Corais
Criação da ilustração do conceito de Amanualidade para Heidgger
Através desse post eu irei fazer a documentação do processo de criação da ilustração do conceito de Amanualidade para Heidgger.
Tendo em vista o tema do PIBITI (Desenvolvimento de Recursos Educacionais Abertos Sobre O Conceito de Amanualidade) primeiramente eu e o professor Gonzatto definimos um escopo de recursos que poderiam abranger todo o conteúdo, tendo esse objetivo primário foi pensado em uma apresentação de slides com tabelas, textos e ilustrações. Foi organizado essa primeira coleção de recursos através de uma lista com tópicos de cada parte do conteúdo que compreende o projeto, assim conseguiríamos acompanhar o projeto e assinalar os avanços ou evoluções.
- Segue a primeira lista:
- Slide-REA
- Amanualidade para Alvaro Vieira Pinto
- - Conceito de Amanualidade dentro da filosofia existencialista
- -Período histórico
- -Diferenças filosóficas Positivismo x Existencialismo (tabela comparativa)
- -Filósofos existencialistas (fotos e “sinopses” de suas filosofias)
- - Heidegger e o conceito de Amanualidade
- -Umwelt (Mundo circundante) x Lebenswelt (Mundo da vida-Husserl)
- -Dasein(ser no mundo) x Lebenswelt (Mundo da vida-Husserl)- Zuhandenheit (diante-da-mão) e Vorhandenheit ( ao-alcance-da-mão)
- -Zuhandenheit e Vorhandenheit (tabela comparativa)
- -Alvaro Vieira Pinto e o conceito de Amanualidade
- -Histórico AVP
- -Criticas ao existencialismo subjetivista
- -Estar-no-mundo e Ser-no-Mundo
- Amanualidade e o Trabalho
- Graus de Amanualidade
Após a realização da lista eu e meu orientador decidimos começar com uma ilustração a respeito da Amanualidade de Heidgger dita Zuhandenheit (ready-to-hand) e Vorhandenheit (present-to-hand) pois o professor Gonzatto já possuía esboços de representações gráficas do conceito.Assim após entender o assunto de forma básica eu procurei me basear nos esboços do professor para realizar a ilustração, já que ele possui um maior domínio no assunto e é importante evitar erros conceituais que atrapalhem na mensagem(segue a baixo o esboço).
(apesar de confuso visualmente o esboço feito pelo meu orientador tinha o objetivo de explicar o conceito de Amanualidade para Heidgger, para mim de forma mais visual, e acabou sendo uma base para as ilustrações futuras)
De forma geral havia algumas considerações que foram colocadas tanto pelo professor quanto por mim sobre a ilustração de forma a evitar erros conceituais e ser um produto interessante até visualmente.Posso dividir essas considerações entre de ordem conceitual e de ordem visual para melhor entendimento, porém se faz difícil colocar certo item como sendo exclusivamente de uma ou de outra categoria pois há uma complexidade inerente, aqui não se faz o espaço ideal para se explicar os detalhes que fazem parte das considerações conceituais, se destinando a um texto mais descritivo/analítico do conceito de Amanualidade para Heidgger.
Considerações de ordem conceitual:
- Deveria haver na ilustração a imagem de uma pessoa manejando um martelo e um prego;
- Dentro da teoria há duas formas de “ser” em relação ao mundo, enquanto que na primeira deveria haver algum tipo de forma de indicar que o individuo e o martelo se encontram em uma situação de existência singular ou serem a “mesma coisa”, ontologicamente falando dentro da teoria, a segunda forma deveria separar o individuo do martelo;
- Deveria haver alguma forma de representar o conceito de “breakdown” (uma quebra) entre as duas formas de “ser” em relação ao mundo;
- Deveria apresentar os nomes das duas formas de “ser” do conceito através das terminologias mais fáceis de encontrar referências além do termo original no alemão.
Considerações de ordem visual:
- Deveria ser uma ilustração que possuísse cores interessantes, que conseguisse refletir a seriedade do conceito mas que fosse mais interessante ao olhar.
- Deveria ser uma representação visual de preferência compacta (ou seja sem muitos detalhes decorativos) e que conseguisse ser separada em quadros individuais;
- Deveria haver uma forma de identificar a quem (filósofo) aquela ilustração fazia referencia;
- Poderia ser trocado o sexo do indivíduo que manipula a ferramenta;
- Os materiais que fossem utilizados para a ilustração, tanto imagens como fontes deveriam ter a licença de uso aberta e ao final na documentação do processo, deveria ser compartilhados o lugar de onde foram encontrados esses materiais;
Tendo em vista essas considerações segue o primeiro esboço da ilustração com alguns apontamentos a respeito:
(primeira ilustração produzida)
- Ainda nesse estágio da ilustração não havia cor nem fontes definidas;
- A ideia inicial seria trabalhar com um desenho compacto que apresentasse lado a lado as duas formas de “ser” apresentadas pelo conceito de Amanualidade de Heidgger, assim cada forma de “ser” ficaria de um lado da parede com o “breakdown” no meio separados os dois conceitualmente e visualmente;
- Escolheu-se utilizar uma figura feminina para criar uma identidade e diferenciação de outras representações visuais de conceitos, onde utilizam a figura masculina de forma mais predominante. Procurou-se evitar esteriótipos e exageros quanto a forma da figura feminina, procurando representar poucas caracteristicas para demonstrar o sexo da personagem;
- A ilustração de forma geral segue a ideia do uso de formas em blocos de cor única com “vazados” na cor do fundo, dessa forma haveria menos dificuldades em representar as ações do personagem de forma mais detalhada(braço levantado,posição dos dedos etc), já que se não houvesse os vazados haveria necessidade de que a posição da personagem fosse singular o suficiente para que não houvesse confusão causada pela sobreposição dos membros do personagem na silhueta;
- Foi feito duas paredes porque além de compor a cena individual da personagem(martelando um prego na parede) foi utilizado como recurso para separar as cenas do conceito;
- O conceito de “breakdown” como se refere a uma “quebra” foi representado como uma “quebra” literal através da textura rachada entre as duas paredes. A fonte serifada, com médio contraste, em caixa alta na vertical pretendia servir como subsidio visual para representar essa separação(assim como as paredes) além de querer reafirmar a seriedade da ilustração, porém acabou ficando um pouco incomoda de se identificar por conta do eixo que o texto se encontrava, assim precisou-se de outra solução, entretanto por conta do pouco espaço de entre as paredes não era toda fonte que se ajustava ao eixo horizontal de forma agradável;
- Ainda nesse estagio de produção não havia certeza quanto a forma de representação da outra forma de “ser”, então o espaço se manteve vazio
.......Continua na parte 2.....
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Comentários
#1
Muito bom Alexandre! No ....Continua...., coloque um link para o post de continuação deste, que é a parte 2: http://corais.org/readi/node/83733