Oficina Gênero e Cidadania
1. Oficina Gênero e Cidadania
1. Unidade 1 Sou cidadão – quero meus direitos!
2. Unidade 2 Resgate da autoestima.
3. Unidade 3 Gênero – Participe, mulher! Seu papel é importante.
4. Unidade 4 Blog mas o que isso tem a ver com gênero?
5. Unidade 5 Meninas e Mulheres e computadores
6. Unidade 6 Projeto de Pesquisa
2. Descrição
A oficina Gênero e Cidadania cria um ambiente para reconhecer e reencontrar a
essência de ser criança, jovem, homem, mulher – um cidadão. Partindo dos
conceitos de gênero e utilizando a busca dos principais recursos de navegação e
pesquisa na Internet, os participantes realizarão um estudo sobre a criação de
desigualdades entres os seres humanos. Pelo despertar da consciência, os
participantes encontrarão formas de estimular a igualdade entre as pessoas.
3. Princípios
A oficina é baseada no principio da busca por parte do público: assim, os
participantes utilizarão as ferramentas de navegação com base em seus
interesses específicos, verificando e catalogando os resultados de suas pesquisas.
Dessa forma, a utilização do navegador de Internet e a procura de informação
farão parte de todo o processo.
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CASA BRASIL – Oficina Gênero e Cidadania
4. PúblicoAlvo
O público do Casa Brasil, mulheres e homens, que tenham interesse em se
aprofundar e melhorar seu entendimento dos assuntos de gênero e cidadania. É
necessário ter conhecimento de leitura e escrita.
5.Carga horária
A oficina terá duração média de 20 horas. A freqüência recomendada será de 4
horas semanais, dois dias na semana.
6. Objetivos Educacionais
Ao final da oficina, a participante e o participante devem:
reconhecerse como cidadã e cidadão e compreender como funciona o exercício
da cidadania.
identificar e reagir contra todas as formas da violência de gênero contra a mulher,
a criança, o(a) adolescente, e todo ser humano.
confiar em seus próprios atos e julgamentos e ter autoestima, por intermédio da
compreensão das questões relacionadas a gênero.
7. Habilidades e Competências
navegar pelo universo do direito.
saber como participar no movimento de nãoviolência contra a mulher, criança,
adolescente e todo ser humano.
tornar cada participante uma (um) multiplicador(a), podendo levar o
conhecimento adquirido para o seu grupo de acesso.
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8. Materiais necessários
Computadores com acesso à Internet, caderno para anotações, caneta, lápis e
borracha.
9. Avaliação
Desenvolvimento de um Blog sobre um tema de gênero.
Os participantes trabalharão em grupos para realizar um projeto de pesquisa
sobre um assunto de gênero. Além disso, o Blog servirá como um espaço para
compartilhar descobertas, sentimentos e lições aprendidas.
10. Atividades
Unidade 1 Sou cidadão – quero meus direitos!
Encontro 1 – Quem é um cidadão
– realizar a apresentação dos participantes e do oficineiro;
– realizar uma dinâmica de expectativas e medos;
– discutir o conceito de cidadania.
Dinâmica: Apresentação dos participantes e do oficineiro
Materiais: papel sulfite e canetas hidrográficas.
montar um círculo;
pedir para todos os participantes desenharem um autoretrato, que representa a
cidadania do participante. Encorajálos a serem criativos;
incentivar cada participante a falar seu nome e apresentar seu autoretrato;
colocar os autoretratos na parede.
Dinâmica: Expectativas e Medos
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A dinâmica de expectativas e medos encoraja os participantes a pensar sobre o
que eles esperam aprender no curso.
peça para os participantes refletirem sobre o motivo que os levaram a fazer a
oficina, os assuntos que consideram interessantes e que gostariam de explorar de
forma mais aprofundada;
dar três cartões para cada aluno, sendo dois de uma mesma cor e o terceiro de
uma cor diferente;
peça para os participantes escreverem duas expectativas, uma em cada cartão
de mesma cor, e um medo no cartão de cor diferente;
em grupo, peça que eles unam as respostas semelhantes e dêem um título que
represente tais agrupamentos;
abra uma conversa sobre as observações e peça aos participantes que dêe
sugestões sobre como eles poderiam superar os medos e como o oficineiro
poderia auxiliálos nesse processo;
algumas pistas:
• Esclarecer os objetivos do curso, especialmente se forem diferentes das ex
pectativas apresentadas.
• Guardar essa atividade para ser utilizada posteriormente.
Dinâmica: Cidadania
em grupos de quatro pessoas, os participantes discutem as características de
sociedade e cidadania – quais são as características da sociedade, e o que é ser
cidadão no nosso Brasil;
os grupos representam as idéias num papel de flip chart e apresentam para a
turma inteira;
para ampliar o conceito de cidadania por um outro ponto de vista, assistir ao
filme “Ilha das Flores”.
Filme Ilhas das Flores
Parte 1
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CASA BRASIL – Oficina Gênero e Cidadania
Parte 2
Fonte: YouTube.com
depois de assistir ao filme, reúna os participantes em circulo e peça para
avaliarem: quais são os diferentes níveis de cidadania que o filme apresentou?
quem e o que tem mais valor nesse cenário? quem e o que tem mais direitos?;
reúna os participantes em circulo para compartilhar seus aprendizados,
descobertas e sentimentos;
Texto de Apoio
Cidadania, palavra derivada de cidade, é mais bem compreendida se pensarmos a
cidade como o Estado. Entendida desse modo, é possível dizer que todo cidadão
que integra a sociedade do Estado democrático é senhor do exercício da
cidadania, que expressa um extenso conjunto de direitos e de deveres.
A democracia é um sistema político que se baseia no livre exercício da cidadania.
Para ser um cidadão participante, é preciso estar bem informado sobre os
acontecimentos e as coisas públicas. No auxílio dessa tarefa, o Portal Interlegis
traz informações e links de órgãos públicos e instituições da sociedade civil que
trabalham pelos direitos do cidadão (http://www.interlegis.gov.br/cidadania).
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Figura 1 – Mulher exercendo seus direitos
Cidadania, em Direito, é a condição natural da pessoa que, como membro de um
Estado, encontrase no gozo dos direitos que lhe permite participar da vida
política.
A cidadania é o conjunto dos direitos políticos de que goza um indivíduo e que lhe
permitem intervir na direção dos negócios públicos do Estado, participando de
modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, seja ao
votar (direto), seja ao concorrer a cargo público (indireto).
A nacionalidade é pressuposto da cidadania ser nacional de um Estado é
condição primordial para o exercício dos direitos políticos. Entretanto, se todo
cidadão é nacional de um Estado, nem todo nacional é cidadão os indivíduos que
não estejam investidos de direitos políticos podem ser nacionais de um Estado
sem serem cidadãos.
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No Brasil
Os direitos políticos são regulados no Brasil pela Constituição Federal em seu art.
14, que estabelece como princípio da participação na vida política nacional o
sufrágio universal. Nos termos da norma constitucional, o alistamento eleitoral e o
voto são obrigatórios para os maiores de dezoito anos, e facultativos para os
analfabetos, os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos e os maiores de
setenta anos.
A Constituição proíbe o alistamento eleitoral dos estrangeiros e dos brasileiros
conscritos no serviço militar obrigatório, considera a nacionalidade brasileira como
condição de elegibilidade e remete à legislação infraconstitucional a
regulamentação de outros casos de inelegibilidade (lei complementar n. 64, de 18
de maio de 1990).
Cidadania é a participação política, econômica e social do cidadão.
Referências
− GUIMARÃES, Francisco Xavier da Silva, Nacionalidade: Aquisição, Perda
e Reaquisição, 1a edição, Forense, 1995.
− Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, 1a edição, Objetiva, 1991.
Fonte: http://www.interlegis.gov.br/cidadania
Encontro 2 – Meus direitos como cidadã brasileira
Analisar o preâmbulo da Constituição da República Federativa do Brasil
Atuar como cidadão
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Dinâmica: Desigualdades
para motivar uma conversa sobre a realidade Brasileira, mostre a figura 2 para os
participantes. Se achar necessário, faça perguntas para provocar um debate sobre
desigualdades, exploração, violência e outras temas relacionados a cidadania.
em grupos de três pessoas, peça para as pessoas representarem a realidade do
Brasil hoje em dia numa ilustração e numa peça de teatro;
promova a apresentação dos resultados dos grupos.
Figura 2 – Desigualdade para quem?
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Dinâmica: Constituição
reúna os participantes num circulo e provoque uma discussão sobre os anos 80.
O que estava acontecendo no Brasil? Como era o clima econômico, político e
social?
mostre o Preâmbulo da Constituição da Republica Federativa do Brasil e peça
para os participantes analisar bem as palavras e frases utilizadas;
em grupos de três, peça às pessoas que analisem as palavras em negrito;
para finalizar, reúna o grupo para compartilhar as observações.
O Oficineiro deve salientar os seguintes pontos:
•
Democrático – O estado do Brasil é democrático – para todos, também
é de direito – somos amarrados na lei, por isso mudanças acontecem
mais devagar. Ao mesmo tempo, isso assegura um sistema
democrático.
