Oficina Telecentros comunitários
1. Nome da Oficina e das Unidades
Telecentros comunitários
Unidades:
01. Telecentro comunitário: o que
é e para que serve?
02. Vivenciando um Telecentro.
03. Reinventando o Telecentro.
04. A semente é criada.
Figura 1 Telecentro – Acervo MetaReciclagem
2. Descrição
A Oficina Telecentros comunitários procura demonstrar, através de
diferentes técnicas, a importância dos espaços de acesso público a Internet para a
universalização do acesso aos meios, ferramentas, conteúdos e saberes da
sociedade da informação e comunicação.
3. Princípios
As tecnologias digitais utilizadas nos Telecentros comunitários são
instrumentos para o desenvolvimento humano e da própria comunidade
participante. O foco principal deste espaço é o uso social e a apropriação de
ferramentas tecnológicas em função de um projeto de transformação social para
melhorar as condições de vida das pessoas.
4. Públicoalvo
Crianças, jovens e adultos que nunca tenham tido ou que tenham pouco
contato com computador e que desejem promover, através de diferentes formas,
seu desenvolvimento pessoal e social.
1Oficina Telecentros comunitários
5. Cargahorária
Oficina para ser desenvolvida em cerca de 8 encontros presenciais de duas
horas e meia (2:30h) cada, totalizando uma carga horária de 20 horas.
6. Objetivos educacionais
Objetivos Gerais:
Promover a participação e organização da comunidade
Para que um Telecentro tenha sucesso e se sustente como iniciativa de
inclusão digital e social, é imprescindível a participação efetiva da comunidade.
Sendo assim, promover esse trabalho na implantação, montagem e melhora
contínua do telecentro pode ser um processo lento e trabalhoso, porém, decisivo
para que a comunidade se apodere e se comprometa com o bom funcionamento
deste espaço. Além disso, este local possibilita a construção de novas formas de
organização, fortalecendo as capacidades individuais e coletivas, promovendo
novos líderes e auxiliando a solucionar problemas e necessidades concretas das
pessoas envolvidas.
Estimular o desenvolvimento do raciocínio crítico
É necessário estimular e fornecer elementos para que o participante não
seja apenas um consumidor desta nova mídia, mas que desenvolva habilidades
digitais e seja capaz de fazer uma apropriação crítica destas, acessando aos
meios, ferramentas, conteúdos e saberes da rede mundial para, assim,
amadurecer na forma de se perceber e na maneira de enxergar o mundo a sua
volta, podendo, então, alavancar transformações internas e externas.
Proporcionar a consolidação de uma visão social
Mais que um assunto de conectividade, os telecentros oferecem uma
oportunidade de acesso, uso e apropriação de tecnologias digitais para solucionar
problemas e contribuir para o desenvolvimento humano integral. O ponto de
partida não é a instalação de equipamentos e conexões e sim, a organização
2Oficina Telecentros comunitários
comunitária para a solução de seus problemas específicos, os quais podem mudar
de um contexto a outro. A melhor maneira de ancorar os telecentros a uma visão
social é planejálos e instalálos de modo que se integrem a outros espaços e
atividades de comunicação que funcionem bem com a comunidade. Estas
atividades podem ser rádios comunitárias, bibliotecas públicas, centros e grupos
culturais, organizações comunitárias, escolas, entre outras.
Figura 2 Escola – Fonte: http://www.cbpf.br/~eduhq/html/tirinhas/tirinhas.php
Gerar trabalho e renda
Fortalecer habilidades e
conhecimentos, tanto técnicos como
conhecimentos transversais, podem abrir
novas oportunidades de trabalho ou de
geração de renda. Também pode auxiliar
a consolidar os micro e pequenos
empreendimentos locais, melhorando sua
gestão, capacidade de negociação,
acesso à informação, a compras e a publicidade.
Figura 3 – MetaProdutos – Acervo MetaReciclagem
3Oficina Telecentros comunitários
Fomentar a educação
Os Telecentros propiciam o acesso à informação e conhecimentos
complementares às atividades escolares. Além disso, contribuem para a educação
nãoformal nas comunidades e proporciona a oportunidade para os usuários
serem autoditadas.
Figura 4 – Educação X Consumo – Fonte: http://www.cbpf.br/~eduhq/html/tirinhas/tirinhas.php
Melhorar a saúde
Através da conectividade com os saberes da rede mundial de
computadores, os Telecentros transformamse em locais de acesso e
disseminação da informação sobre doenças, tratamentos, medicamentos,
medicina preventiva e alternativa, higiene e educação sexual.
Figura 5 Saúde – Fonte: http://www.cbpf.br/~eduhq/html/tirinhas/tirinhas.php
Fortalecimento da autoestima
As atividades no Telecentro fazem as pessoas desenvolverem sua
criatividade, a capacidade de trabalhar em equipe e, paralelamente, conhecerem
suas próprias capacidades, de forma a visualizarem um futuro melhor para si.
4Oficina Telecentros comunitários
Desta maneira, dão para si o devido valor e se transformam em agentes
multiplicadores da cidadania.
Fortalecimento de grupos menos favorecidos
Oferecer instrumentos que possem fortalecer e ajudar a defender vozes e
reivindicações dos mais variados grupos sociais, como: grupos jovens, grupos
indígenas, grupos de mulheres, trabalhadores rurais e outros setores
marginalizados ou explorados.
Estimular a comunicação e cultura
Facilitar a criação de diferentes formas de expressão artística e cultural,
com a combinação de tecnologias de comunicação úteis à comunidade: vídeo,
rádio, meios impressos (jornais, revistas, fanzines), Internet, programa de
animação e outros.
Objetivos Específicos
Mostrar aos participantes da Oficina e, conseqüentemente, à comunidade, o
Telecentro como uma nova utopia de escola, que pode ser amplamente utilizado
para o crescimento interior, pesquisa, desenvolvimento pessoal, acesso a
multimídia, expansão crítica e de consciência, apropriação de tecnologia,
ampliação da cultura e educação, socialização, entre outros. Os aprendizes devem
compreender as diferentes possibilidades de usos dos microcomputadores ligados
em rede, o funcionamento descentralizado desta rede e o que isso implica em
termos de potencial de democratização do conhecimento.
7. Habilidades e competências
1. Compreender o que é um Telecentro comunitário; 2. Saber identificar e
suprir as necessidades locais e pessoais dos participantes dos Telecentros; 3.
Criação de instrumentos de apoio à organização e promoção comunitária, em
5Oficina Telecentros comunitários
combinação com outros meios e ferramentas de comunicação; 4. Criação,
desenvolvimento e manutenção de redes de informação, promovendo o
intercâmbio de informações e experiências fazendo com que o Telecentro tenha
um alcance muito além do local instalado; 5. Promover a capacitação permanente
dos participantes para fortalecer o uso e a apropriação das ferramentas que
oferece um Telecentro comunitário; 6. Promover o monitoramento e a avaliação
constantes do Telecentro, permitindo assim, o seu desenvolvimento; 7. Enfatizar a
missão social para contribuir no desenvolvimento humano integral.
8. Materiais
Descritos detalhadamente em cada atividade.
9. Avaliação do conteúdo assimilado pelos participantes
Essa avaliação se dará pela criação conjunta de um documento impresso
ou virtual, baseado nos objetivos educacionais da oficina Telecentro comunitário a
partir da vivência construtiva realizada nos encontros.
6Oficina Telecentros comunitários
10. Avaliação da oficina
Avaliação diária dos participantes em relação à oficina
Avaliação diária
(Justifique a sua resposta no verso)
Muito bom
Bom
Regular
Ruim
Avalie o seu dia de trabalho
Avalie o oficineiro neste dia de trabalho
Avalie o conteúdo do curso neste dia
Avalie a metodologia utilizada
Avaliação final dos participantes em relação à oficina
Prezado Participante,
Ficamos gratos por sua participação na oficina Telecentros comunitários. O
sucesso do Casa Brasil depende muito da sua colaboração e nós gostaríamos de
saber o que você achou e se essa experiência foi útil para você. O objetivo desse
questionário é fornecer aos oficineiros e gestores do Casa Brasil um retorno
valioso, para melhorar as próximas oficinas. Por isso, é muito importante seus
comentários, avaliações e opiniões. Solicitamos, portanto, a gentileza de
preencher o questionário abaixo.
Local da oficina: _____________________________________
Data: ______________________________________________
Por quantos dias você participou da oficina?________________
INSTRUÇÕES
Indique o seu grau de satisfação ou insatisfação nos itens abaixo. Marque o
número correspondente à sua avaliação. O número 4 significa que você está muito
7Oficina Telecentros comunitários
de acordo com a opinião, 0 significa que você não concorda com a opinião e o 3, 2
e 1 são respostas intermediárias.
Por favor escolha o número correspondente a sua opinião em uma escala de 1 a 4
, sendo que:
0 = Totalmente discorda, a impressão mais negativa.
1 = Discorda.
2 = Nem concorda nem discorda.
3 = Concorda.
4 = Totalmente concorda, a impressão mais positiva
Escolha N/A se o item não está apropriado nem aplicável a essa oficina.
PRÉOFICINA
1 . Os objetivos da oficina ficaram claros na divulgação.
2. As informações sobre o local da oficina e os procedimentos de inscrição
estavam fáceis de localizar e entender.
