por esse motivo torna
se rentável sua reciclagem.
O material não pode ser transformado em adubo, plástico e derivados não podem
ser usados como adubo, não há bactéria na natureza, capaz de degradar
rapidamente o plástico.
É altamente combustível e libera gases residuais como monóxido e dióxido de
carbono (gás altamente prejudicial à saúde humana), acetaldeído, benzoato de
vinila e ácido benzóico esses gases podem ser usados na indústria química.
É muito difícil e lenta a sua degradação em aterros sanitários.
23 Oficina Construindo com
garrafas PET
Figura: Lixão – Quem ganha com isso? Fonte:
http://commons.wikimedia.org/wiki/Image:Jakarta_slumlife32.JPG
Muito do que é conhecido como lixo, na verdade é desperdício, pois a grande
maioria dos resíduos que são jogados no lixão podem ter outros usos. Quando um
resíduo deixa de ir para o lixão, além de gerar emprego, reduzir poluição e contaminação
do meio ambiente, reduz consideravelmente a retirada de grande quantidade dos recursos
naturais do meio ambiente.
24 Oficina Construindo com
garrafas PET
Produção de PET no Brasil para garrafas em toneladas
Ano Toneladas
1994 80.000
1995 120.000
1996 150.000
1997 185.700
1998 223.600
1999 244.800
2000 255.100
2001 270.000
2002 300.000
2003 330.000
2004 360.000
25 Oficina Construindo com
garrafas PET
Unidade 3 – Geração de renda com PETs
Nesta unidade, o oficineiro apresenta aos participantes as possibilidades de obten
ção de renda e sustentabilidade através da reutilização de PETs.
As atividades práticas propostas exigem maior experiência dos participantes e são
mais trabalhosas, adequadas para a realização em equipe.
Ao finalizar esta unidade, podese fazer uma proposta de exposição e venda dos pro
dutos de PET
Encontro 1: Produção de Vassoura de pet
Fonte: http://www.adamantina.sp.gov.br/recicle/index.php?name=arte&file=index3
Neste encontro, o oficineiro traz ao grupo a prática de produção da vassoura ecológica,
inventada pela Cooperativa de Catadores de Minas Gerais. Este produto tem gerado
renda, inserção social e cuidados com o meio ambiente.
O oficineiro estimula o trabalho em cooperação, montando equipes com 4 a 5 pessoas.
Cada equipe deve juntar PETs para realizar este trabalho; se um grupo conseguir mais
garrafas do que forem necessárias, o oficineiro pode incentivar a distribuição do
excedente para outro grupo que não tenha conseguido viabilizar o material.
Cooperação é a chave.
O que você precisa:
•
18 garrafas de refrigerante de plástico PET de 2 litros
•
cabo de vassoura
•
tesoura
•
estilete
•
furador
26 Oficina Construindo com
garrafas PET
•
•
•
arame
martelo
pregos
Etapas:
1. Retire o rótulo da garrafa.
2. Retire o fundo da garrafa, cortando
com o estilete.
3. Faça cortes na garrafa até a parte
mais arredondada
A garrafa vai ficar com tirinhas de
cerca de 0,5 cm.
4. Retire o gargalo com a tesoura.
27 Oficina Construindo com
garrafas PET
5. Faça 18 peças sem gargalo e deixe
uma com o gargalo.
6. Encaixe as peças sem gargalo, uma
a uma, por cima da peça com gargalo.
Está pronta a base da vassoura
7. Corte a parte superior de outra
garrafa e encaixe por cima da base da
vassoura que você acabou de preparar
28 Oficina Construindo com
garrafas PET
8. Faça dois furos e encaixe o arame,
atravessando todas as camadas de
garrafas
9. Puxe o arame até o outro lado e
torça as pontas para arrematar
10. Fixe as peças com o auxílio de
dois pregos
29 Oficina Construindo com
garrafas PET
11. Está pronta sua vassoura. E pode
acreditar, ela varre de verdade!
Fonte: http://www.adamantina.sp.gov.br/recicle/index.php?name=arte&file=index3
Sites sugeridos:
http://www.coopervidaonline.hpg.ig.com.br/
http://www.sbrt.ibict.br/upload/sbrt2310.pdf?PHPSESSID=4fba86918b05564c5...
3e542ad7b2
http://www.ecopop.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=68...