•
Dos direitos sociais e individuais – direitos também incluem
necessidades. Todos nós temos necessidades diferentes, e
infelizmente, no Brasil, ainda não conseguimos alcançar igualdade em
direitos sociais ou individuais.
•
Sociedade fraterna – esse termo é tipicamente católico, pois vivemos
muito próximos dos valores da igreja católica. Mas, na prática,
vivemos numa sociedade fraterna? Há tantas populações e
comunidades diferentes no Brasil, com culturas e religiões diversas.
Além disso, há desigualdades e diferenças no poder – como podemos
conviver como uma sociedade fraterna? Podemos?
•
Uma sociedade fraterna é fundada na harmonia social e
comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução
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pacífica das controvérsias – que não nos engaja em guerras. Mas há
outros tipos de guerras silenciosas na realidade do brasileiro.
•
Soberania – os estados têm as próprias leis, então há valores locais e
valores nacionais e valores universais – como podemos trabalhar essa
contradição?
•
A dignidade humana ultrapassa regiões, culturas, contextos
socioeconômicos. Num lugar com tantas diferenças culturais, como
podemos resolver isso?
•
Pluralismo político – temos idéias diferentes, temos que ouvir os
outros e ser ouvidos.
•
Construir, garantir, erradicar, promover – no artigo 3 os verbos estão
na forma de ação – por quê? Essa constituição está falando do futuro,
um lugar onde queremos chegar. É uma constituição que fala em
reconstruir o país, o que só pode acontecer na prática por meio de
políticas públicas – então temos que participar, atuar e viver essa
mudança!!!!!!
Dinâmica: Ação cidadão
Parte 1
em grupo, inicie uma conversa sobre direitos. A constituição fala em direitos,
mas, como vimos, é numa perspectiva de realização futura. É importante trazer o
cenário de direitos para o real – quais são nossos direitos como brasileiros e
brasileiras atualmente? Onde nós podemos procurar nossos direitos?
os participantes devem acessar o site: `Guia de Direitos ́ para saber mais sobre
como procurar os direitos http://www.guiadedireitos.org/portal.
Parte 2
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peça para cada pessoa escolher uma ação cidadão do futuro e pensar sobre o
que isso quer dizer – os participantes têm que começar a participar ativamente na
sociedade. Assim, cada pessoa deve definir um alvo/ação que poderia fazer para
contribuir para um Brasil melhor;
peça a cada um que desenhe uma linha de tempo e coloque o objetivo no fim da
linha, com uma data;
em duplas, estimule as pessoas a se ajudarem umas às outras para planejar
como atingir esse objetivo;
peça aos participantes que coloquem na linha os passos a serem seguidos;
reúna os participantes numa roda e peça a cada um que diga o que fará no dia
seguinte para chegar ao objetivo final.
Presidência da República
Casa Civil
Sub chefia para Assuntos Jurídicos
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional
Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem
estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma
sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social
e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica
das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
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CASA BRASIL – Oficina Gênero e Cidadania
TÍTULO
I
Dos Princípios Fundamentais
Art. 1o A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constituise em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:
I a soberania;
II a cidadania;
III a dignidade da pessoa humana;
IV os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2o São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo,
o Executivo e o Judiciário.
Art. 3o Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II garantir o desenvolvimento nacional;
III erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais;
IV promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade
e quaisquer outras formas de discriminação.
Fonte: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm
Unidade 2 – Resgate da autoestima
Encontro 3 – Desmaterializando padrões
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repensar nos conceitos de beleza
realizar atividades de autoestima
Dinâmica: o que é beleza
em grupos de três, peça aos participantes que apresentam o que eles
consideram ser beleza;
peça aos participantes para realizar uma pesquisa na Internet e montar uma
apresentação sobre beleza;
peça aos grupos que apresentem para os outros os resultados da pesquisa;
mostre o vídeo do ‘The Dove SelfEsteem Fund’ http
://www.campaignforrealbeauty.com. Mostreo duas vezes, pois ele é curtinho.
abra uma conversa sobre padrões de beleza, distorção de beleza e o impacto
disso na mulher;
para finalizar, faça a dinâmica “O grande presente”
Dinâmica: o grande presente
Descrição: todos do grupo receberão um grande presente
Objetivos da técnica: fortalecer a autoestima
Tempo: 10 minutos
Instruções para o oficineiro: coloque um espelho no fundo de uma caixa pequena
previamente preparada. Instruções para os participantes: passe a caixa a cada
participante, peça que abra devagar e olhe o conteúdo, mas não comente nada
com ninguém. Um a um, os participantes verão o presente mais importante que a
vida lhes tem dado; devem cuidar muito bem desse presente, querer bem, porque
vale muitíssimo (isso se repete a cada um que olha para dentro da caixa).
Processamento da experiência: os participantes, ao constatar que são eles
mesmos o presente mais importante que a vida lhes tem dado, refletirão sobre o
valor que têm, o que reforçará a autoestima.
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Mais uma coisa!!!
Ler as `Dicas de beleza de Audrey Hepburn ́
Dicas de beleza de Audrey Hepburn
O texto a seguir foi escrito por ela, quando pediram que revelasse seus segredos
de beleza:
1. Para ter lábios atraentes, diga palavras doces.
2. Para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas.
3. Para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos.
4. Para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo
menos uma vez por dia.
5. Para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho.
6. Pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, resgatadas
e redimidas; jamais jogue alguém fora.
7. Lembrese que, se alguma vez precisar de uma mão amiga, você a encontrará
no final do seu braço. Ao ficarmos mais velhos, descobrimos porque temos duas
mãos, uma para ajudar a nós mesmos, a outra para ajudar o próximo.
8. A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no corpo que
ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser
vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor
reside.
9. A beleza de uma mulher não está na expressão facial, mas a verdadeira beleza
de uma mulher está refletida em sua alma. Está no carinho que ela amorosamente
dá, na paixão que ela demonstra.
10. A beleza de uma mulher cresce com o passar dos anos.
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Texto de Apoio TRAMAS
No começo, para se proteger do frio, usavase a pele dos animais. Com o tempo,
tramouse o fio e teceuse a trama, e tingiram de cores e chulearamse as formas
para que protegessem do frio e dessem conforto. E dos corpos desnudos e belos
teceuse a moral, que manchou de pudor e se coseram comportamentos com
estampas puritanas, e já não ditavam somente a roupa, sapatos, acessórios, mas
também o que dizer, o que comer, o que ouvir e o pior o que ou em que pensar.
(Isto é comumente chamado de moda).
Fica aqui um alerta, já não nos preocupamos em nos proteger do frio, desde que
estejamos vestidas de acordo para a ocasião, conforme disse o colunista... “o
conforto é bobagem, desde que não se pague o mico de ser notada por estar
apenas diferente do que é ditado pelo sistema.”
Nestes anos, principalmente para nós mulheres, desde que abandonamos a pele
dos animais, a todo o tempo aceitamos a violência da mediocridade. Houve uma
época em que, para se estar na mídia ou média, tínhamos que ser rechonchudas.
Houve a época em que tínhamos que ser magrelas. Hoje a média ou mídia exige
peitão... o que será daqui a pouco?
Fiquemos fora desse comportamento “normal” que está na média ou mídia, ou
seja, “medíocre”.
Mulher, você é um ser pensante, busque o que lhe traz conforto e satisfação e não
permita que ditem aquilo que é seu: o direito de escolha. Não seja normal, seja
apenas natural.
(Antônia Aparecida Sousa da Silva / 8 de março de 2005).
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Unidade 3 – Participe, mulher – seu papel é importante!
Encontro 4 – Gênero
definir a diferença entre sexo e gênero
entender os papéis definidos pelo gênero
aprender sobre o processo de planejamento comunitário
Dinâmica: Gênero? O que é isso?
pergunte se as palavras sexo e gênero têm o mesmo significado;
peça que leiam o texto sobre: `Identidade de Gênero ́
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Identidade_de_g%C3%AAnero
em grupos de três, peça aos participantes que definam os termos sexo, gênero,
e identidade – reúna e compartilhe as respostas em grupo;
discuta como a construção social de gênero – homens e mulheres – influencia a
criação de identidade;
peça aos participantes que, em grupos de três, respondam à seguinte questão:
Até que ponto os papéis de gênero influenciam a sua conduta em família, no
trabalho e na sociedade como um todo?
Sexo – identifica as diferenças biológicas entre homens e mulheres
Gênero – identifica as relações sociais entre homens e mulheres e como
essas relações são socialmente construídas. As relações de gênero são
contextualmente específicas e muitas vezes se alteram conforme as
condições econômicas.
Dinâmica: Participação da Mulher
discuta os papéis definidos pelo gênero dentro da sociedade. Qual é a
importância desses papéis dentro da sociedade/comunidade? Quem é mais ativo
nesse papel – o homem ou a mulher? Quem tem mais papéis homens ou
mulheres? Quais papéis têm mais poder dentro da sociedade? E qual é o impacto
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disso? Você concorda com esses papéis? O que podia ser diferente? Homens e
mulheres têm as mesmas necessidades?