CONTEÚDO E ORGANIZAÇÂO DA OFICINA
3. A oficina atendeu minhas expectativas.
4. Os objetivos e conceitos utilizados na oficina foram bem explicitados.
5. A oficina seguiu a agenda prédeterminada.
6. Eu fiquei satisfeito com o espaço físico e a tecnologia disponível nesta oficina
7. A habilidade dos oficineiros de apresentar o assunto foi bem didática.
8. Os oficineiros estavam bem preparados e organizados.
9. Os oficineiros eram prestativos e responderam bem as perguntas.
8Oficina Telecentros comunitários
RESULTADOS DAS OFICINAS
10. A oficina foi uma boa oportunidade de aprender sobre Telecentros
comunitários.
11. Como você melhoraria essa oficina? (Escolha todos que se aplicam marcando
um X)
________ Fornecendo melhores informações antes da oficina.
________ Tornando mais claro os objetivos da oficina.
________ Reduzindo o conteúdo da oficina.
________ Aumentando o conteúdo da oficina.
________ Melhorando os métodos de ensino/facilitação.
________ Fazendo atividades mais estimulantes durante as oficinas.
________ Melhorando a organização da oficina.
________ Aumentando a carga horária da oficina.
________ Diminuindo a carga horária da atividade.
Por favor, responda estas questões com suas próprias palavras.
12. Qual foi a principal razão para participar da oficina?
13. Qual foi o destaque da oficina?
14. Essa oficina despertou algo em você? Mudou seu ponto de vista sobre algum
assunto? Trouxe algo de novo?
15.Você recomendaria essa oficina para um amigo ou colega?
16. O que fez desta oficina agradável e emocionante?
17. Deixe outros comentários e sugestões que considerar relevante.
Avaliação final participativa orientada aos oficineiros
Perguntaschave de avaliação entre oficineiros.
9Oficina Telecentros comunitários
1. Fizemos o que dissemos que faríamos? Se não, esclareça os possíveis motivos.
2. O que aprendemos sobre o que deu certo e o que deu errado?
3. Que diferença fez o que fizemos neste trabalho?
4. O que poderíamos ter feito de diferente?
5. Como podemos utilizar o que descobrimos através das avaliações?
10Oficina Telecentros comunitários
11. Detalhamento
Unidade 01 Telecentro comunitário. O que é e para que serve?
Encontro 01 – O que é um Telecentro comunitário?
Realizar a apresentação dos participantes e do oficineiro.
Metodologia: Dinâmica de integração
Técnica: Carrocel musical
Fonte: Projeto Crescer e Ser
Objetivos: Promover a integração entre os participantes; estabelecer um clima de
maior intimidade dentro do grupo; ampliar o conhecimento de si e do grupo.
Material necessário: Som portátil e CD ou fita cassete com de música animada.
Desenvolvimento:
1. Formar dois círculos, de pé, um dentro do outro, com o mesmo número de
participantes, de modo a formar duplas, frente a frente.
2. O facilitador coloca uma música alegre, solicitando que ambos os círculos
se movimentem para o seu lado direito, no ritmo. Quando a música for
interrompida pelo facilitador, o grupo deve parar onde estiver, procurando
arrumarse frente a frente, formando um novo par.
3. Os pares devem dizer o próprio nome um ao outro e responder ambos à
pergunta feita pelo facilitador.
4. Repetir o mesmo procedimento dos passos 2 e 3 cinco ou seis vezes, com
perguntas diferentes, de acordo com o tema que se deseja trabalhar.
Exemplo de perguntas:
11Oficina Telecentros comunitários
a.
b.
c.
d.
e.
O que em você mais atrai as pessoas?
O que você mudaria em si próprio?
Qual a qualidade que mais aprecia em você?
O que mais lhe incomoda nas pessoas?
O que você pretende aprender e ensinar nesta oficina?
Comentário: Para adolescentes, este é um trabalho que desperta interesse.
Inclui movimento, uma nova forma de integrar as pessoas, colocandoas frente a
frente e possibilitando a comunicação.
O facilitador pode aumentar o número de questões, mudálas ou adaptálas
para outras temáticas. A atividade permite inúmeras variações e pode, assim, ser
realizada mais de uma vez, no mesmo grupo, em diferentes ocasiões. O facilitador
deve ter cuidado nos momentos de pausa, para as duplas não se repetirem.
Esta dinâmica, além de trabalhar a integração grupal, favorece o surgimento de
percepções relacionadas a identidade.
Definição do papel relator e do compromisso de convivência e
aprendizagem do grupo durante a oficina.
Metodologia: Explicação expositiva
Material necessário: Papel pardo (1), pincel atômico (1) e fita crepe (1)
Procedimentos
Explicação do papel de relator que será exercidos pelos participantes nos dias da
oficina.
Relator: responsável pelo relato, digitação e envio deste por email aos demais
participantes descrevendo detalhadamente as atividades ocorridas no encontro
anterior.
Comentário: Estimule o relator, quando for apresentar seu relato, a cumprir sua
função de maneira criativa. Por exemplo, peça para ele fazer o relato de gravata e
paletó.
12Oficina Telecentros comunitários
A apresentação oral do relator não precisa ser realizada de maneira muito
detalhada, porém, o material enviado para os demais participantes terá que ser
mais completo. Isso se faz necessário pois no último dia de oficina será
desenvolvida uma dinâmica de criação de um material impresso ou virtual do que
foi construído por todos durante os trabalhos. Essa será a avaliação final
realizada pelo oficineiro do aprendido pelos participantes. Portanto, deixe
bem claro para os relatores a sua importância neste processo.
Para que todos participem deste processo, divida essa função de forma que
todos sejam contemplados, isto é, poderá haver mais de um relator por dia.
Portanto, terão que trabalhar juntos, tanto na apresentação oral, como na
confecção do documento diário. Anote os nomes dos responsáveis no papel pardo
e afixe em local visível.
Criação do compromisso do grupo
Perguntar aos integrantes do próprio grupo quais são as condições
necessárias para uma boa convivência e aprendizagem (por exemplo,
pontualidade, respeito, flexibilidade, união, participação, dedicação etc). Estas
condições devem ser expressadas pelos próprios indivíduos e anotadas em folhas
de papel pardo ou cartolina pelo oficineiro. Após esta fase, o facilitador deverá
perguntar se concordam com todos os itens. Pedirá para todos assinarem a folha
de papel, para então afixála em local visível em todos os encontros.
Podese sugerir que, se alguém não cumprir com os compromissos durante
a oficina, pague uma prenda indicada pelos participantes.
Objetivos:
O papel de relator visa manter um vínculo de aprendizagem entre um
encontro e outro, além de promover uma colaboração mais efetiva dos
participantes nos processos da oficina.
O compromisso do grupo tem como objetivo a criação de um acordo de
trabalho saudável e produtivo, desenvolvido pelos próprios participantes.
13Oficina Telecentros comunitários
O significado de Telecentro comunitário
Metodologia: Dinâmica de grupo
Técnica: Dicionário amigo
Objetivos: Promover a construção, pelos próprios participantes, do significado de
Telecentro comunitário.
Material necessário: Pedaços de papel contendo diferentes palavras com os
prefixos ou sufixos de telecentro e comunitário. Folhas de papel sulfite. Canetas ou
lápis. Folha de papel pardo ou cartolina e pincel atômico.
Procedimento
1. Forme 4 equipes de 5 pessoas, em um grupo de 20. Entregue a cada
equipe um conjunto idêntico de papéis contendo diversas palavras que
contenham prefixos ou sufixos das palavras telecentro e comunitário e
uma folha de papel sulfite com uma caneta ou lápis.
2. A equipe terá, baseada nos seus próprios conhecimentos e no
significado das palavras entregues, criar em conjunto o significado de
Telecentro comunitário e apresentar este para as outras equipes.
3. Após todas as apresentações, o facilitador usará as frases criadas mais
os seus conhecimentos para, junto com o grupo, criar o conceito de
Telecentro comunitário, afixando este escrito em cartolina em um local
visível a todos.
4. Exemplos de palavras: cen.tro: s. m. 1. Geom. Ponto situado a igual
distância de todos os pontos de uma circunferência ou da superfície de
uma esfera. 2. Geom. Meio de uma linha reta, que divide uma figura ou
espaço em duas partes iguais. 3. Meio de qualquer espaço: O c. da
praça. 4. Ponto para onde as coisas convergem, como para a sua
posição natural de repouso. 5. Lugar onde habitualmente se procuram
certas coisas ou se tratam certos negócios. 6. Polít. Posição daqueles
que, nos confrontos políticos, tomam posição entre os extremos. 7.
14Oficina Telecentros comunitários
Futebol. Ato ou efeito de centrar; cen.tra.li.za.do: adj. Unido em um
centro; cen.tral: adj. m. e f. 1. Referente a centro. 2. Situado no centro.
S. f. 1. Estação distribuidora. 2. Sede, ponto principal; te.le.co.man.dar:
v. Tr. dir. Comandar à distância; teleguiar; te.le.vi.são: s. f. 1. Sistema
eletrônico para transmitir imagens fixas ou animadas, juntamente com o
som, através de um fio ou do espaço, por aparelhos que os convertem
em ondas elétricas e os transformam em raios de luz visíveis e sons
audíveis. 2. Aparelho receptor de imagens televisionadas; televisor, tevê.