Encontro 2: Móveis com garrafas pet
Neste encontro, o oficineiro traz a prática de construção de
móveis com garrafas PET para o grupo.
A confecção se tornou uma prática conhecida devido ao
espírito inventivo e ao pioneirismo do Prof. Sebastião Feijó,
criador da técnica.
Os participantes trabalham em grupos para montar uma
cadeira feita de garrafas PET.
Esta atividade requer uma atenção maior por parte dos envolvidos no projeto. O
oficineiro pode demonstrar o corte e a montagem de uma “peça de resistência” e deve
30 Oficina Construindo com
garrafas PET
certificarse de que todos os participantes compreenderam a atividade. O opficineiro
deve auxiliar os participantes a entenderem o passoapasso da construção da
cadeira.
Material necessário:
•
Garrafas plásticas de dois litros
•
Tesoura
•
Fita adesiva larga (ou barbante no 6/8)
Etapas:
1 Montando a peça de resistência
1.1 Separe uma garrafa limpa, vazia e
sem rótulo. Vamos chamála de peça
"a"
1.2 Pegue uma garrafa e cortea ao
meio. Vamos chamar a parte de baixo
de peça "b" e a de cima de peça "c"
1.3 Corte outra garrafa ao meio. Vamos
chamar a parte de baixo de peça "d" e
a de cima de peça "e"
1.4 Encaixe a peça "c" dentro da peça
"b":
DICA: use uma chave de fenda para
ajudar a encaixar as peças.
31 Oficina Construindo com
garrafas PET
1.5 Encaixe a peça "a" dentro da peça
"b+c":
1.6 Encaixe a peça "d" por cima da
peça "a+b+c"
2 MONTANDO O ASSENTO DA CADEIRA
21. Faça 16 peças de resistência e
prendaas, duas a duas, com fita
adesiva, formando oito duplas
22. Junte novamente os conjuntos de
dois em dois, formando quatro grupos
de quatro peças de resistência:
23. Mais uma vez amarre de dois em
dois, formando dois grupos de oito
peças de resistência:
24. Amarre os dois grupos de oito
peças de resistência para formar o
ASSENTO DA CADEIRA:
32 Oficina Construindo com
garrafas PET
3 MONTANDO O ENCOSTO DA CADEIRA
31. Encaixe três peças "b+c" por cima
da peça de resistência, formando um
tubo. Faça dois tubos dessa maneira
32. Faça mais dois tubos, dessa vez
encaixando quatro peças "b+c" sobre a
peça de resistência. Amarre os quatro
tubos com fita adesiva para formar o
ENCOSTO DA CADEIRA:
33. Faça mais dois tubos, dessa vez
encaixando quatro peças "b+c" sobre a
peça de resistência. Amarre os quatro
tubos com fita adesiva para formar o
ENCOSTO DA CADEIRA:
34. Junte o ENCOSTO ao ASSENTO
com várias voltas de fita adesiva para
ficar bem firme.
ESTÁ PRONTA A CADEIRA!
Fonte: http://www.adamantina.sp.gov.br/recicle/index.php?name=arte&file=index3
Sites sugeridos:
33 Oficina Construindo com
garrafas PET
http://www.ikoporan.org/1_1_programas_ondazul.asp
http://www.cefetjrconsultoria.com.br/release/jornal7/jornal7a.htm
http://www.sbrt.ibict.br/upload/sbrt2310.pdf?PHPSESSID=4fba86918b05564c5...
2ad7b2
http://www.gaiaambiental.com.br/index.asp?Flag=Residuos
Encontro 3: Quanto vale o produto reciclado?
Neste encontro, o oficineiro trabalhará com os participantes a questão do valor
financeiro dos produtos feitos durante a oficina.
É tratada a questão da autoestima – muitas pessoas que trabalham com reutilização
de materiais não enxergam o valor artístico daquilo que fazem, assim como o valor social
(geração de renda, inclusão social) e ambiental (retirando poluentes do meio ambiente; ao
usarem matériaprima reciclada, evitam a extração de recursos naturais);
Atividade:
•
•
•
•
O oficineiro abre a discussão com os produtos feitos em sala de aula: qual o
preço que eles venderiam os produtos? Como prover a sustentabilidade com
a venda dos produtos reciclados?