1. Papel reprodutivo
2. Papel produtivo
3. Papel de gerenciamento comunitário
4. Papel de político
Os Papéis Definidos pelo Gênero
Na maioria das sociedades, as mulheres de baixa renda têm um papel triplo:
as mulheres têm a seu cargo atividades reprodutivas, produtivas e de
gerenciamento comunitário, enquanto os homens desempenham
primariamente atividades produtivas e relativas às políticas da comunidade.
1. Papel reprodutivo: corresponde às responsabilidades de ter e criar as
crianças e dos trabalhos domésticos desempenhados pelas mulheres,
requisitos para garantia de manutenção e reprodução da força de trabalho.
2. Papel produtivo: corresponde ao trabalho realizado, tanto por mulheres
como por homens, e que é pago em dinheiro.
3. Papel de gerenciamento comunitário: corresponde às atividades na
comunidade de trabalho voluntário, sem remuneração, primariamente
assumidas pelas mulheres como uma extensão de seu papel reprodutivo, de
forma a assegurar a provisão e manutenção de recursos escassos de
consumo coletivo, tais como água potável, cuidados com a saúde e
educação.
4. Papel político na comunidade: corresponde às atividades na comunidade,
usualmente trabalho remunerado, primariamente assumidas pelos homens,
de organização política, na maioria das vezes dentro do arcabouço das
políticas nacionais.
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Dinâmica: Papéis
A questão é `Por que as mulheres devem participar no planejamento
comunitário/político? ́
peça aos participantes que, em grupos, façam uma lista das razões para
mulheres participarem do planejamento comunitário;
peça que criem uma peça para demonstrar uma razão escolhida da lista.
peça que apresentem as peças para os outros;
para finalizar, reúna os participantes em círculo e peça que falem sobre uma
descoberta ou sobre algo importante que aprenderam.
Texto de Apoio
Por que as mulheres devem participar de planejamento comunitário?
Porque as mulheres têm uma perspectiva diferente.
As mulheres trazem uma perspectiva única ao planejamento comunitário e de
vizinhança. Além de suas experiências na força de trabalho formal, as mulheres
trabalham em seus lares e comunidades como voluntárias e ajudando a quem
precisa. Todos esses papéis ajudam a formular a perspectiva especial que elas
trazem ao planejamento comunitário. Quando as mulheres são perguntadas sobre
o quê é importante para elas nas comunidades, o que transparece mais
freqüentemente nas respostas é uma visão completa das comunidades, que leva
em consideração os aspectos ambientais, sociais e econômicos das comunidades.
A experiência das mulheres em suas comunidades molda suas percepções de
forma diferente das percepções dos homens. Portanto, as mudanças para a
comunidade que são interessantes para os homens não necessariamente são
adequadas para as mulheres, e eventualmente mudanças que as mulheres
propõem não necessariamente ocorrem aos homens.
Porque as mulheres sabem mais sobre a comunidade
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As comunidades e vizinhanças podem ser uma fonte de apoio e ajuda mútua, nas
quais as relações são formadas e alimentadas, e onde o espírito comunitário se
torna possível. Elas podem ser também lugares tristes e de isolamento. O
planejamento pode ser um instrumento importante para transformar as
vizinhanças em verdadeiras comunidades. Despendendo a maior parte do tempo
nas comunidades com crianças e famílias (embora isso já esteja mudando) as
mulheres sabem como criar uma comunidade. Elas sabem quais são as
mudanças necessárias para tornar a comunidade mais segura e mais conveniente
para elas e suas famílias. Elas sabem o quão são importantes as condições de
moradia, escolas, comércio, transporte público, ruas, programas recreativos,
serviços e centros comunitários, porque elas são as usuárias mais freqüentes de
todos esses serviços públicos. O que é importante para as mulheres modela
basicamente a qualidade de vida da comunidade. Portanto, envolver as mulheres
no planejamento comunitário beneficia todo o mundo.
Porque as mulheres não estão ainda suficientemente envolvidas
A despeito de sua experiência em criar comunidades, as mulheres não são
sempre consultadas quando há mudanças a serem implementadas nas
comunidades. De fato, muitos aspectos dos processos do planejamento municipal,
além de não considerar as perspectivas das mulheres, criam inadvertidamente
barreiras à sua participação. Essas barreiras incluem:
a. não poder estar presentes nas reuniões na prefeitura quando elas não dispõem
de transporte privado;
b. horário das reuniões na prefeitura durante o dia, quando as mulheres estão
trabalhando, buscando as crianças na escola, etc.;
c. falta de disponibilidade de supervisão para as crianças durante as reuniões e
eventos.
Esta oficina trata de como superar esses obstáculos. Trata de como as mulheres,
os planejadores municipais e outros funcionários da prefeitura, tais como
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engenheiros e pessoal da Saúde, podem trabalhar juntos para fazer com que as
comunidades se tornem lugares bem melhores para todo o mundo.
Porque as mulheres tem seu próprio jeito de trabalhar juntas
As mulheres freqüentemente têm um jeito de trabalhar juntas diferente dos
homens – um jeito diferente de discutir, interagir, apoiar uma à outra e alcançar
consenso. Esta oficina ajuda a criar espaço para que as mulheres possam
trabalhar juntas na definição de suas prioridades e preocupações, e fazer com que
sejam claramente ouvidas. Sugere também algumas maneiras para que os
processos de planejamento municipal possam mudar de forma a refletir um novo
jeito de trabalhar juntos. Através do aprendizado de como se envolver, as mulheres
ganham também a autoconfiança necessária para estimular as mudanças nas
suas comunidades.
Mulheres constituem um grupo entre outros
A distinção entre mulheres/homens/crianças é mais uma maneira de categorizar
os membros do público. Outras formas podem ser pelas suas histórias (culturas)
ou pelos seus interesses. Esta oficina está focalizada nas perspectivas das
mulheres, mas se reconhece que outros grupos também têm perspectivas e
papéis importantes nos processos de planejamento. A coisa mais importante a ser
lembrada é que todos os grupos têm diferentes perspectivas e prioridades, e que
dentro desses grupos ainda existem grandes diferenças – não somos todos um
grande, único público. As mulheres têm um papel vital na formação das
comunidades. Elas têm diferentes perspectivas e maneiras de comunicar que são
valiosas nos processos de planejamento e envolvimento público. Esta oficina
serve para ajudar as mulheres a serem ouvidas no planejamento comunitário.
Ajuda também as mulheres na obtenção do apoio necessário para fazer com que
haja mudanças significativas.
Fonte: Como nós nos Planejamos, um manual para mulheres e planejadores,
http://www.chs.ubc.ca/brazil/Portuguese/Outputs/Como_Nos_Nos_Planejamos.pdf
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Texto de Apoio Identidade de gênero
Na sociologia, identidade de gênero se refere ao gênero em que a pessoa se
identifica (i.e, se a mesma se identifica como sendo um homem, uma mulher ou se
a mesma vê a si como fora do convencional), mas pode também ser usado para
referirse ao gênero que certa pessoa atribui ao indivíduo tendo como base o que
tal pessoa reconhece como indicações de papel social de gênero (roupas, corte de
cabelo, entre outros fatores).
Do primeiro uso, acreditase que a identidade de gênero se constitui como fixa e,
como tal, não sofre variações, independente do papel social de gênero que a
pessoa se apresente.
Do segundo, acreditase que a identidade de gênero possa ser afetada por uma
variedade de estruturas sociais, incluindo etnicidade, trabalho, religião ou irreligião,
e família.
Identidade de gênero além do superficial
Na vasta maioria dos casos, não há qualquer dificuldade em determinar sexo e
gênero. A grande maioria dos seres humanos é considerada homem ou mulher.
Antes do século XX, o sexo de uma pessoa era determinado apenas pela
aparência da genitália, mas quando se passou a entender de cromossomos e
genes, eles passaram a ser usados para determinar o sexo. Normalmente,
homens possuem genitália masculina e, um cromossomo X e um Y; e mulheres
possuem genitália feminina e possuem dois cromossomos X. Entretanto, algumas
pessoas se consideram fora dessas categorias, e alguns possuem combinações
de cromossomos, hormônios, e genitália que não seguem as definições típicas de
"homem" e "mulher". Estudos recentes sugerem que um em cada cem indivíduos
podem ter um sexo atípico.
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O caso em que se torna mais fácil de entender a necessidade de distinguir sexo e
gênero é quando a genitália externa é removida quando tal caso ocorre por
acidente ou por intento deliberado, a libido e a habilidade de expressar uma
atividade sexual sofrem alterações, mas nem por isso o indivíduo deixa de se
considerar garoto ou homem. Um caso como este é reportado em Sexo Trocado
("As The Nature Made Him"), de John Colapinto. Esse livro detalha a persistência
da identidade de gênero masculina e a adesão a um papel social de gênero
masculino de uma pessoa cujo pênis foi totalmente destruído logo após o
nascimento devido a uma circuncisão mal feita, e que foi então subseqüentemente
redesenhado pela construção de uma genitália feminina. Assim, o termo
"identidade de gênero" não tem necessariamente relação com o sexo do indivíduo
através da análise da genitália externa, dos genes ou dos cromossomos.