3. Estação transmissora de imagens televisionadas. 4. Conjunto das
atividades e programas artísticos, informativos e educativos,
apresentados por meio da televisão; co.mum: adj. m. e f. 1. Pertencente
a todos ou a muitos. 2. Habitual, normal, ordinário. 3. Vulgar. 4. De
pouca importância, de pouco valor; insignificante. 5. Abundante. S. m. O
geral, a maioria. S. m. pl. Câmara dos representantes eleitos pelo povo
da Inglaterra. — C.dedois: dizse do substantivo que tem uma única
forma para os dois gêneros, sendo o artigo que determina o sexo: o
artista, a artista; o jovem, a jovem etc; co.mu.ni.da.de: s. f. 1. Qualidade
do que é comum. 2. Participação em comum. 3. A sociedade. 4.
Pessoas que vivem agrupadas, especialmente quando sujeitas a uma
regra religiosa. 5. Lugar que elas habitam em comum.
Comentário: este é um trabalho que estimula a discussão, promovendo a
exposição e o debate de idéias conceituais, estimulando a contribuição de todos a
partir de um esforço individual e coletivo.
Além disso, esta dinâmica promove a integração grupal em busca de um
objetivo comum e o desenvolvimento do consenso a partir de argumentação.
Após trabalhar os textos de apoio nos encontros, ou estimulálos a fazerem
pesquisas sobre o tema. Façaos refletir sobre os espaços da Casa Brasil.
Finalizar o encontro com a avaliação diária (descrita anteriormente) e com um
“batepapo” informal, com o intuito de percepção dos sentimentos dos
participantes quanto as atividades do dia.
15Oficina Telecentros comunitários
Textos de apoio – Encontro 1
O que é um Telecentro?
De uma maneira geral, Telecentros são espaços com computadores
conectados à Internet banda larga. Cada unidade possui normalmente entre 10 e
20 microcomputadores. O uso livre dos equipamentos, cursos de informática
básica e oficinas especiais são as principais atividades oferecidas à população.
Cada Telecentro possui um Conselho Gestor, formado por membros da
comunidade e eleitos pela mesma, que ajudam os funcionários na fiscalização e
gestão do espaço. É um projeto de uso intensivo da tecnologia da informação para
ampliar a cidadania e combater a pobreza, visando garantir a privacidade e
segurança digital do cidadão, sua inserção na sociedade da informação e o
fortalecimento do desenvolvimento local. Um dos objetivos principais do projeto é
organizar uma rede de unidades de múltiplas funções que permita às pessoas
adquirirem autonomia tecnológica básica e privacidade
De acordo com o Censo 2000 do IBGE, apenas 10,6% dos domicílios
brasileiros têm computadores. Tudo indica que o Brasil tem 13,6 milhões de
usuários de Internet (7,74% da população do país), segundo dados de maio de
2002. Argentina, Chile, Peru e Uruguai, países com populações menores que a
brasileira, têm um percentual maior de usuários de Internet 10,38% na Argentina,
20,02% no Chile, 10,73% no Peru e 13,61% no Uruguai.
O Estado que apresenta o maior grau de inclusão digital é o Distrito Federal, e
o menos incluído é o Maranhão. Entre os mais incluídos temos ainda: São Paulo,
Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná. Já entre os menos incluídos estão o
Piauí, Tocantins, Acre e Alagoas. Vemos que a média educacional mais alta entre
essas dez unidades da Federação é a do Distrito Federal: nove anos de estudo e a
renda mais alta: R$ 2.255,00 em média. Este dado confirma não só a importância
da educação na geração de renda, como a importância de ambas variáveis na
inclusão digital. Por outro lado, devido as características do processo econômico
social brasileiro é nítido que mesmo nos Estados mais ricos existe um enorme
grau de exclusão digital, como ocorre nas periferias das grandes cidades e em
áreas como o Vale do Ribeira (SP) e a Baixada Fluminense (RJ).
16Oficina Telecentros comunitários
Retirado de:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Telecentro
http://www.idbrasil.gov.br/docs_telecentro/docs_telecentro/
Telecentro Plano de Inclusão Digital e Cidadania
Com os telecentros comunitários, a Prefeitura leva informática e acesso à
internet para as regiões mais pobres de São Paulo (SÃO PAULO, SP)
Introdução Pobre tem direito a usar computador e Internet?
O uso de tecnologia da informação e o acesso a Internet são mais uma
forma de segregação na sociedade brasileira, e isso não é diferente no município
de São Paulo. Aos pobres e excluídos não são dadas possibilidades iguais às da
elite para desenvolver habilidades de uso da tecnologia e para empregálas em
benefício próprio. É a chamada exclusão digital, manifestação da exclusão social
mais ampla, que deve ser compreendida como um processo a ela associado,
alimentando e sendo alimentada por ela. Fundase em obstáculos econômicos,
ausência de infraestrutura e carências de educação (VAZ, 2002). Além disso, é
preciso levar em conta as barreiras ao acesso ocultas sob as relações sociais,
como as impostas pelas relações de gênero, por exemplo (VAZ e MATTOS, 2000).
Ainda recentemente, o problema ganhou status de objeto de política pública
com foco na promoção da igualdade de oportunidades. A política de inclusão
digital é, portanto, uma política de combate a um aspecto específico da exclusão
social, a privação de acesso a um conjunto de recursos decisivos para o acesso à
cultura, ao trabalho, à educação, à informação e a outros direitos.
Dificilmente a inclusão digital pode ser resolvida em termos individuais ou
com medidas governamentais de curto prazo. As proporções da demanda
17Oficina Telecentros comunitários
reprimida são consideráveis. Assim, uma política de inclusão digital com objetivos
ambiciosos passa necessariamente pela implantação de telecentros comunitários.
A política de inclusão digital da Prefeitura Municipal de São Paulo,
conhecida como Telecentro Plano de Inclusão Digital e Cidadania, foi posta em
operação em 2001 e contava com 61 unidades em agosto de 2003 e mais de 183
mil usuários cadastrados. O número de cidadãos que já concluíram o curso de
informática básica superou a marca dos 23 mil no período entre 2001 e 2002. Hoje
é a iniciativa governamental de inclusão digital mais significativa do país, ao
menos em nível municipal.
A situação financeira da Prefeitura de São Paulo em 2001 era notoriamente
crítica, como pode ser constatado pela leitura dos jornais e revistas da época. Não
havia nenhuma ação de inclusão digital em curso, nem equipamentos de
informática disponíveis.
A escala do município de São Paulo torna o problema da exclusão digital
mais difícil do que em outras localidades: tratase de milhões de pessoas
excluídas, para as quais a ausência de acesso à Internet e à tecnologia da
informação é apenas mais uma de suas carências, não percebida como prioritária
pela maioria, ou sequer percebida por muitos. A grande extensão territorial do
município, as deficiências e o custo do transporte coletivo dificultam a utilização da
Internet em equipamentos de inclusão digital localizados em áreas centrais ou nos
centros de bairro.
Como uma prefeitura em situação de penúria financeira, com sua
capacidade operativa destruída, poderia fazer um programa de inclusão digital em
uma cidade de dimensões gigantescas, com condições econômicas e
demográficas críticas, e pressionada por diversas carências da população pobre?
Retirado de:
www.ufmg.br/online/arquivos/003226.shtml
18Oficina Telecentros comunitários
Unidade 01 Telecentro comunitário O que é e para que serve?
Encontro 02 – Para que serve um Telecentro comunitário?
Início das atividades do dia
Metodologia: Dinâmica de integração
Técnica: Formas com o corpo
Fonte: Projeto Crescer e ser
Objetivo: Darse conta da importância de cada indivíduo no processo grupal.
Procedimento
1. Formar subgrupos de aproximadamente sete pessoas.
2. Os subgrupos se espalham pela sala. O facilitador explica que dirá uma
palavra e, simultaneamente, cada subgrupo deverá compor com seus
corpos, sem falar, uma imagem que corresponda à palavra dita.
3. Dizer cada palavra dando um pequeno tempo para criação da forma.
Sugestões de palavras: casa – coração – avião – cama – ponte – barco
– vela – estrela etc.
4. Plenário – o grupo comenta o trabalho, analisando a criatividade dos
subgrupos, a cooperação e como se sentiram durante a construção das
formas.
Comentário:
Nesta dinâmica, a inclusão do corpo possibilita que algumas
dificuldades de expressão sejam observadas e levanta elementos que indicarão a
direção a tomar no trabalho com o grupo. Por exemplo: grupos cujos movimentos
são contidos e presos necessitam de atividades corporais.
Além disso, cria um clima de colaboração e alegria, importante para o
para o processo grupal. Esta atividade pode abrir novas possibilidades para outros
19Oficina Telecentros comunitários
trabalhos semelhantes, nos quais se pretenda aprofundar alguns dos aspectos
escolhidos, como cooperação, criatividade, familiaridade com o próprio corpo etc.
Como o grupo é dividido em subgrupos e todos realizam atividade ao
mesmo tempo, evitamse as críticas e a autocensura e possibilitase uma
expressão mais solta e espontânea. A divisão dos subgrupos deve ser feita de
forma a possibilitar a ampliação dos vínculos no grupo.
O fato dos integrantes não falarem entre si estimula a criatividade. É
importante que o facilitador observe como cada subgrupo toma suas decisões e
chega ao resultado final – se alguém domina, se todos contribuem, se alguém se
excluiu ou é excluído, se quebram a regra do silêncio etc.
Execução do relato das atividades do encontro anterior pelo relator.
Aspirações de um Telecentro
Metodologia: Trabalho em grupo
Técnica: Peça teatral, fantoche ou alguma outra atividade criativa desenvolvida
pelos participantes.
Objetivos: Promover a construção pelos próprios participantes das funções de um
Telecentro comunitário.