E como dividiriam os lucros dos artigos feitos em grupo?
Existe a possibilidade de trocar os produtos por outros produtos feitos em
outros coletivos? Como seria essa troca?
Após um tempo de aproximadamente 20 min, o grupo é dividido em grupos
34 Oficina Construindo com
garrafas PET
menores;
•
•
•
A proposta é que cada grupo faça o exercício de tentar definir o valor dos
produtos feitos com PET.
E se fôssemos viver apenas da confecção desses produtos, como
poderíamos nos organizar para isso? Quantos de cada produto teríamos que
vender? Como e onde seria a venda?
Os grupos ficam reunidos por 1hora. Após esse tempo, cada grupo expõe
suas conclusões.
Texto de apoio
Sustentabilidade – Fonte: pt.wikipedia.org
Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado à continuidade dos
aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.
Propõese a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal
forma que a sociedade, seus membros e suas economias possam preencher suas
necessidades e expressar seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar
a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró
eficiência na manutenção indefinida desses ideais.
A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local
até o planeta inteiro.
Para ser sustentável, um assentamento ou empreendimento humano necessita
atender a 4 requisitos básicos. Deve ser:
• ecologicamente correto;
• economicamente viável;
• socialmente justo; e
• culturalmente aceito.
35 Oficina Construindo com
garrafas PET
Definição
Colocando em termos simples, ter sustentabilidade é prover o melhor para as pessoas
e para o ambiente tanto agora quanto para o futuro indefinido. Segundo Brundtland
(1987), sustentabilidade é: "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a
habilidade das gerações futuras de suprir as suas". Isso é muito parecido com a filosofia
dos nativos dos Estados Unidos, que diziam que seus líderes deviam sempre considerar
os efeitos das suas ações nos seus dependentes após sete gerações futuras.
O termo original foi "desenvolvimento sustentável," um termo adotado pela Agenda 21,
programa das Nações Unidas. Algumas pessoas hoje se referem ao termo
"desenvolvimento sustentável" como um termo amplo, pois implica desenvolvimento
continuado, e insistem que ele deve ser reservado somente para as atividades de
desenvolvimento. "Sustentabilidade", então, é hoje em dia usado como um termo amplo
para todas as atividades humanas. Em economia, crescimento sustentável consiste no
aumento das entradas ou saídas reais que podem ser sustentadas por longos períodos de
tempo.
Cooperativismo
O cooperativismo tem como objetivo difundir os ideais em que se baseia, no intui
to de atingir o pleno desenvolvimento financeiro, econômico e social de todas as socieda
des cooperativas. A cooperação que sempre existiu nas sociedades humanas desde as
eras mais remotas esteve aí presente como resultante de necessidades imperiosas de so
brevivência.
Um simples exemplo de uma singela cooperação é o que predominava em algumas
tribos indígenas em nosso país. A maloca era dormitório comum, a caça participativa e a
alimentação grupal despontavam como princípio básico de cooperação mútua. Predomi
nava a lei da sobrevivência enquanto unidos, participativos e cooperando mutuamente, a
tribo se mantinha e evoluía. Cooperar, portanto, não é um termo novo. Cooperar é colabo
rar, é obrar simultaneamente para o bem público, é cooperar em trabalhos de equipe.
Economia Solidária
36 Oficina Construindo com
garrafas PET
Economia Solidária é uma forma de produção, consumo e distribuição de riqueza
(economia) centrada na valorização do ser humano e não do capital de base
associativista e cooperativista, voltada para a produção, consumo e comercialização de
bens e serviços, de modo autogerido, tendo como finalidade a reprodução ampliada da
vida. Assim, nesta economia, o trabalho se transforma num meio de libertação humana
dentro de um processo de democratização econômica, criando uma alternativa à
dimensão alienante e assalariada das relações de produção.
Além disso, a Economia Solidária possui uma finalidade multidimensional, isto é,
que envolve a dimensão social, a econômica, a política, a ecológica e a cultural. Isto
porque, além da visão econômica de geração de trabalho e renda, as experiências de
Economia Solidária se projetam no espaço público no qual estão inseridas, tendo com
perspectiva a construção de um ambiente socialmente justo e sustentável. A Economia
Solidária reafirma a emergência de atores sociais, ou seja, a emancipação de
trabalhadoras e trabalhadores como sujeitos históricos.