Divergências entre identidade de gênero e sexo
Algumas pessoas sentem que sua identidade de gênero não corresponde ao seu
sexo biológico, são as/os chamadas/os transgêneros, incluindo pessoas
transexuais e muitas pessoas intersexo também. Conseqüentemente, as coisas se
complicam quando a sociedade insiste que os indivíduos devem seguir a maneira
de expressão social (papel social de gênero) baseada no sexo, que o indivíduo
transgênero sente ser inconsistente com sua identidade de gênero.
No caso das pessoas intersexo, alguns indivíduos podem possuir cromossomos
que não correspondem com a genitália externa. Isso devido a desequilíbrios
hormonais ou outros fatores incomuns durante os períodos críticos da gestação.
Tais pessoas podem parecer para as outras como sendo de um determinado sexo,
mas podem reconhecer a si mesmas como pertencendo a outro sexo.
As causas da transgeneridade ainda não são claras. Isso tem sido causa de muita
especulação, mas nenhuma teoria psicológica foi considerada consistente. Teorias
que assumem uma diferenciação no cérebro são ainda recentes e difíceis de
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CASA BRASIL – Oficina Gênero e Cidadania
provar, porque no momento requerem uma análise destrutiva da estruturas
cerebrais inatas, que são bastante pequenas.
Nas últimas décadas se tornou possível redefinir o sexo cirurgicamente. Uma
pessoa que experimente disforia de gênero pode, então, buscar essas formas de
intervenção médica para que seu sexo psicológico seja correspondente à
identidade de gênero. Alternativamente, algumas pessoas que experimentam
disforia de gênero mantêm a genitália com a qual nasceram, mas adotam um
papel social de gênero que é congruente com a percepção que possuem de sua
identidade de gênero.
Relação entre identidade de gênero e papel social de gênero
O termo relacionado, "papel social de gênero" possui dois significados que em
casos individuais podem ser divergentes: primeiro, o papel social de gênero de
uma pessoa pode ser a totalidade de formas na qual uma pessoa pode expressar
sua identidade de gênero. Segundo, o papel social de gênero das pessoas pode
ser definido pelo tipo de atividades que a sociedade determina como apropriada
para indivíduos que possuam determinado tipo de genitália externa.
Há provavelmente tantas formas e complexidades de identidades sexuais e
identidades de gênero como há seres humanos, e há um igual número de formas
de trabalhar as identidades de gênero na vida diária. As sociedades, entretanto,
tendem a designar alguns tipos de papéis sociais aos indivíduos "machos", e
algumas classes de papéis sociais para indivíduos "fêmeas" (macho e fêmea na
percepção social dos sexos). Muitas vezes a conexão entre identidade de gênero
e papel social de gênero não é clara. Simplificando, há nãoambíguos "machos"
humanos e nãoambíguas "fêmeas" humanas que se sentem claramente como
homens ou mulheres, mas que não se comportam socialmente de forma
convencionalmente masculina ou feminina. E, para concluir, como muito têm
defendido estudiosos em biologia e sociologia: "O sexo entre as orelhas é mais
importante que o sexo entre as pernas"
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Diferentes visões sobre identidade
Existem diversos fatores que envolvem a formação de identidades, como a
diferença entre os diversos tipos de identidade. A primeira das identidades,
considerada primordial, é a identidade de gênero homem ou mulher, pois queira
ou não as pessoas já rotulam as outras diante disso. Portanto, diferentes tipos de
identidade são produto da construção da sociedade e da história onde mantém se
a relação de poder de acordo com o modelo essencialista. De acordo com esse
modelo, a identidade vem da biologia, ou seja, o que você é é resultado da sua
genética e a ciência segue esse modelo.
Há também o modelo de construtivismo em que a identidade é construída,
transformada, pois não existem identidades que não passaram por mudanças ao
longo dos anos e, quando isso ocorre, ela muda de acordo como é vista e
interpretada pelos outros. Pois as transformações sociais são tão alarmantes
quanto as tecnológicas, políticas e econômicas, então as identidades que se
encontram em conflito então no interior dessas transformações.
Hoje em dia, os conflitos são mais identitários (religião, cultura), em vez de
ideológicos (comunismo, capitalismo), como já foi um dia.
Portanto, atualmente existem inúmeras formas de identidade e essas, apesar de
serem muitas vezes contraditórias, acabam se cruzando e podem até se
completar.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Identidade_de_g%C3%AAnero
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Unidade 3 Blog, mas o que isso tem a ver com gênero?
Encontro 5 e 6 Criando e publicando num Blog
Nesses dois encontros, aprenderemos a criar um blog comunitário para
publicarmos nossas idéias, fotos, links e informações a respeito de gênero e
cidadania e outros temas em que os participantes tenham interesse.
Inicialmente, reúna os participantes em roda e explique o que é um blog e para
que ele serve. Procure ressaltar os seguintes pontos:
a importância dos blogs como meio de comunicação;
o potencial de expressão que o blog permite.
Estimule os participantes a realizarem uma navegação pelos seguintes blogs:
•
•
•
•
http://www.gutierrez.pro.br/
http://meta.comunix.org/
http://www.alfarrabio.org/
http://metareciclagem.org/fff/
'
Após aproximadamente uma hora, reúna os participantes e peça a cada um
que conte sua impressão a respeito da visitação nos blogs
Chegou a hora de cada um construir o seu blog!!
Peça a cada participante da oficina que sente em um computador do Telecentro e
que siga o seguinte tutorial para criação de blogs:
http://blog.uol.com.br/stc/passeio_virtual.html
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CASA BRASIL – Oficina Gênero e Cidadania
Após a criação dos blogs, estimule os participantes a contarem suas histórias, a
falarem de sua experiência nessa oficina e comentar algumas questões de gênero
e cidadania. Mais tarde voltaremos aos blogs para outras atividades.
Textos de Apoio
Blogs e sua história
Um weblog ou blog é um página da Web cujas atualizações (chamadas posts)
são organizadas cronologicamente (como um histórico ou diário). Estes posts
podem ou não pertencer ao mesmo gênero de escrita, se referir ao mesmo
assunto ou à mesma pessoa. A maioria dos blogs são miscelâneas onde os
blogueiros escrevem com total liberdade.
Figura 3 – Blogs – Fonte: http://nordstrandskytterlag.no/static/webbilder/blog.jpg
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O weblog conta com algumas ferramentas para classificar informações técnicas a
seu respeito todas elas são disponibilizadas na internet por servidores e/ou
usuários comuns. As ferramentas abrangem: registro de informações relativas a
um site ou domínio da Internet quanto ao número de acessos, páginas visitadas,
tempo gasto, de qual site ou página o visitante veio, para onde vai do site ou
página atual e uma série de outras informações.
Possíveis traduções de weblog:
•
•
•
•
•
•
•
blog (linguagem mundial)
blogue (Português)
diário (virtual)
journal (diário em inglês)
placard
quadro
bitácora (de cuaderno de bitácora, diário de bordo, em castelhano)
Os serviços mais conhecidos em todo o mundo são o Blogger, Blog.com e o
WordPress. No Brasil são Blig, Blogger Brasil, Weblogger, UOL Blog e Blogse.
Em Portugal são o Blog.pt, Blogs no Sapo, Weblog.com.pt e o BlogTok.
A Deutsche Welle premia a cada ano os melhores weblogs internacionais
em onze categorias no evento The Bobs Best of Blogs.
Os sistemas de criação e edição de blogs são muito atrativos pelas facilidades que
oferecem, pois dispensam o conhecimento de HTML, o que atrai pessoas a criá
los, em vez de sites pessoais mais elaborados.
Os blogs educativos são um grande atrativo na educação como ferramenta
educacional utilizada para o registro de idéias de professores e alunos.
Alguns sites têm inovado e usado o blog como um tipo de mídia, no qual
jornalistas colocam notícias e comentários da sua área (política, esportes,
televisão, dentre outras).
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CASA BRASIL – Oficina Gênero e Cidadania
John Barger, autor de um dos primeiros FAQ Frequently Asked Questions, foi o
editor do blog original e concebeu o termo “weblog” em 1997, definindoo como
uma página da Web onde um diarista (da Web) relata todas as outras páginas
interessantes que encontra. O blog de Barger tem uma aparência diferente dos
atuais e ainda hoje mantém a mesma interface de quando foi criado. O termo foi
alterado por Peter Merholz, que decidiu pronunciar “weeblog”, que tornou
inevitável o encurtamento para o termo definitivo “blog”. Rebecca Blood, pioneira
no uso de blogs, relatou suas experiências, explicando que, em 1999, os blogs
eram distintos, tanto em forma como conteúdo, das publicações periódicas que os
precederam (ezines e journals). Eles eram rudimentares em design e conteúdo,
mas aqueles que os produziam achavam que estavam realizando algo
interessante e decidiram ir adiante. Os blogueiros referenciavam entradas
interessantes em outros blogs, normalmente adicionando suas opiniões. Créditos
eram concedidos a um blogueiro individual quando outros reproduziam os links
que este havia encontrado. Devido à freqüente interligação entre os blogs
existentes na época, os críticos chamaram os blogueiros de incestuosos, que por
sua vez sabiam que amplificavam as vozes uns dos outros quando criavam links
entre si. E assim a comunidade cresceu. Os blogueiros pioneiros trabalharam para
se tornar fontes de links para material de qualidade, aprendendo a escrever
concisamente, utilizando os elementos que induziam os leitores a visitar outros
sites.