Material necessário: Tubos de cola (4), tesoura (4), Folha de papel pardo (várias,
conforme a necessidade do grupo), jogo de pincel atômico com várias cores (4) e
uma farta quantidade de material reciclável (garrafas PET, latas de aço ou
alumínio vazias e limpas, sacolas plásticas etc)
Procedimento
1. Promova a formação de 4 equipes de 5 pessoas, em um grupo de 20.
Entregue a cada equipe um conjunto idêntico contendo, tubo de cola,
tesoura, folhas de papel pardo, jogo de pincel atômico e material reciclável.
20Oficina Telecentros comunitários
2. Entregue a cada equipe um diferente objetivo educacional desta oficina
(descritos anteriormente neste documento). Os indicados, mas não
obrigatórios, para esta dinâmica são:
Promover a participação e organização da comunidade
Proporcionar a consolidação de uma visão social
Gerar trabalho e renda
Fomentar a educação
3. Orientálos a montar uma apresentação destes objetivos por meio de peça
teatral, fantoches ou outra forma bastante criativa, demonstrando como eles
podem efetivamente alcançar estas metas no telecentro. O uso dos
materiais entregues também é importante.
4. Definir claramente o tempo para montagem e o para apresentação dos
conteúdos desenvolvidos por eles.
5. Apresentação.
6. Plenário – o grupo comenta o trabalho, analisando a criatividade dos
subgrupos, a cooperação e como se sentiram durante a construção das
apresentações.
7. Comentário: este é um trabalho que estimula a discussão coletiva,
promovendo a exposição e o debate de idéias conceituais, estimulando a
contribuição de todos a partir de um esforço individual e coletivo.
Além disso, esta dinâmica promove a integração grupal em busca de
um objetivo comum e o desenvolvimento do consenso a partir de
argumentação.
Ap ós trabalhar os textos de apoio, ou estimular que os participantes façam
pequisas sobre o tema, novamente façaos refletir sobre o espaço do projeto Casa
Brasil.
Finalizar o encontro com a avaliação diária (descrita anteriormente) e com um
“batepapo” informal, com o intuito de percepção dos sentimentos dos
participantes quanto as atividades do dia.
21Oficina Telecentros comunitários
Textos de apoio – Encontro 2
Para que serve um Telecentro?
Combater a exclusão digital é o objetivo central dos telecentros. Tratase de
uma iniciativa fundamental para capacitar a população brasileira e inserila na
sociedade da informação, para assegurar a preservação de nossa cultura com a
construção de sites de língua portuguesa e de temáticas vinculadas ao nosso
cotidiano, qualificar profissionalmente nossos trabalhadores, incentivar a criação
de postos de trabalho de maior qualidade, afirmar os direitos das mulheres e
crianças, para um desenvolvimento tecnológico sustentável e ambientalmente
correto, aprimorar a relação entre o cidadão e o poder público, enfim, para a
construção da cidadania digital e ativa.
Figura 6 – Novas Tecnologias – Fonte: http://www.cbpf.br/~eduhq/html/tirinhas/tirinhas.php
A maior rede de computadores do mundo é tão importante para um
telecentro quanto livros são para uma biblioteca, é uma forma do cidadão excluído
interagir com o cidadão incluído, com o poder público, enfim com o mundo exterior,
a comunicação via internet hoje é tão importante para o conhecimento quanto o
rádio e a televisão, e com rapidez por vezes maior do que revistas e jornais,
entendemos que um computador desconectado da internet serve apenas como
uma maquina de calcular, uma máquina de escrever e um fliperama. Oferecer
22Oficina Telecentros comunitários
acesso à internet em um telecentro é possibilitar que um estudante de ensino
fundamental de uma escola pública tenha acesso às pesquisas e estudos de
várias universidades é disponibilizar para este mesmo estudante os acervos das
principais bibliotecas e museus do mundo, é oferecer a um desempregado que
tenha onde escrever seu currículo e inclusive enviálo sem custo algum, além de
diversas outras utilidades.
Serviços de atendimento (telecentro x sociedade x cidadão)
O espaço do Telecentro, além de ser um ponto de presença do governo, é
um ponto de referência da comunidade, portanto, o trabalho de recepção e
atendimento ao cidadão é fundamental.
O cidadão é a razão do funcionamento do Telecentro, portanto tem total
prioridade. Deve ser atendido tão logo chegue à unidade e encaminhado para as
atividades. Não deve haver filas nem aglomeração de pessoas no Telecentro. A
organização do local deve ser impecável, de tal forma que não atrapalhe a
programação. Porém, devese tomar o cuidado de garantir que todas as pessoas
sintamse bem atendidas e confortáveis.
O serviço de atendimento de um Telecentro deve ser tratado como
excelência, por isso cada funcionário deve ser devidamente treinado e qualificado
ao atendimento ao cidadão usuário de um telecentro. Os telecentros também
podem servir como espaço para discussões sociais e locais por exemplo, devendo
o funcionário ser devidamente treinado para lhe dar com esta diversificação de
funcionalidade do espaço.
O cidadão deve ser respeitado como cidadão e não somente como mais um
usuário, nos locais no qual os telecentros devem ser instalados cito grandes
periferias e áreas carentes, os cidadãos em sua maioria já são excluídos e
portanto o atendimento deverá ser feito de forma a agregar e estimular a volta
daquele mesmo cidadão para o uso posterior.
Existem oficinas nas quais poderão ser realizadas conforme o entendimento
da sociedade e decisão do Conselho Gestor, inclusive em seu dia e horário de
23Oficina Telecentros comunitários
funcionamento, o que por ventura poderá acarretar desagrado a alguns usuários,
mas todos os funcionários deverão saber contornar e solucionar a situação
conforme aprendido em seu curso de capacitação e seminários.
A melhor forma de manter o ambiente tranqüilo e as atividades bem
encaminhadas, é através do atendimento imediato de cada cidadão após a sua
chegada ao telecentro.
Inclusão digital é sinônimo de Software Livre
Para que a inclusão digital seja economicamente sustentável e vinculada ao
processo de autonomia tecnológica nacional, deverá utilizar plataformas abertas e
nãoproprietárias. O simples fato de desenvolver softwares livres é um elemento
de afirmação de nossa cidadania, de nossa inteligência coletiva, de redução da
dependência tecnológica e do pagamento de royalties ao Primeiro Mundo. A
essência do software livre reside em quatro liberdades que seus usuários devem
exercer:
1. liberdade de executar o programa para qualquer propósito;
2. liberdade para estudar o programa e adaptálo às suas necessidades, ou
seja, de ter acesso ao seu códigofonte;
3. liberdade de redistribuir suas cópias originais ou alteradas;
4. liberdade para aperfeiçoar o programa e liberálo para benefício da
comunidade.
O Plano de Inclusão Digital e Alfabetização Tecnológica aprofunda a visão
da educação entendida como prática social transformadora da sociedade. A
reflexão crítica da sociedade e da mundialização será utilizada para fomentar
práticas criativas de recusa de todos os sentidos da exclusão social, inclusive de
sua feição tecnológica e concentradora de conhecimento em círculos fechados do
Primeiro Mundo. Por isso, o uso do software livre é uma decisão política
educacional.
O que é uso livre?
24Oficina Telecentros comunitários
O uso livre dos equipamentos é a única forma do cidadão aprender a utilizar
tecnologia, suprindo suas necessidades e deve ser entendido como uso múltiplo.
Os cidadãos poderão imprimir documentos, enviar mensagens eletrônicas,
consultar sites governamentais e nãogovernamentais, fazer pesquisas escolares,
acessar sites de entretenimento, usar jogos eletrônicos, entre outras
possibilidades. Somente será vetado o acesso aos sites pornográficos, aos que
incitam atividades criminosas, que pratiquem discriminação racial, religiosa, de
gênero ou preconceito de qualquer natureza.
Retirado de:
http://www.idbrasil.gov.br/docs_telecentro/docs_telecentro/
25Oficina Telecentros comunitários
Unidade 02 Vivenciando um Telecentro.
Encontro 03 – MetaReciclagem
Figura 7 – Mobile de CDs – Acervo MetaReciclagem
Início das atividades do dia:
Metodologia: Dinâmica de grupo
Técnica: Autoavaliação grupal
Fonte: Projeto Crescer e Ser
Objetivo: Criar oportunidade para que os participantes façam uma reflexão sobre
as dificuldades e as contribuições de cada integrante no grupo.
Material: Uma folha de papel sulfite e um lápis ou caneta para cada participante.
Procedimento
1. Grupo sentado em círculo.
2. Distribuir papel e lápis para os membros do grupo.
26Oficina Telecentros comunitários
3. Pedir que respondam sinceramente por escrito: “Qual a minha maior
dificuldade neste grupo?”
4. Recolher todos os escritos, misturálos e redistribuílos.
5. Cada participante lê alto as dificuldades do outro como se fossem suas e dá
sugestão para resolvêlas.
6. Plenário – analisas as sugestões surgidas:
- Quais são as maiores dificuldades do grupo?
- Que sugestões chamaram a sua atenção?
- De tudo o que ouviu, o que surpreendeu você?
7. Comentário: Esta atividade permite a cada um avaliar a sua própria
inserção no grupo e buscar formas para resolver as dificuldades levantadas.
Possibilita ao facilitador perceber entraves existentes no grupo e, a partir
deles, criar novas dinâmicas com o objetivo de esclarecêlos e tornálos
transparentes para todos.
Execução do relato das atividades do encontro anterior pelo relator.