A economia solidária é um modo específico de organização de atividades
econômicas. Ela se caracteriza pela autogestão, ou seja, pela autonomia de cada unidade
ou empreendimento e pela igualdade entre os seus membros.
Se o empreendimento solidário for de produção, o seu capital será constituído por
cotas, distribuídas por igual entre todos membros, que desta forma, são sócios do
empreendimento. O princípio geral da autogestão é que "todos os que trabalham são
donos do empreendimento e todos os que são donos trabalham no empreendimento."
Se o empreendimento solidário for de consumo, o seu capital será também
constituído por cotas, distribuídas por igual entre todos membros, que assim se tornam
sócios do empreendimento. Neste caso, o princípio geral da autogestão é que "todos os
que consomem são donos do empreendimento e todos os que são donos consomem no
empreendimento".
São exemplos de empreendimentos solidários produtivos: associações ou
cooperativas agropecuárias, industriais, de transporte, de educação escolar, de hotelaria,
entre outros. Exemplos de empreendimentos solidários de consumo são: cooperativas de
consumo, habitacionais, de crédito e mútuas de seguros gerais, de seguro de saúde,
37 Oficina Construindo com
garrafas PET
clubes de troca, etc.
A administração de um empreendimento é coletiva e democrática. Todas as
decisões mais importantes são tomadas em assembléias de sócios, em que vigora o
princípio "cada cabeça um voto". Se dirigentes são necessários eles são eleitos pelos
sócios e podem ter seu mandato revogado por eles, no caso do desempenho do dirigente
for considerado nãoaceitável por uma maioria dos membros.
A Economia Solidária no Brasil
O movimento de Economia Solidária tem crescido de maneira muito rápida, não
apenas na Europa e no Brasil mas também em diversos outros países. O seu crescimento
se deve a inúmeros fatores, dos quais vale destacar os seguintes:
1. Resistência de trabalhadoras e trabalhadores à crescente exclusão, desemprego
urbano e desocupação rural resultantes da expansão agressiva de uma globalização que
torna mais e mais pessoas totalmente descartáveis para o funcionamento da máquina de
produção e consumo. Tal resistência se manifesta primeiramente como luta pela
sobrevivência, na conformação de um mercado informal crescente, onde brotam
iniciativas de economia popular, tais como camelôs, flanelinhas, ambulantes, e tantos
outros empreendimentos normalmente voltados à reprodução da vida e de caráter
individual ou familiar. Com a articulação de diversos atores, esta resistência também se
manifesta na forma de iniciativas associativas e solidárias voltadas também à reprodução
da vida, mas que vão além disso, apontando para alternativas estruturais de organização
da economia, baseada em valores como a ética, a eqüidade e a solidariedade e não mais
no lucro e acúmulo indiscriminado: esta é a Economia Solidária, que vai se construindo e
crescendo rapidamente.
2. No Brasil, o crescimento da Economia Solidária como movimento – ultrapassando a
dimensão de iniciativas isoladas e fragmentadas no que diz respeito à sua inserção nas
cadeias produtivas e nas articulações do seu entorno, cada vez mais se orientando rumo
a uma articulação nacional, configuração de redes locais e uma plataforma comum – dá
um salto considerável a partir das várias edições do Fórum Social Mundial, espaço
privilegiado onde diferentes atores, entidades, iniciativas e empreendimentos puderam
construir uma integração que desembocou na demanda ao recém eleito presidente Lula
38 Oficina Construindo com
garrafas PET
pela criação de uma Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES).
Simultaneamente à criação desta Secretaria, foi criado, na III Plenária Nacional de
Economia Solidária, o Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), representando
este movimento no país. Com estas duas instâncias, somadas ao processo de construção
de um campo da Economia Solidária no interior da dinâmica do Fórum Social Mundial,
podemos dizer que a Economia Solidária no Brasil passou por um crescimento e
estruturação muito grandes.
Unidade 4 – Edificações com PETs
-
-
Nesta unidade, veremos o uso de PETs em construções sustentáveis, ou seja,
ecologicamente corretas e economicamente viáveis, socialmente justas e
culturalmente aceitas.
A abundância de garrafas PETs disponíveis para reúso, bem como suas
características físicoquímicas, possibilitam a sua reutilização para variados fins.