O panorama mudou quando, naquele mesmo ano de 1999, diversas empresas
lançaram softwares desenvolvidos para automatizar a publicação em blogs. Um
destes softwares, chamado Blogger, apresentava enorme facilidade para
publicação de conteúdo, e com a sua interface privilegiando a escrita espontânea,
foi adotado por centenas de pessoas. O conhecimento tecnológico para
manutenção de uma ferramenta para publicação na Web passou a não ser mais
um requisito. A estrutura técnica era gerenciada pela empresa, que também
oferecia a criação de blogs a custo zero, assim como os valores agregados: um
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item em um blog possui valor de produção irrisório comparado com o de um artigo
veiculado na grande mídia. Essa adoção em massa, e a nãoutilização dos links
como o elemento central da forma, causou controvérsia na comunidade original
blogueira. Eles acusavam os blogs gerados pelos novos softwares de serem
simplesmente diários, e não blogs – e o que representava os blogs “de verdade”
eram os links. Alguns achavam que com a seleção criteriosa e justaposição de
links, os blogs poderiam se tornar uma importante nova forma de mídia alternativa,
agregando informações oriundas de diversas fontes, revelando diferentes pontos
de vista e talvez, influenciar a opinião em larga escala – uma visão chamada
“mídia participativa”.
Mas a mensagem passou a modelar o meio. No início de 2000, Blogger introduziu
uma inovação – o permalink – que transformaria o perfil dos blogs. Os permalinks
garantiam a cada publicação em um blog uma localização permanente uma URL
– que poderia ser referenciada. Anteriormente, a recuperação em arquivos de
blogs só era garantida através da navegação livre (ou cronológica). O permalink
permitia então que os blogueiros pudessem referenciar publicações específicas
em qualquer blog. Em seguida, hackers criaram programas de comentários
aplicáveis aos sistemas de publicação de blogs que ainda não ofereciam tal
capacidade. O processo de se comentar em blogs significou uma democratização
da publicação, conseqüentemente reduzindo as barreiras para que leitores se
tornassem escritores.
A blogosfera, termo que representa todos os blogs, ou os blogs como uma
comunidade ou rede social, cresceu em ritmo espantoso. Em 1999 o número de
blogs era estimado em menos de cinqüenta; no final de 2000, a estimativa era de
poucos milhares. Menos de três anos depois, os números saltaram para algo em
torno de 2,5 a 4 milhões. Atualmente existem cerca de 50 milhões de blogs, de
acordo com o estudo State of Blogosphere. O estudo revela que a blogosfera
aumentou em 100 vezes nos três últimos anos e que atualmente ela tende a
dobrar a cada seis meses. Esse aumento significativo no número de blogs ao
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CASA BRASIL – Oficina Gênero e Cidadania
longo dos anos fez com que a grande mídia desse maior importância ao
fenômeno: entre 1995 e 1999 apenas onze artigos jornalísticos sobre blogs foram
publicados. No ano de 2003, estimase que 647 artigos foram publicados.
Provavelmente, a maior diferença entre os blogs e a mídia tradicional é que os
blogs compõem uma rede baseada em ligações os links, propriamente. Todos os
blogs por definição fazem ligação com outras fontes de informação, e mais
intensamente, com outros blogs. Muitos blogueiros mantêm um “blogroll”, uma lista
de blogs que eles freqüentemente lêem ou admiram, com links diretos para o
endereço desses blogs. Os blogrolls representam um excelente meio para
observar os interesses e preferências do blogueiro dentro da blogosfera; os
blogueiros tendem a utilizar seus blogrolls para ligar outros blogs que
compartilham os mesmos interesses.
Muitos sites oferecem o serviço de blogs gratuitos.
Site URL Descrição
Blogger blogger.com Português Suporta RSS.
Blog.com blog.com Português Suporta RSS.
MSN Spaces spaces.msn.com Português Suporta RSS.
BlogTok blogtok.com
Blogger
Brasil
blogger.com.br
Português, permite criação de Klubs e
agregador de conteúdos RSS.
Brasileiro, versão brasileira do Blogger
no portal Globo.com.
Globolog globolog.com.br Brasileiro, do portal Globo.com.
UOL Blog blog.uol.com.br Brasileiro, do portal UOL.
Terra blog.terra.com.br Brasileiro, do portal Terra.
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CASA BRASIL – Oficina Gênero e Cidadania
Weblogger
WordPress
weblogger.com.br Brasileiro, parceiro do portal Terra.
wordpress.com Português, com capacidade para vários
blogs por usuário e vários autores para o
mesmo blog.
Blogse
blogse.com.br
Brasileiro, ferramenta gratuita do portal
Comuniquese. Não suporta RSS.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Blog
Modulo 4 Meninas e Mulheres e Movimentos Sociais
Encontro 7 – Não Violência
Dinâmica: violência doméstica
mostrar um vídeo sobre a violência domestica:
abra uma discussão sobre violência começando com o básico O que é
violência? Quais tipos de violência existem contra mulher? O que é machismo?
Existe machismo no Brasil?
peça para os alunos lerem os dois artigos sobre a Lei Maria da Penha. Sobre o
que é essa lei?
peça aos participantes que escrevam nos seus Blogs sobre as mulheres na sua
vida.
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Tipos de Violência Contra Mulher:
• Violência Doméstica
• Violência Física
• Violência Psicológica
• Violência sexual
• Assédio sexual
• Abuso sexual
Por mais informações:
http://www.sof.org.br/mullheresemluta
/tipos.htm
Figura 4: Protesto contra a violência
http://www.sof.org.br/mullheresemluta/tipos.htm
Texto de Apoio Promotoras da Paz (Lei Maria da Penha)
Eles não são inimigos. São marido e mulher. Um flagrante registrado por uma
equipe do Globo Repórter na cidade de Floriano, no Piauí, expõe o que muitas ve
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zes fica escondido entre quatro paredes: a violência contra a mulher. "O homem
precisa tomar ciência de que a mulher não é propriedade dele e que ele não pode
bater na mulher. A desculpa de que estava bêbado não serve de justificativa por
que o homem quando bebe não chuta o cachorro, não dá um tapa no chefe nem
no vizinho. Ele só bate na mulher com aquele sentimento de propriedade", diz a
desembargadora Maria Berenice Dias.
Mas como dar um basta no sofrimento? A busca pela justiça muitas vezes é longa.
Um caminho que, no Rio Grande do Sul, as mulheres não percorrem mais sozi
nhas. Onde a vergonha impõe o silêncio, elas mostram o rosto. Contra a violência,
saem às ruas munidas de solidariedade e informação. A distribuição de panfletos
é uma das ações de um grupo especial de mulheres. Elas conhecem as leis e sa
bem os caminhos para fazer valer o direito. São as Promotoras Legais Populares.
Elas são líderes dentro das comunidades. Papéis distribuídos de mão em mão fa
lam de uma novidade: a Lei Maria da Penha. Para as promotoras populares, é um
mais um instrumento de trabalho. E o conhecimento vira ação em espaços chama
dos de Serviço de Informação à Mulher (SIM). Neles, as promotoras orientam as
vítimas de violência. "Eles não foram e disseram, pelo telefone, que eu desse um
café preto e um banho", contou uma vítima. A polícia pode não ter ajudado, mas a
esposa agredida pelo marido embriagado não ficou desamparada. "A gente pode
encaminhar o caso para o Fórum, e, na Vara de Família, pedir o afastamento dele
do lar", orientou uma promotora. "Eles já não falam mais com pessoas que não sa
bem."
Uma trajetória que começou em março de 1993, quando três amigas, estudantes
universitárias, criaram um curso de direitos humanos para moradoras de vilas ca
rentes. Do projeto, nasceu a idéia de levar a lei para as mulheres que mais preci
sam dela e advogados para quem não pode pagar. "Nós revelamos fontes e abri
mos códigos do conhecimento que são de todo mundo. E isso é fundamental, por
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CASA BRASIL – Oficina Gênero e Cidadania
que a partir do momento em que as pessoas se apropriam daquilo que é delas
sem saber, mudam completamente de vida", avalia a produtora cultural Elenara Ia
bel Caribone. E saber mais sobre a Lei Maria da Penha é motivo para voltar à sala
de aula. As promotoras legais populares não têm cargos públicos ou diplomas uni
versitários. São treinadas por advogados para conhecer os caminhos da Justiça
brasileira. "A idéia é que a gente traduza a legislação e o formato de estrutura do
estado, para que as pessoas possam saber dos seus direitos e, a partir de então,
exercer a cidadania", explica a advogada Rúbia Abs da Cruz. Elas passaram a
gostar mais de si mesmas. Mas como recuperar a amor próprio daquelas que so
freram com maustratos?