Fazendo MetaReciclagem
Metodologia: Confecção de esculturas MetaRecicladas
27Oficina Telecentros comunitários
Figura 8 – Dom Quixote Digital – Acervo MetaReciclagem
Objetivos: Criar novas oportunidades de geração de renda e trabalho, a partir de
princípios criativos de reapropriação tecnológica, ou seja, da invenção de novas
formas de utilização do material.
Desenvolver a criatividade e a livre
expressão, promovendo assim, estímulos a comunicação e a cultura e um
fortalecimento da autoestima. Esta atividade serve, então, para reforçar os
vínculos com os objetivos educacionais da oficina.
Material necessário: Furadeira (1 ou 2, se possível), brocas de aço, fio de
extensão, arame fino (1 rolo), farta sucata de informática (gabinetes, chips, placas,
mouses etc), martelos, chaves Philips, chaves de fenda e alicates.
Desenvolvimento:
1. Colocar todo o material relacionado no centro da sala.
2. Explicar a atividade para os participantes.
3. Eles deverão se expressar livremente na confecção de esculturas,
utensílios úteis ou qualquer outra manifestação criativa que tiverem.
4. Exposição das obras para todo o grupo.
28Oficina Telecentros comunitários
5. Estimular uma discussão em torno do tema MetaReciclagem
Comentário: Promover uma reflexão à respeito das sensações despertadas na
criação da obra pode auxiliálos a uma maior percepção de si próprios.
Após trabalhar idéias do texto complementar, estimular que os
participantes reflitam como algumas dessas idéias podem ser aplicadas na
unidade Casa Brasil.
Finalizar o encontro com a avaliação diária (descrita anteriormente) e
com um “batepapo” informal, com o intuito de percepção dos sentimentos dos
participantes quanto as atividades do dia.
29Oficina Telecentros comunitários
Texto complementar – Encontro 3
Projeto MetaReciclagem Campinas
Introdução
MetaReciclagem é uma metodologia descentralizada de reapropriação
tecnológica para a transformação social. Os principais focos da MetaReciclagem
são a criação de centros de MetaReciclagem e a pesquisa e desenvolvimento de
alternativas tecnológicas livres e flexíveis. Os centros de MetaReciclagem tornam
se esporos descentralizados de logística distribuída. Os metarecicleiros também
promovem a criação de ConecTAZes, instâncias temporárias ou permanentes de
uso de tecnologia metareciclada.
MetaReciclagem é principalmente uma idéia. Uma idéia sobre a
reapropriação de tecnologia objetivando a transformação social. Esse conceito
abrange diversas formas de ação: da captação de computadores usados e
montagem de laboratórios reciclados usando software livre, até a criação de
ambientes de circulação da informação através da internet, passando por todo tipo
de experimentação e apoio estratégico e operacional a projetos socialmente
engajados.
Uma metodologia que propõe uma perspectiva geradora de autonomia para
ações inseridas no contexto da inclusão digital: resumidamente, este é o conceito
motivador da MetaReciclagem. Inicialmente, os projetos de inclusão digital
estavam em grande medida associados à idéia de acesso à tecnologia. Muitos
projetos surgiram culminando num modelo, com algumas diferenças entre si, de
TeleCentro –local de acesso público a computadores e à Internet, onde os
usuários têm um tempo limitado de acesso e podem realizar cursos e atividades
de interesse próprio, mas sem a possibilidade de tomar a tecnologia com as
próprias mãos e experimentar diferentes usos. Em outras palavras: têm a
liberdade de acesso à informação, mas não a liberdade de manipulação da
tecnologia.
Essa questão levou os integrantes do projeto MetaReciclagem a uma
profunda reflexão conceitual e filosófica a respeito da efetiva apropriação da
tecnologia pelas comunidades como uma ferramenta de expressão, de produção
30Oficina Telecentros comunitários
simbólica, de efetivo domínio do saberfazer e adaptação à realidade local. Enfim,
como meio de construção de conhecimento dentro daquilo que pode ser chamado
de artesanato tecnológico.
Dessa forma, a MetaReciclagem propõe que um projeto efetivo de inclusão
social através da tecnologia deve partir de um princípio gerador capaz de garantir
sustentabilidade, capaz de permitir o efetivo domínio da apropriação da tecnologia,
além da replicação do conceito em outras áreas de interesse. Daí a idéia de captar
computadores antigos, o lixo digital, sucata tecnológica que fica à margem do
mundo dos negócios por conta da falsa obsolescência incentivada pela indústria, e
que conseqüentemente possui valor comercial baixo ou praticamente nulo. Com a
sucata, novos computadores são construídos, as máquinas passam a pertencer
àqueles que as reciclaram (e não mais 'ao projeto'), permitindo abrir os
computadores, examinar minúcias, construir conhecimento a partir dos meios de
evolução da tecnologia, sem problemas legais de patrimônio das máquinas,
prazos de garantia e suporte especializado, entre outras questões. O lixo gerado
desse processo de reciclagem é também um novo canal econômico para essas
comunidades: a separação do plástico duro, do metal das máquinas, dos cabos,
entre outros materiais, que podem ser vendidos separadamente, contribuindo com
mais um nicho de desenvolvimento econômico sustentável.
Como meio de operar essas máquinas e permitir também o efetivo domínio
da tecnologia do software, é utilizado o software livre, que também permite a
adaptação de códigos e uma distribuição legalizada dos computadores e dos
sistemas utilizados.
É aqui que temos, portanto, o processo da MetaReciclagem: construir junto
com as comunidades um processo de autonomia tecnológica baseada em
princípios da reciclagem e do software livre, abrir canais de geração de trabalho e
renda com base nos produtos desse processo, obter não apenas o acesso à
tecnologia, mas a efetiva apropriação da mesma como meio de desenvolvimento e
criação. Dessa forma, comunidades iniciam a venda de produtos de tecnologia a
baixo custo para um público interno, ocupam espaços em Centros Comunitários
criando TeleCentros para acesso a tecnologia reciclada, laboratórios de
reciclagem viram centros de formação profissional local.
31Oficina Telecentros comunitários
A MetaReciclagem se dissemina através da replicação de esporos
independentes e autônomos por todo o país, onde o acesso à tecnologia reciclada
tornase mais simples e imediato, de tal forma a criar a cultura da reciclagem de
computadores como meio de desenvolvimento social e de geração de trabalho e
renda.
MetaReciclagem Campinas e o Projeto Rede Jovem.com
A idéia de implementação do projeto MetaReciclagem Campinas é a de
articular o projeto dentro do contexto do projeto de Inclusão Digital da Secretaria
do Trabalho e de Assistência Social, o Rede Jovem.com. O projeto preza pela
multiplicidade de ações e de parceiros na criação e na gestão dos telecentros da
cidade de Campinas, permitindo uma visão plural das várias possibilidades e
modelos de inclusão digital. O MetaReciclagem visa se integrar como estratégia
de política pública na gestão de recursos tecnológicos para inclusão digital e
estratégia pedagógica para replicação do processo de apropriação tecnológica
visando a geração de trabalho e renda.
Dessa forma, o projeto se estrutura através dos seguintes eixos temáticos a
seguir, os quais irão se desenrolar em 20 unidades de TeleCentros do projeto
Rede Jovem.com:
− Gestão de Telecentros;
− Oficinas de Conhecimentos Livres;
− Pesquisa Tecnológica e Integração Universitária;
− Laboratório de MetaReciclagem.
A seguir, iremos detalhar cada um dos eixos temáticos e a forma de
desenvolvimento de suas ações.
Laboratório de MetaReciclagem
A idéia desse eixo do projeto é a criação de um laboratório para reciclagem
de computadores, organização logística e centro de formação em tecnologias
livres como forma de fornecer estrutura tecnológica para a execução do projeto.
Neste laboratório, teremos um vivo espaço de reciclagem de computadores,
32Oficina Telecentros comunitários
construção do processo de vivênvia e experienciação da tecnologia, indo da
recuperação de computadores para sua reintegração no mercado ao processo de
reapropriação tecnológica do lixo digital na forma da construção de novos
materiais, partindo de princípios artísticos, do artesanato e da criação de novos
produtos reciclados. Outra preocupação constante do MetaReciclagem e também
foco de formação no contexto do projeto é a questão ambiental relacionada ao lixo
tecnológico, ou seja, práticas e princípios envolvidos na reciclagem de
computadores que possam potencializar seu uso de forma limpa e adequada,
como maneira de auxiliar no processo de preservação do meio ambiente e de
reaproveitamento de recursos naturais.
O laboratório será localizado em espaço indicado pela Prefeitura, como o
caso do Centro de Referência da Juventude, onde irá desenvolver as seguintes
tarefas:
− Posto de coleta e recebimento de doações de computadores, peças,
baterias, celulares, enfim, da ampla gama de possibilidades do lixo
eletroeletrônico;
− Triagem e organização logística do material recebido;
− Reparos e manutenção em computadores dos 20 telecentros da Rede
Jovem.com inseridos na estratégia de MetaReciclagem;
− Reaproveitamento de materiais inutilizados para uso em tecnologia
digital (ver figura 1 e 2);
− Pintura dos computadores e periféricos (ver figura 3 e 4);
− Cursos nas áreas acima mencionadas e contínuo estágio de vivência
profissional nas áreas da montagem, manutenção e reciclagem de
computadores.