Encontro 1: Projeto com reúso de PETs
● O oficineiro traz a proposta de um projeto para o grupo, de Construção com PET.
• Temas sugeridos: aquecedor solar com PET, paredes e tetos de PET.
•
•
•
As pessoas escolhem um tema que preferem desenvolver e se reúnem em grupos
com 5 pessoas no máximo, por afinidade de temas.
O oficineiro esclarece aos participantes sobre a construção dee um módulo
demonstrativo dos princípios e funcionamento da obra escolhida.
O oficineiro auxilia os participantes na definição dos objetivos e técnicas a serem
desenvolvidas.
39 Oficina Construindo com
garrafas PET
•
Os grupos iniciam a investigação teórica e estabelecem materiais e método (o que
usar e como fazer).
Sites sugeridos
Aquecimento solar
http://www.permear.org.br/fotos/aquecimentosolardeagua/
Edificações com PET
www.urca.br/especializacoes/cc/inovacoes_tecnologicas/inovacoes_tecnolog...
e.ppt
http://luizmeira.com/edifica.htm
http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?id=4779
http://www.geocities.com/bibpopulares/cardosomoreira/reciclg.jpg
http://www.ufpa.br/beiradorio/arquivo/beira10/noticia/noticia6.htm
Texto de Apoio
Manual sobre a construção e instalação do aquecedor solar composto de embalagens
descartáveis – Lixo vira água quente
40 Oficina Construindo com
garrafas PET
Para baixar ou imprimir este manual, acessem:
Fonte: http://josealcinoalano.vilabol.uol.com.br/manual.htm
www.pr.gov.br/meioambiente/pdf/solar.pdf
Elaborado e disponibilizado a todos pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos do Estado do Paraná.
Texto de apoio – anexo do manual
Fonte:http://josealcinoalano.vilabol.uol.com.br/manual.htm
TRATAMENTO DE ÁGUA SEM PRODUTOS QUÍMICOS
Caros amigos.
Diante da simplicidade e utilidade de um projeto para tratamento de água
contaminada sem produtos químicos, do qual tomamos conhecimento através do Jornal
da Band no dia 6/1/05, entramos em contato com a Profa. Dra. Dejanira de Franceschi de
Angelis, pesquisadora da UNESP, a fim de parabenizar a ela e à sua equipe, e ao mesmo
tempo solicitar a sua permissão para anexar a matéria neste material.
Nossos agradecimentos à Dra. Dejanira e a todos os envolvidos no projeto.
Segue a matéria:
Solarização: o nome é complicado, mas o processo é simples. Basta colocar a
água contaminada em garrafas PET incolores e expôlas ao sol.
Uma pesquisadora da universidade estadual de Rio Claro explica que a idéia da
41 Oficina Construindo com
garrafas PET
pesquisa surgiu do fato de que a grande maioria das bactérias não é resistente à luz do
dia e nem ao calor, e morre em três dias no máximo, mesmo em tempos de inverno. Antes
de beber, é só passar o líquido de um recipiente para outro.
De acordo com Dejanira de Angelis, pesquisadora da UNESP, "Qualquer pessoa
que disponha de um cantinho que bata a luz do Sol na sua casa pode utilizar esse
processo. Foram dois meses de estudos coroados com o prêmio de tecnologia
socioambiental da fundação Banco do Brasil. Alunos e professores do departamento de
bioquímica e microbiologia fizeram testes com a água contaminada com a mais resistente
das bactérias: a Escherichia Coli geralmente utilizada como indicadora biológica de
potabilidade. E o resultado não poderia ter sido melhor.
A idéia agora é tornar a técnica da solarização da água acessível aos países da
Ásia e da África, devastados pelo maremoto, já que nessa região foram interrompidos os
serviços de saneamento básico e o abastecimento de água potável. A universidade já
enviou um comunicado a UNESCO, destacando a importância da aplicação da técnica
nesses locais.
Atualizado em 28/9/2006
42 Oficina Construindo com
garrafas PET
Encontro 2: apresentação do trabalho
• Montagem dos experimentos (construções de PET).
• Desenvolvimento da parte prática do projeto.
• Finalização e apresentação dos grupos.
• Registro desta atividade no blog criado em práticas anteriores.
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Compartilhamento Pela mesma Licença 2.5 Brasil, para conteúdos Iguais ou
Modificados .
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