"Sofri violência dentro do meu próprio quarto. Levei mordidas nas partes íntimas,
nos seios, e fui sufocada com o travesseiro. Coisas que eu detestava fazer, que
me davam nojo, eram normais, porque eu fui criada com uma frase que dizia as
sim: 'Tudo o que acontece dentro do quarto são particularidades de homem e mu
lher e ninguém deve saber'", conta a líder comunitária Ermínia Duarte. Ermínia é
um exemplo. Quem vê a mulher ativa organizando a horta da comunidade não
imagina que ela também já foi vítima de violência doméstica. Quando finalmente
conseguiu o afastamento do exmarido, ela enfrentou o que muitas temem numa
separação. "Passei muita fome. Eu ainda tentei pedir pensão, mas levou muito
tempo. Sempre que ele vinha para dentro de casa me ameaçava", lembra. Mas
Ermínia descobriu que tinha forças. Buscou a Justiça e reconstruiu a própria vida.
"Hoje eu vejo essas cicatrizes e as dores que ficaram para trás como uma supera
ção da vida. Posso bater no peito e dizer que eu fui mulher suficiente para ajudar a
amenizar essa cicatriz e fazer com que essa dor ficasse um pouco mais leve, por
que eu não parei no tempo", diz. Hoje ela é mais uma das promotoras legais popu
lares. "Hoje eu sou uma Fênix, que renasceu das cinzas", comemora.
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Promotoras da Paz (Lei Maria da Penha)
http://globoreporter.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC02703155915
251877,00.html
Símbolo de um luta
Braços amigos levam Maria da Penha para mais um encontro com parentes de
mulheres vítimas de violência no Ceará. Há 23 anos, ela levou um tiro e perdeu o
movimento das pernas. O tiro foi disparado pelo próprio marido. "Ela é uma pes
soa guerreira, muito batalhadora, que acredita muito na Justiça", comenta a auxili
ar de enfermagem Maria Veríssimo Magalhães. Era tanta fé na Justiça que ela não
teve medo de lutar para ver na prisão o homem que mudou seu destino. "Eu não
admitia jamais sofrer uma lesão dessa gravidade toda e a pessoa que fez isso co
migo ficar livre. Ele precisava ser punido", diz Maria da Penha. Farmacêutica, mãe
de três filhas, casada com um colombiano naturalizado brasileiro, Maria da Penha
tinha uma vida tranqüila até o dia em que foi despertada para um pesadelo. "Eu
acordei com um tiro nas costas. Escutei um estampido, e o tiro foi direcionado
para mim", conta.
Um tiro disparado por assaltantes que invadiram a casa durante a madrugada.
Essa foi a versão contada pelo marido de Maria da Penha na época. Mas tudo não
passou de uma farsa. Com as investigações, a polícia começou a desconfiar que
foi ele próprio quem atirou na mulher enquanto ela dormia. Quatro meses depois,
Maria da Penha teve a certeza: dividia a cama com o homem que tinha tentado as
sassinála. Foi o fim da história de um casal que se conheceu na Universidade de
São Paulo (USP) e o início de uma trama cheia de contradições. Maria da Penha
lembra quando percebeu uma mudança na personalidade do marido: "No momen
to em que ele foi naturalizado brasileiro, ele conseguiu seu objetivo e mudou total
mente de conduta. Começou a se tornar uma pessoa bastante agressiva, não só
em relação a mim, mas aos próprios filhos".
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CASA BRASIL – Oficina Gênero e Cidadania
A tentativa de homicídio aconteceu em 1983. O exmarido de Maria da Penha foi
duas vezes a julgamento. Condenado, recorreu e continuou em liberdade. "Nesta
circunstância, Marco Antônio Heredia Viveros, único responsável por minha prisão
perpétua em cadeira de rodas, aguarda, gozando em total liberdade, que seja de
terminada a data para ser submetido novamente ao Tribunal de Júri", escreveu na
ocasião. Hoje, aos 61 anos de idade, Maria da Penha voltou a morar na casa dos
pais. Para amenizar a dor, escreveu um livro contando sua história. Um drama que
levou o Brasil a um julgamento internacional. Em abril de 2001, o país foi condena
do pela Corte Interamericana de Justiça pela demora em julgar crimes desse tipo.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) também recomendou ao governo
federal que tomasse medidas mais enérgicas nos casos de violência contra a mu
lher. "A OEA solicitou uma indenização material e outra simbólica. A simbólica está
sendo feita, porque eu recebi a lei em meu nome. Para mim, não poderia ter sido
uma reparação melhor", diz Maria da Penha. Tudo que Maria da Penha quer agora
é rigor na implantação e estrutura para que a lei seja realmente cumprida. Aposen
tada por invalidez e mesmo com as limitações físicas, continua com forças para
buscar justiça não só para ela, mas para todas as vítimas de violência no Brasil.
Fonte: Símbolo de um Luta:
http://globoreporter.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC02703155915
251878,00.html
Encontro 8 Gênero e Tecnologia
Dinâmica: Tecnofobia
peça aos participantes que definam o significado de tecnofobia – Quem no curso
é um tecnofobe?
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CASA BRASIL – Oficina Gênero e Cidadania
Tecnofobia – uma fobia de tecnologia
FATOS SOBRE MULHERES E TECNOFOBIA
•
A participação no uso de tecnologia da mulher é menor do que o uso de
tecnologia do homem, e bem menos nos países em ‘desenvolvimento’ –
como o Brasil.
•
Mulheres normalmente são os receptores da tecnologia e não os criadores.
•
Os direitos da mulher estão ameaçados por novas tecnologias de genética,
porque o seu desenvolvimento requer testes extensivos em mulheres.
•
O conhecimento indígena está sendo destruído.
divida os participantes em pares;
explique que os participantes farão entrevistas em pares;
explique que entrevistas são uma forma de pesquisa;
peça aos participantes que façam as seguintes perguntas;
1. Você poderia contar uma história de um tempo em que você se sentiu
desempoderada com tecnologia?
2. Você poderia contar uma historia de um tempo em que você se sentiu
empoderada com tecnologia?
depois de todos os participantes serem entrevistados, peça aos pares que
pensem numa visão do futuro em termos de apropriação tecnológica. Como seria
essa visão? Onde está a mulher nessa visão e como ela está?
peça que os participantes desenhem a visão. Coloque os desenhos na parede.
Há semelhanças entre os desenhos? Se houver grupos com a mesma visão,
junteos;
peça aos grupos que criem um plano de ação;
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CASA BRASIL – Oficina Gênero e Cidadania
Um plano de ação requer planejamento
• Formular objetivos
• Estabelecer o que é importante (visão)
• Pensar em como atingir esses objetivos
• Agir para alcançar esses objetivos
Os participantes vão criar um plano de ação para conseguir essa visão. Essas
perguntas podem auxiliar o processo de criação:
Quais são os obstáculos à nossa frente?
Quais recursos temos e quais recursos precisamos para atingir nossos objetivos?
Quem poderia ajudarmos realizar esses objetivos?
para finalizar, os participantes devem incluir o plano em seus Blogs e compartilhá
los com os outros para continuar o dialogo por meio dos blogs;
É importante encorajálos a lerem os outros planos e a dar retorno para os outros.
Texto de Apoio
Inclusão digital: um problema de gênero na Sociedade da Informação
Fernanda Weiden, participante do Projeto Software Livre Mulheres no Brasil,
escreve sobre a necessidade crescente da incorporação pelo movimento feminista
dos temas ligados ao acesso e uso das TICs como um direito das mulheres.
Segundo a autora, às vezes o códigofonte de um software pode influenciar
nossas vidas mais do que uma legislação. "Conhecer as regras do jogo a que
estamos submetidas e ter a possibilidade de se apoderar desse conhecimento é o
diferencial nesse cenário. E só podemos acessar a informação e conhecer essas
regras de maneira completa utilizando software livre".
Na era da Sociedade da Informação, uma pessoa que não fizer uso das
tecnologias da informação e comunicação como uma ferramenta para agregar
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CASA BRASIL – Oficina Gênero e Cidadania
conhecimento, facilitar tarefas diárias, otimizar e dar velocidade às comunicações
e ampliar redes será uma excluída digital. Num mundo hiperconectado como este
em que nós vivemos hoje, e que será muito mais conectado em poucos anos, um
excluído digital é também excluído social, e o computador tem que ser visto como
um amigo, e não somente como um desafio que não será enfrentado. As
mulheres, em geral, já estão fora deste círculo de fluxo de conhecimento
tecnológico e precisam se dar conta disso e, a partir daí, se apoderar das novas
tecnologias para potencializar a capacidade de comunicação e troca de
informações, inclusive sobre as causas históricas do feminismo.
Por trás deste mundo conectado está o software, cada vez mais utilizado por nós
através de caixas eletrônicos, telefones celulares, automóveis. A igualdade de
acesso à informação definirá quem estará em iguais condições de se tornar
protagonista e quem estará excluído desta nova Sociedade da Informação.
Códigofonte é informação e, como diz Lawrence Lessig, também é norma.
Algumas vezes o códigofonte de um software é mais importante e mais influente
em nossas vidas do que a própria legislação de um país. Conhecer as regras do
jogo a que estamos submetidos e ter a possibilidade de se apoderar desse
conhecimento é o diferencial nesse cenário. E só podemos acessar a informação e
conhecer essas regras de maneira completa utilizando software livre.