33Oficina Telecentros comunitários
Figura 9 e 10 – Chaveiros e Agenda de Placa Reciclada – Acervo MetaReciclagem
As figuras 9 e 10 demonstram materiais criados a partir da reciclagem de
peças de computadores usados que já não poderiam mais ser recuperados para
seu uso fim. Dessa forma, criase novas oportunidades de geração de renda e
trabalho, a partir de princípios criativos de reapropriação tecnológica, ou seja, da
invenção de novas formas de utilização do material. A idéia desse lado do projeto
é criar condições e estrutura para que os participantes dessas oficinas possam
replicar essa prática em suas realidades locais podendo, eventualmente, criarem
empreendimentos populares como mecanismo de construção de alternativas
sociais à exclusão.
As figuras 11 e 12 (computadores pintados) revelam o lado artístico do
MetaReciclagem como forma de construção da identidade visual dos usuários de
um TeleCentro, dentro de sua localidade, dentro de sua linguagem de expressão.
A idéia que se expressa aqui é a de que todo telecentro construído pelo projeto
seja em parceria com sua comunidade local, onde a primeira atividade de
ocupação do espaço se dá através da pintura de máquinas recicladas com o
objetivo de efetivar essa apropriação da tecnologia para inclusão digital.
34Oficina Telecentros comunitários
Figura 11 e 12 – Computadores MetaReciclados – Acervo MetaReciclagem
Gestão de Telecentros
Amparado pelo Laboratório de MetaReciclagem, o projeto tem por objetivo a
construção e a gestão de 20 telecentros espalhados pela cidade de Campinas. A
dinâmica de construção e gestão desses telecentros se dará através da seguinte
estrutura:
− As máquinas servidoras de aplicações, equipamentos e estrutura de
rede, mobiliário, estrutura elétrica serão disponibilizadas pela Prefeitura
de Campinas nos espaços alocados para tal fim;
− Cabe ao projeto a captação, reciclagem, pintura e montagem dos
telecentros nos locais disponibilizados para tal fim em parceria com sua
comunidade local, sendo o material de pintura e equipamentos
fornecidos pelo convênio com a prefeitura;
− Os monitores de cada telecentro serão jovens formados no laboratório
de MetaReciclagem e bolsistas da prefeitura, tendo como estrutura de
suporte técnico 2 técnicos do MetaReciclagem que ficarão móveis entre
as unidades de telecentro;
− Todos os telecentros da rede serão interligados através de um portal de
publicação coletiva e de compartilhamento de arquivos entre os
usuários. O objetivo do portal é fornecer uma estrutura de conversação
entre os múltiplos atores dos telecentros, usando esse canal de
comunicação como meio de articulação de ações, projetos e atividades.
O portal será construído e mantido pela equipe MetaReciclagem;
− Cabe a gestão de telecentros a metodologia de uso dos telecentros e a
realização de oficinas na comunidade e integração de todo o processo
com o laboratório de MetaReciclagem.
35Oficina Telecentros comunitários
Oficinas de Conhecimentos Livres
Dentro de cada unidade de Telecentro e no laboratório de MetaReciclagem
irão ocorrer as oficinas de conhecimentos livres, que serão inicialmente
implantadas no laboratório de MetaReciclagem pelos membros do projeto e
replicadas nas unidades de telecentro pelos monitores. A dinâmica das oficinas se
dará da seguinte forma:
– os monitores dos telecentros receberão as oficinas em seu período de
formação inicialmente no Laboratório de MetaReciclagem, em
cronograma a ser especificado a cada período de formação;
– os monitores replicarão os cursos em cada telecentro que for de sua
responsabilidade a monitoria em cronogramas a serem estabelecidos
pela equipe de Gestão de Telecentros;
– os monitores, periodicamente, irão voltar ao laboratório de
MetaReciclagem para participarem de novas oficinas;
– os membros do MetaReciclagem irão aos telecentros, periodicamente,
oferecem novas oficinas em parceria com os monitores locais para a
comunidade;
– será disponibilizada a comunidade de usuários do Telecentro e aos
monitores dos Telecentros uma ferramenta de ensino à distância, com
todo o material disponível para download e a relização de aulas no
ambiente da Internet;
– as oficinas versam a respeito dos seguintes temas:
– manutenção e montagem de computadores;
– o processo da reciclagem de computadores;
– introdução ao uso do sistema operacional Linux;
– aplicativos básicos de produção de documentos;
– uso da Internet e ferramentas básicas;
– colaboração em rede e compartilhamento de informações;
– criação de produtos a partir de material reciclado;
– desenvolvimento de software;
– produção de sites;
– criação de empreendimentos populares a partir da tecnologia
social.
36Oficina Telecentros comunitários
Pesquisa Tecnológica e Integração Universitária
Um ponto relevante para o projeto é a contínua experimentação e pesquisa
através dos canais daquilo que podemos chamar de tecnologia social. Software
livre, reciclagem tecnológica, reapropriação de tecnologia, sistemas sociais
colaborativos, enfim, um amplo conjunto de possibilidades de construção de
tecnologia alternativas e reinvenção a partir dos seus princípios constitutivos.
Dessa forma, um dos lados da gestão estará focada na pesquisa e
relacionamento com projetos universitários, através de suas instituições de
extensão, centros acadêmicos e empresas juniores. Por objetivo específico, a
pesquisa tem por objetivo desenvolver:
− uma fábrica de software, lançando temas de pesquisa e desenvolvimento
para os usuários de telecentros e monitores alocados;
− customização e projetos de tecnologia livre (ver exemplo na figura 5).
Na figura 12, podemos observar um robô simples construído a partir do
reúso de um drive de disquete de um computador pessoal. É através desses
mecanismos de reapropriação que o projeto versa como meio de construção de
autonomia tecnológica.
Figura 12 – Robô de Floppys (reinvenção tecnológica) – Acervo MetaReciclagem
37Oficina Telecentros comunitários
Unidade 02 Vivenciando um Telecentro.
Encontro 04 – Governo eletrônico
Início das atividades do dia
Metodologia: Dinâmica de grupo
Técnica: Do jornal
Fonte: Site http://www.formador.com.br/
Objetivo: Trabalhar o equilíbrio, o ato de acolher e ser acolhido e o sentimento em
relação ao próximo.
Material: Uma folha de jornal para cada participante.
Procedimento
1. Cada pessoa recebe uma folha de jornal, abre e coloca no chão à sua frente.
2. O facilitador fala: “DENTRO” – a pessoa pisa sobre o jornal. Depois fala
“FORA” – a pessoa sai de cima do jornal. Depos fala: “TROCANDO DE
LUGAR” – a pessoas pisa sobre o jornal do colega ao lado.
3. Após alguns comandos, o facilitador retira um jornal e quem sobrar, fica junto
a outro colega no jornal dele.
4. E assim sucessivamente até não caiba mais todos no mesmo jornal.
Comentário: Após a atividade, é importante o oficineiro promover o
levantamento pelos próprios integrantes da oficina do conteúdo que foi trabalhado
na dinâmica. Esta trata especificamente de união, cooperação, respeito, valores
pessoais, coletivos, além de funcionar como uma dinâmica quebragelo.
Execução do relato das atividades do encontro anterior pelo relator.
38Oficina Telecentros comunitários
Acessando serviços de Governo eletrônico
Metodologia: Navegação nos serviços de Governo eletrônico
Objetivos: Fomentar a cidadania e a inclusão social.
Material necessário: Sala de informática.
Desenvolvimento:
1. Encaminhar a turma para a sala do telecentro.
2. Ligar os computadores e acessar a Internet.
3. Iniciar a utilização destes serviços.
Consultando o CEP de um logradouro (local público: rua, avenida etc)
1. Digite http://www.e.gov.br/
Figura 13 – Site dos Correios
39Oficina Telecentros comunitários
2. Clique em Correios
3. Clique CEP – Correios
Figura 14 – Site dos Correios
4. Digite os dados pedidos.
40Oficina Telecentros comunitários
Figura 15 – Site dos Correios
5. Anote o CEP desejado que aparecerá na tela.
Figura 16 – Site dos Correios
41Oficina Telecentros comunitários
Fazendo contribuições em programas do Governo Federal
1. Digite: http://www.governoeletronico.gov.br/governoeletronico/
2.Clique em Consultas Públicas.
Figura 17 – Site dos Correios
2. Clique em Faça seu cadastro (no caso de ser um novo usuário) ou em
Consultas em andamento (se for usuário já cadastrado).
3. Clique em Consultas em Andamento.
4. Selecione qual consulta você quer contribuir.
5. Faça a sua contribuição.
42Oficina Telecentros comunitários
Figura 18 – Site do Governo Eketrônico
Figura 19 – Site do Governo Eletrônico
43Oficina Telecentros comunitários
Textos de apoio – Encontro 4
O que é o Programa GESAC?
O programa GESAC – Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao
Cidadão, do Governo Federal, tem como meta disponibilizar acesso à Internet e
mais um conjunto de outros serviços de inclusão digital à comunidades excluídas
do acesso e dos serviços vinculados à rede mundial de computadores.
A Internet é hoje uma importante via de comunicação e de cidadania.
Conhecer e fazer uso dessas tecnologias deve deixar de ser um privilégio de
poucos para transformarse em um extraordinário fator de promoção social,
possibilitando, inclusive, abertura de oportunidades de trabalho para milhões de
pessoas.
No Programa GESAC serão beneficiadas prioritariamente as comunidades
que apresentarem baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e que estejam
localizadas em regiões onde as redes de telecomunicações tradicionais não
oferecem acesso local à internet em banda larga. Segundo pesquisa divulgada em
setembro de 2003 pela ANATEL, somente 8% da população brasileira têm acesso
à internet. Desse total, apenas 9,3% pertencem às classes C, D e E. Esse é o
atual quadro da nossa exclusão digital.
