O Núcleo de Formação dos Trabalhadores em Educação, pauta-se por uma concepção crítica de educação, relacionado aos princípios da pedagogia de Paulo Freire, enfocando as problemáticas socioambientais. A concepção freireana de educação, centra-se nos princípios do diálogo e na problematização da realidade social, na busca de um verdadeiro exercício crítico e democrático. O conhecimento é construído no diálogo constante do sujeito com o mundo, enquanto ser de ação cognitiva, afetiva e sociocultural (FREIRE, 1967).
Assim os princípios orientadores desta proposta são:
• A educação libertadora: A educação libertadora apresenta como elementos centrais o diálogo e a ação. Nessa perspectiva o diálogo é visto como libertador, podendo-se gerar críticas e problematizações, buscando a transformação da realidade social.
• A Educação como ato político: a educação não é neutra. Nos processos educativos,homens e mulheres aprendem a ler e a escrever a sua história, desvelam a sua realidade e conscientizam-se uns aos outros;
• A Educação dialógica: o diálogo não pode ser concluso, acabado, determinante e definitivo, pois ele representa o embate das múltiplas vozes que se manifestam e, do mesmo modo, as múltiplas consciências e mundos que se articulam (FREIRE, 1986);
• Transformação social: o ato educativo permite que homens e mulheres percebam-se como construtores de suas histórias e compreendam seu papel na possibilidade de transformação social (FREIRE, 1986);
• Trabalho como princípio educativo: Educaçãoe trabalho, devem caminhar juntos, pois por meio do trabalho como princípio educativo, vislumbra-se a possibilidade da emancipação humana e transformação social;
• Práxis: a indissociabilidade teoria e prática leva à compreensão da prática como lugar constitutivo de aprendizagens, de (re) construção teórica de saberes e conhecimentos; ao movimento de ir e vir, de refletir sobre a ação e gerar nova ação – a praxis;
• Pluralidade de Saberes e Linguagens: Valorizar a pluralidade de saberes requer incorporar a multiplicidade de linguagens, extrapolando a forma escrita, oral e dos números, mas potencializando a linguagem corporal, artística, estética, cartográfica, etc.