O Movimento Feminista precisa se dar conta disto e, a partir daí, tratar a inclusão
digital das mulheres como um assunto importante e também urgente, porque se
não o fizer, daqui a dez anos, além de discutir os problemas de gênero do século
passado, que infelizmente ainda não foram solucionados, terão a exclusão digital
como mais um problema de gênero a ser combatido. E dez anos é uma
expectativa um tanto quanto otimista. A exclusão digital já é um problema de
gênero e precisa ser trabalhada desde já. Não estou aqui dizendo que todas as
mulheres precisam virar hackers, mas sim que todas precisam fazer uso das
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CASA BRASIL – Oficina Gênero e Cidadania
tecnologias disponíveis para garantir que terão iguais condições de participação
na Sociedade da Informação.
Violência sexual, direitos sexuais e reprodutivos, igualdade de remuneração,
mercantilização e outros são temas muito importantes, que estão influenciando em
muito a vida de todas as mulheres atualmente. Mas e o futuro? Precisamos
trabalhar hoje para evitar o aumento da nossa lista de pendências para a
participação plena e igualitária na sociedade de amanhã. Um amanhã nem tão
distante
assim.
Claro que não posso deixar de citar duas mulheres que, na minha opinião, foram
motivo de orgulho para a comunidade software livre nos últimos tempos: Fabianne
Baveldi e Margarita Manterola. A primeira tem dado o sangue pelo projeto Pontos
de Cultura no Brasil e tem mostrado a que veio. Uma mulher da cultura, da
tecnologia, uma hacker, uma ativista pela liberdade. A segunda, da Argentina, tem
contribuído muito apontando problemas e soluções no projeto Debian, e eu não
estou falando de dar palpite, estou falando de bugs de software e correções. Elas
fizeram a diferença!
Parabéns a todas que fazem me sentir orgulhosa de fazer parte deste pequeno
grupo.
E você? Por que não faz a diferença?
Fernanda G. Weiden, ‘Inclusão digital: um problema de gênero na Sociedade da
Informação’,
http://www.genderit.org/en/index.shtml?w=a&x=91800, dia 8 de Março de 2005.
Texto de Apoio
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CASA BRASIL – Oficina Gênero e Cidadania
2 A Inclusão Digital da Mulher
A mulher faz parte integrante dos atuais cenários digitais. Embora sua atuação
nesses cenários seja ainda considerada tímida por parcela significativa de
pesquisadores e estudiosos, esperase e é mister sua contribuição cada vez mais
firme e intensa também na área das Tecnologias da Informação e da
Comunicação (TIC). Desta maneira, ela passará a ter a visibilidade merecida, do
mesmo modo como já tem sido detectada sua visibilidade em outras áreas, como
a das Ciências. E este processo deve abranger não apenas uma das extremidades
dos sistemas de informação e comunicação (SIC), que se refere aos usuários dos
sistemas, mas também e principalmente a outra extremidade, que diz respeito
aos/às produtores/as de programas (softwares), CDROMs e sites das redes de
informação e comunicação.
Isto porque cada vez mais a mulher também tem sido usuária das novas
tecnologias tanto no espaço público quanto no espaço privado. Para dar uma
ligeira idéia, observe a figura abaixo e veja uma residência da atualidade
localizada em sociedade ocidental tida de primeiro mundo:
Fonte: página da www.doorsofperception.com.
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CASA BRASIL – Oficina Gênero e Cidadania
O que se percebe na imagem são inúmeros sistemas utilizados na casa e as
tecnologias aí aplicadas pertencem cada vez mais ao diaadia do ser humano
atual, incluindo, claro, a mulher, que também está nesse cenário como usuária
final desses sistemas.
No entanto, embora o número de usuárias dos SIC esteja crescendo com certa
rapidez, o número de programadoras tem decrescido nos últimos dez anos
segundo dados da BBC News de julho de 2002, havendo cada vez menos
mulheres estudando ciências da computação (e ciências exatas, em geral) nas
universidades. Isto porque, para muitas mulheres, principalmente as mais jovens,
ainda é forte o estereótipo e a imagem de que as carreiras tecnológicas são um
tanto quanto antisociais e até mesmo enfadonhas. Porém, a verdade está em
uma abordagem oposta a esta, isto é, muitos destes profissionais estão influente e
ativamente revolucionando tanto artefatos tecnológicos quanto conteúdos das
ciências da computação, da informação e da comunicação, e, portanto, moldando
(“formatando”) nossas atividades individuais e/ou coletivas, nossos
comportamentos, nosso modo de pensar e agir, em nossas residências, locais de
trabalho, na mídia, tendo reflexos decisivos no modo como vivemos e vemos o
mundo. Dentre esses profissionais estão os programadores de softwares e jogos,
páginas e sites na web, engenheiros, criadores de efeitos tridimensionais
envolvendo áudio e vídeo, recorrendo a som, imagem e movimento, enfim,
designers industriais e gráficos.
Esta tendência deve mudar quando a mulher perceber que ela pode fazer
diferença na construção do Século XXI, ocupando também os espaços nas
ciências exatas, principalmente os da computação, na medida em que ao produzir
programas e jogos nessa área do saber, além de sites na Web e CDROMs, estará
moldando comportamentos, mudando papéis sociais na estrutura da sociedade,
visando a construir situações mais igualitárias, portanto mais democráticas entre
homens e mulheres. Portanto, as mulheres podem e devem adentrar campos de
estudo, investigação e atuação como o da Interação Ser HumanoComputador
(projetando interfaces amigáveis, por exemplo), o da Política de Privacidade na
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CASA BRASIL – Oficina Gênero e Cidadania
Web, o da liberdade de expressão, da proteção à criança e da própria mulher
contra abusos de toda sorte, do armazenamento e gestão da informação na Web
(como construir museus interativos, por exemplo), da produção de sistemas de
aprendizado online, dentre uma série de outros.
2.1 Iniciativas de democratização da Internet
Uma das iniciativas pioneiras que emergem visando à democratização do acesso
à Internet, “mãe de todas as redes”, e que resulta em diminuição do abismo entre
a inclusão e a exclusão digitalsocial no atual paradigma tecnológico
computacional, é a implantação da primeira rede de Internet pública no Brasil, a
partir de meados de 2000. Ela está sendo instalada nos Faróis do Saber, que são
45 minibibliotecas públicas construídas no centro e na periferia de CuritibaPR.
Esta atividade faz parte do projeto da Prefeitura local intitulado “Digitando o
Futuro” e propicia acesso gratuito à Internet por parte da população em geral.
Alguns parceiros educacionais aderiram ao projeto, dentre eles: o Comitê para a
Democratização da Informática (CDI), ligado a uma Organização Não
Governamental (ONG) que iniciou seu trabalho comunitário nas favelas do Rio de
JaneiroRJ, com cursos de informática e noções de cidadania; a Companhia
Paranaense de Energia (Copel), com o projeto “Luz das Letras”, com cursos de
informática e alfabetização juvenil e de adultos. A Celepar, com o projeto “O
Despertar da Informática”, que fornece cursos básicos de informática. Há, ainda,
os telecentros de informática, um implantados pela Prefeitura de São PauloSP na
Cidade Tiradentes, região leste, e outro no bairro periférico Capão Redondo, zona
sul, ambos na capital paulista. Há também os “cybercafés” que proliferam em São
PauloSP, mas estes são pagos.
Veja alguns dados estatísticos parciais levantados pelo Instituto Curitiba de
Informática (ICI), órgão responsável pela implantação do projeto “Digitando o
Futuro” nos Faróis do Saber de CuritibaPR, como resultados de amostragens
iniciais (ver tabela no final do capítulo)
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Por essa iniciativa, percebese que a mulher tem aproveitado essa oportunidade
que os Faróis do Saber proporcionam, mas que ainda há espaços – brechas
digitais – a serem ocupados. Essas oportunidades dão sensação de
empoderamento (esta palavra vem do inglês “empowerment” e quer dizer algo que
dá poder às pessoas) a elas, e devem servir como molas propulsoras e
incentivadoras de uma atuação mais eficiente e eficaz das mesmas nos cenários
digitais da sociedade em Rede na nossa Era da Informação.
Nesse cenário, a mulher vem conquistando seu espaço, conseguindo penetração
e maior visibilidade no meio virtual, além da opção otimista com relação à
usabilidade diária deste artefato, pela simplificação que proporciona às suas vidas,
por resultar em economia de seu tempo. Segundo Gloria Bonder, “nos EUA,
enquanto em 1999 elas eram 46% do total dos usuários, em 2000 chegavam a
50,4% e, segundo as previsões ultrapassariam os homens nos próximos anos. A
exemplo da Inglaterra, Alemanha, Austrália e Canadá, onde esta tendência já é
concreta, ela tende a se espraiar para outros países. Nos EUA (e Women.com)
este é o perfil destas mulheres: “casadas, ao redor de 30 anos, com alto nível de
ingresso (entrada); mais de 50% fazem suas compras online (especialmente
roupa, livros, CDs, viagens) e preferem este meio para se informar sobre produtos
mais que qualquer outro; quase 90% se informa e toma decisões na web sobre
questões de saúde e financeiras; mais da metade tem acesso em seu trabalho e,
além disso, usam cerca de 9 horas semanais online a partir de suas casas” .