Contribuir para mudar esta realidade é o principal objetivo do programa.
Não apenas levando o acesso à internet mas, provendo um conjunto de
facilidades adicionais para que as comunidades explorem ao máximo todos estes
recursos informacionais.
O Governo acredita estar diante da oportunidade da criação de uma rede
horizontal solidária de cooperação, que possibilite maior intercâmbio de
informações, oportunidades para melhoria da vida, geração de cultura e de
negócios. A implementação de projetos e políticas públicas na área social podem
ser mais eficazes graças a esse canal de comunicação.
No dia 16 de junho de 2003 foi disponibilizado o primeiro Ponto de
Presença GESAC: no Colégio Estadual Belmiro Soares, cidade de Paranaiguara
GO. Quando em março de 2004 este número tinha alcançado 3.200 comunidades
com o serviço GESAC, com média superior a 400 instalações por mês.
44Oficina Telecentros comunitários
Cerca de 22 mil computadores estão conectados na rede GESAC, e com
comunicação à internet. Assim, as perspectivas é de atender um número superior
de 6,4 milhões de pessoas.
A conexão é estabelecida por meio de satélite, facilitando alcançar regiões
Histórico do Governo Eletrônico
2000
No ano 2000 o Governo Brasileiro lançou as bases para a criação de uma
sociedade digital ao criar um Grupo de Trabalho Interministerial com a finalidade
de examinar e propor políticas, diretrizes e normas relacionadas com as novas
formas eletrônicas de interação, através do Decreto Presidencial de 3 de abril de
2000. As ações deste Grupo de Trabalho em Tecnologia da Informação,
formalizado pela Portaria da Casa Civil no 23 de 12 de maio de 2000 coadunaram
se com as metas do programa Sociedade da Informação, coordenado pelo
Ministério da Ciência e Tecnologia.
Por orientação do governo, o trabalho do GTTI concentrou esforços em três das
sete linhas de ação programa Sociedade da Informação.
Universalização de serviços;
Governo ao alcance de todos; e
Infraestrutura avançada.
Em julho de 2000, o GTTI propôs uma nova política de interação eletrônica do
Governo com a sociedade apresentando um relatório preliminar GTTIConsolidado
contendo um diagnóstico da situação da infraestrutura e serviços do Governo
Federal, as aplicações existentes e desejadas e a situação da legislação de
interação eletrônica.
O estabelecimento do Comitê Executivo de Governo Eletrônico (Decreto de 18 de
Outubro de 2000) pode ser considerado um dos grandes marcos do compromisso
do Conselho de Governo em prol da evolução da prestação de serviços e
informações ao cidadão.
45Oficina Telecentros comunitários
O Comitê Executivo de Governo Eletrônico CEGE tem o objetivo de formular
políticas, estabelecer diretrizes, coordenar e articular as ações de implantação do
Governo Eletrônico e, atendendo a um Plano de Metas, apresentou, em
20/09/2000, o documento "Política de Governo Eletrônico"
2002
Em setembro de 2002 foi publicado um documento com o balanço das atividades
desenvolvidas nos 2 anos de Governo Eletrônico, com capítulos dedicados à
política de eGov, avaliação da implementação e dos resultados, além dos
principais avanços, limitações e desafios futuros do programa. O documento foi
elaborado pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério
do Planejamento, com a colaboração dos membros do Comitê Executivo e
constitui uma base de informações para a continuidade do programa em 2003.
2003
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, através da Secretaria (SLTI)
exerce as atribuições de SecretariaExecutiva e garante o apoio técnico
administrativo necessário ao funcionamento do Comitê.
Em 29 de novembro de 2003, a Presidência da República publicou um Decreto
criando 8 Comitês Técnicos de Governo Eletrônico, a saber:
I Implementação do Software Livre;
II Inclusão Digital;
III Integração de Sistemas;
IV Sistemas Legados e Licenças de Software;
V Gestão de Sítios e Serviços Online;
VI InfraEstrutura de Rede;
VII Governo para Governo G2G, e
VIII Gestão de Conhecimentos e Informação Estratégica.
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, através da Secretaria (SLTI)
exerce as atribuições de SecretariaExecutiva e garante o apoio técnico
46Oficina Telecentros comunitários
administrativo necessário ao funcionamento do CEGE e supervisiona os trabalhos
dos Comitês Técnicos interagindo com seus coordenadores.
Retirado de:
http://www.governoeletronico.gov.br/governoeletronico/
47Oficina Telecentros comunitários
Unidade 02 Vivenciando um Telecentro.
Encontro 05 – Acessa saúde.
Figura 20 – Vírus – Fonte: http://www.cbpf.br/~eduhq/html/tirinhas/tirinhas.php
Início das atividades do dia
Metodologia: Dinâmica de grupo
Técnica: Nó humano
Objetivo: Trabalhar temas como: planejamento, obstáculos na vida, organização,
união, colaboração, participação etc
Material: não há necessidade de nenhum material.
Procedimento
1. Organize o grupo em círculo, encostados ombro a ombro.
2. Peça para que todos estiquem o braço direito em direção ao centro do
círculo.
48Oficina Telecentros comunitários
3. Orienteos a segurar a mão de uma pessoa que não seja sua vizinha do lado
direito ou da lado esquerdo do círculo.
4. Peça agora para que todos estiquem o braço esquerdo em direção ao centro
do círculo.
5. Orienteos novamente a segurar a mão de uma pessoa que não seja sua
vizinha do lado direito ou da lado esquerdo do círculo.
6. Explique que eles devem voltar a fazer um círculo livre sem soltar as mãos
uns dos outros. Ao final, as pessoas podem estar voltadas para dentro ou
para fora do círculo.
Comentário: Após a dinâmica, discuta a importância do trabalho em grupo,
da iniciativa, organização, união etc, para o sucesso do coletivo.
Execução do relato das atividades do encontro anterior pelo relator.
Pesquisando temas relacionados à saúde.
Metodologia: Navegação em sites de busca (Google, Altavista, Cadê etc) e
inserção de palavraschave vinculadas a temas de saúde do cotidiano dos
participantes. Por exemplo: métodos contraceptivos, drogas, doenças sexualmente
transmissíveis, sexualidade, alimentação saudável etc).
Objetivos: Incentivar a compreensão e utilização do Telecentro como local de
pesquisa de temas relacionados a saúde, educação, cidadania etc.
Material necessário: uso do Telecentro.
Procedimento
1. Encaminhar a turma para a sala do telecentro.
2. Ligar os computadores e acessar a Internet.
3. Iniciar a utilização dos serviços de busca.
4. Tema sugerido para este encontro: drogas
49Oficina Telecentros comunitários
5. Os participantes devem fazer uma pesquisa sobre tipos de drogas, suas
características e conseqüências físicas, psicológicas e sociais do seu uso.
6. Os participantes deverão enviar por email a pesquisa realizada para o
oficineiro e para as demais pessoas da oficina.
7. Após a atividade no computador, o oficineiro deve criar um roda de
discussão a respeito do tema pesquisado, estimulandoos a participar
ativamente do debate.
Comentário: O tema da pesquisa pode ser qualquer um relacionado a saúde do
jovem. O importante é a reflexão sobre o tema e as possibilidades de pesquisa na rede
mundial de computadores presente no Telecentro.
Aponte a importância das pesquisas serem realizadas em sites sérios, de
instituições conhecidas e organizadas. Blogs e Orkut devem ser evitados para este fim.
Referência de sites sobre drogas
www.senad.gov.br/novas%20cartilhas/Livreto.pdf
http://www.scielo.br/pdf/csp/v14n2/0116.pdf
Leve este ou outro texto para o encontro e estimuleos a fazerem pesquisas a
respeito do tema indicando esses ou outros links.
Finalizar o encontro com a avaliação diária (descrita anteriormente) e com um
“batepapo” informal, com o intuito de percepção dos sentimentos dos
participantes quanto as atividades do dia.
50Oficina Telecentros comunitários
Texto de apoio
Veja Quem Tem Razão
Você vive num quarto escuro e fechado e diz estar
aberto para o mundo.
Você diz que ninguém fala a verdade, no entanto,
mente o tempo todo para você mesmo.
Fala que ninguém o deixa viver em paz, contudo, vive
cheio de agressividade.
Você quer toda liberdade do mundo, porém, vive com
medo de ser preso.
Você grita que é forte e que sabe o que faz, mas, receia
a própria sombra.
Você pede para que lhe deixem voar, entretanto, vive
fora do ar ou no fundo do poço.
Você vive dizendo que quer ganhar muito dinheiro,
todavia, queima tudo o que você ganha e o que tem.
Você diz que precisa de uma chance, mas, joga todas as
chances fora.
Você vive dizendo que quer ter amigos, no entanto, não
percebe que é seu maior inimigo.
Você se diz muito esperto e que não leva desaforo para
a casa, porém, aceita ser dotado por quem lhe
escraviza.
Você quer um pedacinho do Céu e não percebe que faz
da sua vida um completo inferno.
Você caminha a passos largos para a morte e diz que
isso é vida .
Fonte:
www.pm.ac.gov.br/proerd/index.html
51Oficina Telecentros comunitários
Unidade 03 Reinventando o Telecentro.
Encontros 06 e 07 – Parceria comunidade e Telecentro.
Início das atividades do dia (Encontro 06)
Metodologia: Dinâmica de integração
Técnica: 1, 2, 3
Fonte: http://www.formador.com.br
Objetivo: Animar o grupo para início das atividades do dia.