Especificamente quanto ao Brasil, 64% dos usuários da Internet concentramse na
região Sudeste; 18% na região Sul )ou seja, 82% nas regiões Sudeste e Sul);
sendo os locais de acesso: casa (52%), trabalho (36%) e escola (10%). Quanto ao
gênero, 57% são do sexo masculino e 43% do feminino; sendo que 65.88% têm
menos de 30 anos; 39% têm instrução superior; 39% colegial; 4% ginasial e 1%
primário. A renda familiar destes usuários é 88.41% acima de 10 saláriosmínimo
(FESTA, 2002).
2.2 A Internet e as Relações de Gênero
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Com a proliferação dos computadores pessoais( PCs) na década de 80 e o
“boom” da Internet em meados da de 90, os computadores e periféricos (teclado,
mouse, monitor, impressora, etc.) passaram a fazer parte do diaadia do trabalho
e do lazer de parcela expressiva da Sociedade em Rede na civilização ocidental.
Isto porque elas se viram às voltas com profissões e situações diárias que, embora
não tivessem necessariamente a computação como ponto central de suas
atividades, requeria, porém, os sistemas computacionais como ferramentas úteis
para cumprirem suas metas e seus objetivos pessoais e profissionais. Também as
mulheres beneficiamse desses artefatos tecnológicocomputacionais, que
facilitam em muito suas atividades. Esse cenário na Internet ainda é bastante
desigual. Há que se fomentar a igualdade entre ambos os gêneros.
2.3 Algumas informações animadoras
Embora os “hackers” (especialistas na área computacional) estejam associados ao
estereótipo forte e socialmente construído na área tecnológicacomputacional –
jovem adolescente, solitário e mau – há mulheres atuando nesse segmento, a
exemplo de Sarah Flannery. Em 1999, ela tinha 16 anos quando recebeu o
prêmio “Jovem Cientista do Ano”, na Irlanda, pelo seu trabalho sobre criptografia
na Internet. Esta é uma área considerada um reduto masculino por excelência,
tanto que Sarah foi descrita no recente livro “The Hacker Ethic” como “hacker de
16 anos”. Atualmente, ela é estudante na Universidade de Cambridge/EUA.
Recém lançou o livro “In Code: A Mathematical Journey”, escrito com seu pai,
contando sobre suas aventuras na área da matemática e da criptografia, incluindo,
portanto, o universo digital.
Outro ícone feminino neste universo, ainda tido como solidamente masculino, é
Jude Milhon, conceituada programadora de Sistemas de Informação (SI), citada
como uma das primeiras “hackers” femininas no livro de Steve Levy “Hackers,
Heroes of the Computer Revolution” (Hackers: Heróis da Revolução
Computacional), lançado em 1984. Detectando o “fio histórico” do porque deste
reduto ser amplamente do domínio masculino, vamos encontrar que, no início, a
Informática e a Computação eram exclusivamente abrangidas pelas ciências
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exatas, que sempre foram mais procuradas para estudo e pesquisa, pelos
homens. Esta situação começa a mudar na década de oitenta, com a proliferação
dos computadores pessoais, culminando com a interligação deles em redes de
trabalho e lazer, sendo a principal delas a Internet, que atinge seu apogeu e
consolidação como artefato cultural humano em meados da década de noventa.
Ela é moldada pelos humanos; porém, ao mesmo tempo, moldaos
incessantemente, como uma infovia de duas mãos. É a partir de então que se
consolida, também, a premente necessidade de se ter, na área da computação,
uma abordagem que exceda o olhar centrado excessivamente nas ciências exatas
e nas tecnologias em si, contemplando também e principalmente os
relacionamentos humanos, os quais, até então, estavam relegados a plano
secundário. Desta maneira, incorporase nessa área de estudos, as ciências
humanas, como a Psicologia Cognitiva, a Lingüística, a Antropologia, a Sociologia,
a Ergonomia, etc., visto que somente os estudos das ciências exatas não dão
conta da complexidade que a Internet apresenta, com suas “n” interações sociais e
multiculturais, além tão somente dos aspectos técnicos.
No entanto, sabendo que nossas atividades profissional e pessoal no atual cenário
digital dependem também dos designers de programas (softwares) de
computadores, é importante conscientizarse que a mulher tem colaboração a
prestar nessa área de estudos, investigação e produção. Além de Sarah Flannery
e Jude Milhon há diversos outros exemplos. No Brasil, o cenário de produção de
programas para computadores começa a ter cada vez mais mulheres,
principalmente aquelas que têm o perfil de Pedagogas e com cursos de extensão,
especialização, ou mestrado em Tecnologia, Computação, ou Informática, que
estão sendo integradas em equipes que produzem CDROOMs, sites Web para
fins educacionais; ou de jogos; ou para atender empresas e indústrias; além, claro,
das pioneiras, a exemplo de Maria Rosilene Ferreira Lopez, bacharel em Física
pelo Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP), com
especialização em Engenharia de Sistemas, e Mestranda em Engenharia de
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Software, atuando no mercado de trabalho há 25 anos no Instituto de Pesquisas
Tecnológicas (IPT) e 4 anos no IFUSP.
Em síntese, entendendose que as diferenças estabelecidas entre homens e
mulheres são construções sociais, em sua base de relações, é de extrema
importância conscientizar as mulheres da importância de posturas críticas quanto
ao cenário digital visando a perceber se há neles a reprodução dos papéis sociais;
se há o reforço ou diminuição ou eliminação destes padrões sociais, e sua
expressão em contextos culturais específicos, que resultam em maior igualdade de
gênero. Já existe uma série de estudos de gênero no mundo digital, dentre eles,
os que mostram resultados de abrandamento das barreiras sociais que persistem
no mundo real; outros que reforçam as situações deste mundo real, sendo o virtual
apenas seu reflexo (como a exploração das imagens das mulheres direcionadas à
infopornografia); ou os que priorizam a questão da identidade on e off line, sendo
que uma das gurus neste tema é a psiquiatra e pesquisadora Sherry Turkle, que
provocativamente sugere que o self ou a identidade só expressase plenamente
online; ou mesmo poder. Há que se ter aprendizado adequado e intenso visando a
eliminar tanto quanto possível as desigualdades entre os gêneros.
Fonte: A Inclusão Digital da Mulher
http://www.cidade.usp.br/educar/?monografias/masculinofeminino/gentecsoc...
Unidade 5 – Projeto de Pesquisa
Encontro 9 – Definição de Pesquisa
Finalizar os Blogs
Dinâmica: finalizando os blogs
os grupos de trabalho criam, editam e finalizam a página Web;
O Blog:
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Tema sobre gênero: por exemplo, gênero e meio ambiente, gênero e violência,
gênero e tecnologia, gênero e participação.
Fotos.
Textos (entrevistas, histórias, notícias, entre outras coisas).
Questões para provocar retorno.
Dinâmicas para motivar colaboração.
Links importantes
Importante: o oficineiro deve apoiar os participantes na montagem, no design da
página e pode também direcionálos para sites com informações relevantes.
Dinâmica: Os blogs são um trabalho em andamento
Encontro 10 – Apresentação de Blogs e Avaliação Participativo
realizar as apresentações;
realizar uma dinâmica de colaboração;
realizar uma avaliação do curso.
Dinâmica
As pessoas formarão dois círculos, um dentro do outro. Os participantes escrevem
num papel um objetivo que querem realizar, os quais serão distribuídos de forma
que cada integrante dos círculos tenha um. O círculo interno deve ficar de frente
para o externo, de maneira que cada pessoa tenha um par.
O oficineiro dará em média 2dois minutos para que as pessoas do círculo interno
façam suas perguntas e obtenham consultoria das pessoas do círculo externo.
Apenas as pessoas do círculo interno se movimentam até chegarem ao seu par
inicial. Dessa maneira, elas recebem respostas de todas as pessoas do círculo
externo e, a partir daí, será feito o processo inverso para que todos os integrantes
façam perguntas e dêem respostas.
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A idéia é mostrar que juntos podemos encontrar soluções dos problemas
complexos do mundo.
Dinâmica de encerramento: Avaliação do Corpo
Avaliar a satisfação em relação às atividades desenvolvidas; explorar os
aprendizados pessoais e emocionais dos participantes.
Os participantes e os convidados podem participar nessa avaliação.
Materiais:
Uma folha de papel do tamanho de um corpo
Canetões
Cartas
Fita adesiva
Instruções:
Desenhar um corpo
Os participantes devem definir com uma palavra, frase ou desenho, o que eles
aprenderam com: a mente, o coração, as mãos e os pés. Essas palavras, frases
ou desenhos, são escritos nos cartões e colocados nos locais correspondentes do
corpo desenhado.
Significados de cada parte do corpo
Mente: novos conhecimentos cognitivos.
Coração: valores
Mãos: habilidades práticas
Pés: próximos passos.
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Esta é uma autoavaliação; as respostas podem ser compartilhadas entre o grupo
ou afixadas na parede para que todos possam apreciar.
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