Material: Não há necessidade de nenhum material.
Desenvolvimento:
1. O facilitador solicita aos participantes que formem duplas, convidando
algum participante para ser voluntário na explicação.
2. O facilitador demonstra com o voluntário como contar 1, 2, 3 (“Eu falo 1,
você fala 2, eu falo 3, você fala 1...”).
3. Explica que toda vez que qualquer um dos dois disser 1, devese
mostrar a língua. Pedese aos pares que exercitem uma vez para
praticar.
4. O facilitador explica ainda que toda vez que qualquer um dos dois
disser 2, devese fazer uma flexão de pernas. Pedese novamente aos
pares que exercitem esse movimento para praticar.
5. Finaliza então dizendo que toda vez que qualquer um dos dois disser 3,
deve dar uma “reboladinha”.
6. Então o facilitador desafia as pessoas a realizarem o movimento 5
vezes sem errar.
Execução do relato das atividades do encontro anterior pelo relator.
52Oficina Telecentros comunitários
Montando um plano de participação da comunidade no Telecentro.
Metodologia: Trabalho em grupo
Técnica: Criação da Associação dos Amigos do Telecentro Comunitário e do
Telecartão (Carteirinha do usuário Telecentro).
Objetivos: Promover a construção, pelos próprios participantes, de um plano de
criação, desenvolvimento e divulgação do Cartão do usuário do Telecentro.
A geração de um cartão do Telecentro visa atrair as pessoas da
comunidade para o Telecentro através de benefícios diversos, como por exemplo,
descontos nos estabelecimentos comerciais cadastrados, para o proprietário do
cartão.
Material necessário: Folhas de papel sulfite. Canetas ou lápis. Folhas de papel
pardo ou cartolina e pincéis atômico.
Desenvolvimento:
1. Forme 4 equipes de 5 pessoas, em um grupo de 20.
2. Entregue a cada equipe os pápeis e canetas.
3. Explique o objetivo da atividade.
4. Defina uma tarefa para cada equipe.
Equipe 01 – Ficará responsável pela criação de todas as regras
de utilização do Telecartão e pela confecção do mesmo (o layout do
cartão). Deverá, portanto, instituir como uma pessoa deve agir para
conseguir, manter e usar o seu Telecartão. Definir quais serão os
direitos e deveres de um usuário do Telecartão.
Equipe 02 – Ficará responsável pela criação de ações que
possibilitem a impressão e divulgação do Telecartão junto à
comunidade. Isto é, vai desenvolver um plano de parcerias com
gráficas, empresas de publicidade ou outras para viabilizar a confecção
53Oficina Telecentros comunitários
do Telecartão. Além disso, desenvolver estratégias junto a comunidade
para tornar o Telecartão conhecido e atrativo.
Equipe 03 – Ficará responsável pelo contato com as empresas
da comunidade (ou também de fora), explicação do funcionamento do
Telecartão e cadastro destas firmas. Pedir a elas que determinem um
possível valor de desconto para produtos ou serviços para os
portadores do Telecartão e que, em contrapartida, terão uma maior
procura por cliente devido aos descontos dados, aumentando assim
seus lucros. Este grupo poderá sair da sala para iniciar contatos e,
assim, ter uma visão mais real desta atividade.
Equipe 04 – Ficará responsável pela criação da Associação dos
Amigos do Telecentro comunitário, com suas normas, atribuições,
finalidades e responsáveis. Além disso, promoverá a integração do
trabalho de todos os grupos, visando uma harmonia do processo como
um todo.
Comentário: Após os trabalhos, deverá ser criado um documento
único, completo, organizado, a ser disponibilizado na rede com fins de
se multiplicar em todos os Telecentros comunitários da cidade.
É relevante a discussão da importância desta iniciativa para a
tríade Telecentro x Comunidade x Cidadão.
Finalizar o encontro com a avaliação diária (descrita anteriormente) e com um
“batepapo” informal, com o intuito de percepção dos sentimentos dos
participantes quanto as atividades do dia.
54Oficina Telecentros comunitários
Início das atividades do dia (Encontro 07)
Metodologia: Dinâmica de aquecimento.
Técnica: “O hospício pegou fogo...”
Objetivo: Animar o grupo para início das atividades do dia.
Material: não há necessidade de nenhum material.
Desenvolvimento:
1. Formase um círculo com as cadeiras e todos os participantes se
sentam; menos um que não vai ter cadeira e vai ficar no centro
(pode ser o próprio oficineiro).
2. A pessoa do meio vai falar a seguinte frase: “O hospício pegou
fogo para as pessoas que estão de meia branca” (isso é só um
exemplo).
3. Todas as pessoas que estão de meia branca têm que trocar de
lugar uma com a outra. A pessoa que está no centro procura uma
cadeira para se sentar rapidamente. Sempre vai sobrar uma
pessoa no centro. Os que não estavam de meia branca
permanecem em seus lugares.
4. Quem sobrar no meio recomeça o jogo.
Comentário: Podem ser usados todos os tipos de características, tais como: pele
morena, alta, de óculos, com tênis etc.
Execução do relato das atividades do encontro anterior pelo relator.
Continuação da atividade: Montando um plano de participação da comunidade no
Telecentro.
55Oficina Telecentros comunitários
Finalizar o encontro com a avaliação diária (descrita anteriormente) e com um
“batepapo” informal, com o intuito de percepção dos sentimentos dos
participantes quanto as atividades do dia.
56Oficina Telecentros comunitários
Unidade 04 – A semente é criada.
Encontros 08 – Documentando a oficina.
Início das atividades do dia.
Metodologia: Dinâmica de integração
Técnica: Quem será o assassino???
Objetivo: Estimular a comunicação, percepção, descontração, interação,
persuasão e integrações grupais.
Material: Pequenos pedaços de papel do mesmo tamanho contendo a letra A, de
assassino ou a letra I, de inocente. Só haverá um papel com a letra A, os demais
terão a letra I.
Desenvolvimento:
1. Contase uma história pedindo que os participantes a acompanhem
comportandose conforme o indicado.
2. O oficineiro inicia a história:
“Na calada da noite, todos dormem (todos abaixam a cabeça e
fecham os olhos). Menos o assassino (a pessoa que sorteou a letra A,
levanta a cabeça silenciosamente, para que ninguém a perceba), que
mata uma pessoa (o assassino aponta a pessoa que ele deseja matar e
abaixa a cabeça novamente). O dia amanhece e todos acordam (as
pessoas abrem os olhos), menos (falase o nome da pessoa que o
assassino matou), que foi assassinada (o)”
3. O participante que ”morreu” passará a ser observador.
4. Em seguida, as pessoas do grupo irão acusar um ou mais participantes
de ser o assassino.
5. Os que foram apontados como assassino terão um tempo para se
defender e justificar porque não matariam aquela determinada pessoa.
57Oficina Telecentros comunitários
6. Fazse uma votação entre os participantes, que escolherão um dos
acusados para ser o assassino.
7. O escolhido mostra o seu papel com a letra que recebeu (A ou I).
8. Se for A, o jogo acaba, podendo recomeçar, e se for I, contase a história
novamente até que se descubra quem é o assassino.
Execução do relato das atividades do encontro anterior pelo relator.
Criação de um documento final da Oficina Telecentros comunitários para ser
disponibilizado na rede.
Metodologia: Utilizandose dos relatos realizados pelos relatores e enviados por
email à todos os participantes diariamente, realizaremos em conjunto a confecção
desse documento impresso ou virtual.
Objetivos: Estimular a compreensão do Telecentro como local de
desenvolvimento de diferentes e amplos saberes pessoais e coletivos e disseminar
essa idéia na rede mundial de computadores.
Material necessário: Sala do telecentro, papel sulfite e canetas/lápis para todos
os participantes.
Desenvolvimento:
1.Forme 4 equipes de 5 pessoas, em um grupo de 20.
2. Entregue a cada equipe os pápeis e canetas.
3. Explique o objetivo da atividade.
4. Defina 2 encontros para cada equipe, sendo que a equipe que ficar com
apenas um encontro terá a responsabilidade de integrar o trabalho de todos
e, assim, criar uma harmonia na atividade.
Exemplo de distribuição: a equipe 01 fica com os encontros 1 e 2, a
equipe 02 com os encontros 3 e 4, a equipe 03 com o encontro 5 e a equipe
04 fica com os encontro 6 e 7.
58Oficina Telecentros comunitários
5. As equipes terão um determinado tempo para coletar o material que foi
enviado por email e desenvolver um documento organizado de tudo o que
foi realizado nos encontros. Neste momento, as pessoas poderão
acrescentar suas visões e enriquecer ainda mais o que já foi feito.
6. Quando o trabalho de todas as equipes estiver realizado, ocorrerá uma
apresentação deste material e uma unificação dele pelo grupo, com
posterior envio à rede.
Finalizar o encontro com a avaliação diária (descrita anteriormente) e
com um “batepapo” informal, com o intuito de percepção dos sentimentos dos
participantes quanto as atividades do dia e de toda a Oficina.
Neste dia também, será efetuada a avaliação final (descrita
anteriormente) da Oficina Telencetros comunitários.
Esta oficina está licenciada em Creative Commons Atribuição Não Comercial
Compartilhamento Pela mesma Licença 2.5 Brasil, para conteúdos Iguais ou
Modificados .
59
- Faça o Login para adicionar Comentários
- 2003 acessos
- Imprimir
Comentários